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sábado, setembro 19, 2009

A Voz dos Outros

Partido Nova Democracia



Este e-mail chegou à minha caixa de correio no início de Setembro. Aqui o reproduzo para que conste para a história das legislativas 2009. A RTP acabaria por fazer um debate dos "pequenos partidos".

Os debates na RTP e na RTPN (Nota de Manuel Monteiro)

1. Não tenho por hábito reivindicar a minha presença, em debates promovidos por jornais, rádios ou televisões. Habituei-me a respeitar os chamados critérios editoriais, no pressuposto de que são norteados pela isenção, pela igualdade de oprtunidades, pela equidade e pela informação plena e objectiva. Recordo-me ainda dos tempos, pós-revolução, em que os órgãos de comunicação social eram controlados e dominados pelos comunistas e fui dos que lutaram, mesmo sendo um jovem, pela restituição da liberdade total contra a imposição totalitária de alguns.

2. Sou, como é sabido, candidato a deputado pelo Círculo Eleitoral de Braga, nas próximas eleições legislativas do dia 27. A minha lista foi entregue a tempo e horas, preenchendo os requisitos legais exigidos, sendo por isso mesmo uma lista com os mesmos direitos, e deveres, das demais candidaturas concorrentes.

3. É certo que não baseio a minha acção na chamada cobertura noticiosa, já que o trabalho que venho desenvolvendo se baseia no contacto directo com as populações e teve inicio concreto há mais de um ano. Não desconheço todavia, até pelas funções políticas que já exerci no passado, como o facto de "sermos notícia" pode fazer muita diferença no acesso aos eleitores. Não o desconheço eu, não o desconhecem os meus concorrentes e não o desconhecem seguramente os responsáveis pelos órgãos de comunicção social.

4. Ainda assim, e apesar da diferença de tratamento noticioso ao nivel da esmagadora maioria dos órgãos de comunicação social nacional ser gritante, tenho-me mantido sereno, silencioso, fazendo um caminho próprio sem reagir ou comentar a "preferência" ou "a não preferência" deste ou daquele jornal, desta ou daquela rádio, desta ou daquela estação televisiva. Sou um candidato regional, luto por Braga e pelo Minho e estou à margem dos casos e dos factos, que animam a dita política nacional.

5. Estranhei o facto da RTP, apesar de ter confirmado a sua presença, não ter feito a cobertura do comício da Nova Democracia, partido pelo qual sou formalmente candidato, no passado domingo, na Apúlia. Mas se a direcção nacional do partido, pelo menos com o meu conhecimento, não reagiu, nem se queixou, quem era eu para questionar a ausência. Uma vez mais mantive a minha posição de candidato regional, calando-me diante o que considerei, em privado, uma clara e óbvia discriminação por parte da estação pública de televisão.

CHEGOU O TEMPO DE NÃO ESTAR CALADO

6. Mas se há um tempo para o silêncio, também há um tempo para reagir, para falar, para protestar. E é isso que decidi agora, publicamente, fazer.

7. Hoje, a RTP, através da RTP N, promove um debate com alguns cabeças de lista pelo distrito de Braga. Convidou o PS, o PSD, o CDS, o PCP e o BE. Não me dirigiu nenhum convite. Trata-se de uma atitude discriminatória, não isenta e covarde. Quando todos falam do que se passou na TVI é curioso que ninguém abra a boca quanto à forma como a RTP se comporta, seguindo uma linha orientadora que não é nova mas que se mantém fiel à vontade do sistema dominante.

8. É discriminatória, porque decide quem tem direitos e quem os não tem; não é isenta, porque escolhe quem são os partidos que podem ter presença nos seus programas e que a eles não tem acesso; e é covarde porque não assume de forma clara, e transparente, os seus critérios. Lamento que os jornalistas da RTP, aqueles que são livres e que não andam à boleia do poder (e na RTP há vários), não se manifestem.

9. A informação praticada pela RTP é, no que diz respeito a esta matéria, uma autêntica fantochada. A liberdade de informação é violada e esta violação é feita perante a cumplicidade de todos os que aceitam com ela pactuar. Quem hoje vai à RTP N, considera-se proprietário da democracia e por isso não tem a coragem de dizer o que quer que seja.

10. Se eu fosse um candidato pedófilo, corrupto, desonesto, com processos por favorecimento em negócios com dinheiro do Estado, tinha as portas da RTP abertas, como não sou querem silenciar-me. Um destes dias quando a força das palavras for substituida pela palavra da força e os responsáveis da RTP sentirem, no terreno, a ira e a revolta daqueles que silencia, talvez as coisa mudem.

11. Quero anunciar que vou perguntar à ERC- Entidade Reguladora da Comunicação Social - se tenciona ou não agir, face ao claro desrespeito que a RTP demonstra ao não convidar a candidatura por mim liderada, no Círculo de Braga.

12. E se o critério é o da representação parlamentar, gostaria de saber quem é o deputado, por Braga, do Bloco de Esquerda. Ou será que a RTP já decidiu, antes do voto, que o BE elegerá, em Braga, um deputado? Até neste ponto se constata a incorrecta actuação da RTP. Até neste ponto se verifica como não é séria a sua decisão.

Manuel Monteiro

Candidato a deputado pela NOVA DEMOCRACIA e apoiado pelo Movimento MISSÃO MINHO

Braga, 4 de Setembro de 2009

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