Quadro copiado via Calçadão de Quarteira: http://calcadaodequarteira.blogspot.com/2009/09/legislativas-vitoria-do-ps.html
Ganhou a dona abstenção com 39.40% dos votos. Mais de um terço dos eleitores não se digna a ir às urnas. A abstenção tem causas múltiplas e nem sempre com motivações políticas, mas nenhuma democracia representativa pode dormir descansada, em cima do assunto. Depois ganhou o PS. Foi o partido mais votado e é o partido que os portugueses escolheram para governar Portugal. Mas também perdeu o PS. Desce significativamente em termos percentuais e em termos de mandatos em relação às últimas legislativas e perde a maioria absoluta. O povo português é sábio. Não quer uma deriva governativa para a direita conservadora, mas também não compactua com a arrogância que se disse de esquerda e que governou à direita. Trata-se de uma mensagem clara e explícita. Só não percebe quem não quer ver. O CDS/PP de Paulo Portas surprendeu tudo e todos. Ultrapassou a fasquia dos 10%. Se não houver Bloco Central é o único que, sozinho, pode assegurar uma coligação governativa que forme uma maioria. Foi o grande vencedor da noite. Vale a pena levantar a hipótese de ter havido para o PP e o PS um efeito de campanha. O Bloco de Esquerda confirma a tendência de crescimento. Bem podem os socialistas diabolizar Louçã e o Bloco que ao fazê-lo não percebem o que estão a fazer. O PC resiste. E ainda bem que resiste. Não é expectável que suba no futuro, mas o seu declínio não parece ser para os próximos dias. Ganharam também os portugueses e a democracia portuguesa. O pântano do bloco central oculto tem agora que passar a levar a sério o facto da democracia portuguesa ser pluripartidária. Afinal a coisa não era a dois, entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite e ia muito para além disso. As sondagens no global e com ligeiros desvios nos pequenos partidos, também ganharam e puderam respirar de alívio. Agora o presidente vai indigitar o primeiro ministro e Sócrates vai aprender que para negociar não há arrogância que resista. Quanto aos meus desejos, eles não se concretizaram, nem eram de possível concretização. Não queria mais Sócrates, mas não queria Manuela. Vou ter que esperar mais algum tempo. Um dia a esquerda sairá da caixa de pandora. Já faltou mais.
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domingo, setembro 27, 2009
E agora José?
Faço da vida um caminho em que a felicidade está nas pequenas grandes coisas que o mundo nos permite desfrutar.
"Carpe Diem"
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Meu caro Senhor mas em que país vive ?
ResponderEliminarUm dia a sua esquerda vai tomar o poder ? Mas onde está isso escrito ? Os países comunistas na sua maioria desapareceram do mapa restando uns poucos ditadores que esses sim um dia perecerão porque a Liberdade tudo vence. Leonardo