1. Cavaco e Silva é um desastre a gerir a relação com os media. Sempre as geriu bem porque sempre optou por estar calado e raramente se pronunciou sobre alguma coisa da vida política portuguesa.
2. Cavaco e Silva não matou o assunto à nascença e quando comunicou para dizer que não comunicava, em véspera de eleições, no dia a seguir, despediu o seu assessor. Desastre total. Foi a mais brutal forma de comunicação. O PS agradeceu.
3. O seu discurso de hoje junta novas suspeições à suspeição. O presidente é hoje factor de instabilidade política.
4. Grave as acusações que faz ao PS de o tentarem trazer para a luta política. A ser verdade num país saudável seria motivo de queda de governo demitido pelo Presidente da República. A não ser verdade é bom que se demita o Presidente.
5. Vinte e quatro anos depois da ideologia modernizadora estimulada em Portugal por Cavaco e Silva e depois do "choque tecnológico" do Licenciado em Engenharia José Sócrates, Cavaco e Silva deixa a suspeição pairar no ar, durante dias a fio, de que a Presidência da República é escutada pelo governo para intervir no dia de hoje e explicar que "apenas hoje" ouviu os membros da segurança que verificaram que o sistema informático do Palácio de Belem é "vulnerável".
6. Os hakers e os crakers devem achar um gozo as declarações de Cavaco e Silva. Na altura em que o país atravessa a maior crise económica e social dos últimos oitenta anos o presidente Cavaco Silva decidiu acrescentar instabilidade política à provável instabilidade política. O país qualquer dia não aguenta mais disto.
7. A obsessão com a neutralidade e a independência partidária por parte do actual Presidente da República arrasou por completo o Partido Social Democrata. Querendo ser isento Cavaco ajudou ao enterro de Manuela Ferreita Leite. É de Cavaco e Silva a mais monumental trapalhada de um Presidente da República no pós-25 de Abril. O rei vai nú.
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