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sexta-feira, outubro 31, 2008

Porto Alegre em Movimento: Uma causa glocal

Não ao projecto Pontal do Estaleiro


Correspondência: De Porto Alegre para Loulé

Amigos,

Aqui a coisa está "quente".
Mas com a adesão de estudantes foi dado um pouco mais de fôlego para os "velhinhos" inimigos do progresso...

Abraço
C.

Correspondência: De Loulé para Porto Alegre

Resistir e persistir é preciso. Caros amigos de Porto Alegre saibam que são um exemplo de cidadania para todo o mundo. Numa era em que a democracia representativa é corroída pela indiferença cívica é um prazer vê-los lutar pela defesa dos direitos dos cidadãos e pelo interesse geral das populações dessa maneira.

Um grande abraço

Tenho a certeza absoluta que todos os verdadeiros democratas estão do vosso lado.

João Martins

É brilhante o movimento de cidadania da cidade de Porto Alegre. Juntos estão Associações de Moradores, ONG, Movimentos Ambientais, Centros Comunitários, Movimentos em Defesa do Património Histórico, Estudantes Universitários e como não podia deixar de ser os Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho, a mais bela rua do mundo.

Na Era da Glocalização, em que os problemas locais são globais e os problemas locais são claramente problemas globais o MacLoulé não podia deixar de se juntar com este pequeno contributo à iniciativa.

Como é possível as autoridades de Porto Alegre não darem ouvidos a tanta gente de bem na defesa daquilo que consideram ser os interesses da comunidade local?

Visite o site dos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

aqui http://goncalodecarvalho.blogspot.com/


quinta-feira, outubro 30, 2008

Ode à Política

Da dignificação da Política



Eles são tantos como o partido do taxi mas valem mais que os duzentos e qualquer coisa que "estão" no parlamento português.

Reinventar a esquerda precisa-se...

quarta-feira, outubro 29, 2008

Os autarcas contra as populações

Subindo a Serra de Sintra - Património Cultural da Humanidade

Não é possível tomar a nuvem por juno, nem a árvore pela floresta e como em tudo na vida há os competentes e os menos competentes. Mas parece que há efectivamente uma tónica dominante nos autarcas e na sua paixão pelo betão. Adoram obras, porque é preciso ver para crer e são as obras bem cimentadas, pensam provavelmente, que deixarão o seu nome para a História que se haverá de fazer.

Do Algarve ao Minho e a Timor, fazer rotundas, emprendimentos de 200 andares e ter a sorte de ter meia duzia de PIN's (de preferência em REN ou RAN ou ainda a meia duzia de metros do mar) para concretizar, parece ser o que faz a felicidade da maioria dos nossos autarcas.

Depois é o cimento que pensam dar votos, pois este vê-se à distância e já lá diz o ditado popular, o que olhos não vêem o coração não sente e para além disso mais betão significa mais receitas para as autarquias (um efeito perverso com forte influência na degradação da qualidade de vida das cidades).

Vem isto a propósito dos autarcas de Sintra e da Covilhã que fazem do processo de betanização das suas cidades um processo de "desenvolvimento social".

Tive o prazer de subir a Serra de Sintra este Verão em visita ao Palácio da Pena e fiquei deslumbrado com a beleza magnífica e a paisagem natural da serra. Fernando Seabra, amante do turismo e dos interesses das grandes unidades hoteleiras, não tem dúvidas. Em nome da betanização e do "interesse geral das populações" (estas coisas são sempre em nome do "interesse geral das populações") há que espetar por lá empreendimentos turisticos de "qualidade". Era uma vez a mais bela serra consagrada Património Cultural da Humanidade. As populações indignam-se e fazem abaixos assinados mas nada derruba esta paixão pelo cimentão. Veja aqui
http://www.petitiononline.com/mtsantos/petition.html e aqui https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie4a9jB8j5ml8r95EMxUGPBXgu_4rv8PpzBC9ZFwvDb_m-tYr6Rt4qbvdZv-K53dY67Deytuk6MsH664Tcee6-V-7vrSCFCqQvWMDkK22V2BKUm_pEd46P6fMgcQuPCl0eYiThvw/s1600-h/cartaabertapublico.jpg
Na Covilhã, mais uma vez, em nome de um grande empreendimento, de "interesse geral" claro está, o presidente da Câmara vai permitir o abate de 3000 sobreiros. Veja aqui http://sombra-verde.blogspot.com/2008/10/e-os-3-000-sobreiros-senhor-presidente_16.html

É caso para perguntar e não querendo tomar a Nuvem por Juno porque governam os autarcas contra os interesses das populações?

terça-feira, outubro 28, 2008

De Coimbra para Loulé: Passar de partido que se diz socialista a partido socialista


PS - A mudança necessária

A falta de democracia e de debate interno

A democracia não se esgota nos partidos, mas a qualidade da democracia depende largamente da eficácia do funcionamento dos partidos. No actual contexto sociopolítico as democracias liberais do ocidente vêm emitindo repetidos sinais de crise, de desconfiança dos eleitores face aos eleitos e de indiferença dos cidadãos perante a vida pública e as instituições democráticas, o que se espelha quer nos índices crescentes de abstencionismo em diversos actos eleitorais quer nos baixos índices de participação cívica e política das populações e da sociedade civil.

Se é certo que uma parte dos motivos geradores dessa indiferença se deve às tendências sociais mais vastas – numa sociedade cada vez mais sujeita às pressões do consumo e do mercado, e em que os indivíduos se sentem cada vez mais desmotivados e desinteressados da actividade política, refugiando-se na esfera privada e familiar –, também é verdade que a chamada “classe política”, os dirigentes partidários têm responsabilidades maiores nesta matéria.

Criou-se a ideia entre a população de que os cargos públicos se destinam sobretudo a satisfazer os interesses pessoais de quem os ocupa. Ao contrário de outras eras, em que ser político significava dedicação à causa pública, capacidade de pensar e promover a mudança e o bem-estar colectivo, hoje, ser político passou a significar ser “medíocre”, querer “tacho” e desejo de protagonismo. As razões disso são muito diversas e complexas.

As mais profundas radicam, em última instância na sociedade, na cultura e na mentalidade. Mas é inegável que os próprios políticos e dirigentes têm aí responsabilidades particulares, desde logo, porque só eles próprios podem contribuir para mudar as mentalidades (sobretudo enquanto ocupam o poder). Vem isto a propósito das eleições distritais do PS. É, desde logo, curioso e sintomático que apenas em quatro federações distritais existam mais do que uma lista candidata à liderança da federação. Isto diz muito do défice de debate e até de democraticidade interna do PS.

Quanto ao debate de ideias, não há muito a dizer. Todos sabemos o marasmo que reina no partido, em particular nas suas estruturas concelhias e distritais. As reuniões são em boa parte dos casos ocupadas com os próprios dirigentes a fazerem o seu permanente auto-elogio e a diabolizar os potenciais adversários internos. E quanto à democraticidade, num partido que tanto exalta (e bem) o pluralismo, a liberdade e a diversidade de opiniões, não se pode deixar de considerar estranho tão flagrante escassez de candidaturas de “oposição” interna.

Porque é que isso acontece? Em primeiro lugar porque, infelizmente, se instalou a ideia de uma falsa união em torno do “líder” (com aspas), a qual espelha a confusão existente entre aceitação e consenso, entre diversidade e divisão, entre lealdade e seguidismo. Já escrevi antes sobre isto, mas vale a pena insistir: só há verdadeira unidade se ela for forjada a partir da diferença; só há democracia efectiva se houver debate aberto; só há consenso se a divergência conduzir à convergência (através do debate, claro).

Em segundo lugar porque, em vez do confronto de ideias e de propostas exige-se a todo o custo um pseudo unanimismo construído na base da bajulação do poder. Estando o partido no poder, os dirigentes em exercício retiram dai vantagens para se perpetuarem nos seus lugares, através da distribuição de benesses diversas, ou movendo formas de pressão, directas e indirectas, para descredibilizar qualquer opositor.

O apoio ao líder no poder seria normal se ele resultasse da sintonia de convicções políticas ou do reconhecimento da obra feita, mas em muitos casos (e Coimbra é um deles) resulta, sim, das dependências criadas, recorrendo às mais torpes chantagens e ameaças dos dirigentes sobre os seus pretensos apoiantes, de quem se julgam donos (dos votos e até das consciências). Só se compreende tão escassa disputa interna porque muitos quadros e militantes capazes receiam sujar o seu nome ao verem-se objecto deste tipo manobras e de intriguismo de baixo nível.

Ainda bem que em Coimbra foi possível resistir a isso e haver uma candidatura de mudança. É, pois, chegado o momento de dizer basta de caciquismo! Basta de manobras baixas! É tempo dos militantes do PS mostrarem que ninguém manda na sua consciência! É tempo de devolver o partido às bases! É tempo de mudança na distrital de Coimbra!

http://boasociedade.blogspot.com/

Por Elísio Estanque do blogue Boa Sociedade.
Elísio Estanque é Professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador do CES

E nós por cá?

segunda-feira, outubro 27, 2008

Do Analfabetismo Ambiental: Descubra as diferenças

Parque Municipal de Loulé

Antes de Outubro de 2008


Depois de Outubro de 2008


Não há mais poesia ou prosa que possam descrever tamanha alarvidade. Como é isto possível? Que gente é esta? Porque continua esta saga do abate de árvores? Isto não vai ter fim? Será por teimosia? Por ignorância? Por mau feitio? Porque o nematodo anda por cá? As associações ambientais não teriam uma palavra a dizer? Os media locais acham isto normal? As chefias dos departamentos ambientais não têm conhecimento destas barbaridades? Isto faz-se apenas porque sim? A oposição local já não manifestou a sua preocupação? Os cidadãos já não fizeram um abaixo assinado? Alguém pode explicar porque isto continua?

domingo, outubro 26, 2008

As Horas de São Francisco

Que horas são no Largo de São Francisco?

Há alguns meses atrás São Francisco demorou meses a acertar a hora na transição da "hora de Inverno" para a "hora de Verão". Nada de grande importância não fosse isso um pequeno indicador de como se tratam os bens de interesse público nas nossas "aldeias".

Hoje, quando se mudou a "hora de verão" para a "hora de Inverno" e quando todos os relógios se deveriam acertar pela hora de Greenwich, às 15h04m da tarde, o relógio electrónico de São Francisco ainda marcava 16h 04m.

Pequenas coisas sem importância dirão alguns. Sinal de desleixo face aos cuidados com a coisa pública dirão outros.

Quanto tempo demorará desta vez o relógio a recuperar o "atraso" desta nobre freguesia?

sábado, outubro 25, 2008

- IMI + H2O = MC 2

Das contas de menos e de mais


Menos IMI + H2O = MC2

1x1=1
2x1=2
2x2=4
2x3=6
2x4=8
2x5=10
2x6=12
2x7=14
2x8=16
2x9=18
2x10=20

+ residuos sólidos fixos + taxas fixas de disponibilidade + resíduos sólidos variável - IMI + saneamento + consumo de água = ?

Bom fim de semana

sexta-feira, outubro 24, 2008

Alan Greenspan: Para mais tarde recordar

Clique no link e disfrute da História ao vivo
http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20081024114158&o=6

O antigo presidente da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan, reconheceu ontem, numa audição no Congresso, que falhou na regulação do sistema financeiro. "Cometi um erro ao confiar que o livre mercado pode regular-se a si próprio sem a supervisão da administração", afirmou o homem que esteve 18 anos ao comando da Fed.

A quem serviu esta cegueira ideológica?

quinta-feira, outubro 23, 2008

Novos Olhares Sobre Quarteira

Quarteira, ano 2008

Ninguém para o betão...



Desenvolvimento sustentável?

quarta-feira, outubro 22, 2008

Da Crença no Determinismo Tecnológico

Louvado sejas, ó Magalhães



O Determinismo Tecnológico é a crença (no sentido religioso do termo) de que a tecnologia, por si só, mudará para melhor a sociedade no sentido da modernização e do progresso.

Ora, se não existir preocupação com a aquisição de uma cultura sólida, ao nível das competências básicas da leitura, da escrita, do cálculo e da capacidade crítica de lidar com a informação, de nada servirá aprender a "navegar na internet".

É claro que a modernização tecnológica da sociedade é um programa que deve ter o apoio de todos os portugueses. Na era da sociedade em rede, quem ficar desconectado, será claramente um infoexcluído, o mesmo é dizer, cairá numa das novas formas de "analfabetismo" ou para usar um termo da era digital, na iliteracia tecnológica.

O problema destas medidas políticas é resvalarem para a propaganda e com isso passarem a ser objecto de críticas que não mereceriam.

Seria mesmo necessário o senhor primeiro ministro e as equipas ministeriais irem pessoalmente às escolas portuguesas distribuir computadores?

Não poderá esse gesto ser interpretado como um excesso de politização de uma medida que é fundamental para o sistema educativo português? É que depois se corre o risco de descredibilização do processo. Ou não será assim?

terça-feira, outubro 21, 2008

Obama Kill Bin Laden

assassínios legítimos num Estado de Direito Democrático?



Mais de metade do mundo quer ver-se livre de G. W. Bush e da corja neoconservadora que conduziu o planeta para a desgraça política, económica e financeira em que actualmente nos encontramos.

Esse desejo de mudança e de esperança num mundo melhor foi incorporado no novo "messias" da política, Barack Obama.

A fé, a crença religiosa e a bondade que os eleitores depositam no primeiro negro vencedor das eleições Americanas só se assemelha nas ultimas décadas à esperança que a América depositava em John F. Kennedy.

Também eu acho que a América e o Mundo precisam desesperadamente de uma mudança política que acabe de vez com a arrogância unilateralista do actual império neoconservador.

Mas como poderei ter fé e acreditar num homem que faz campanha eleitoral a prometer que vai matar outro homem?

Caberá este paradigma dentro das regras dos Estados de Direito democráticos? Não seria mais interessante prometer "simplesmente" apanhar Bin Laden e levá-lo a julgamento por crimes cometidos contra a humanidade?

Como pode a "cegueira" internacional e mediática ter uma tão grande crença religiosa e uma tão grande ausência de espírito crítico que ninguém questione uma coisa destas?

Eu vou matar Bin Laben poder ser uma promessa política aceitável na mais madura democracia do mundo?

segunda-feira, outubro 20, 2008

Das Árvores da Cidade: Descubra as diferenças

Loulé, Outubro de 2008

Com árvore mal podada


Sem árvore de quaisquer espécie


A uma árvore

Ah!, árvore diante da minha janela, somos parentes,
pois nada pedes a um amigo a não ser isto:
encostares-te à janela e espreitar para dentro
e ver-me andar por ali! Benção que é suficiente

para mim, que decidi ficar por detrás do caixilho,
cheia das minhas pequenas tragédias e grotescos desgostos,
para me encostar à janela e espreitar lá para fora,
admirando as infinitésimas folhas.

Poemas de Marianne Moore e Elizabeth Bishop

domingo, outubro 19, 2008

Das Bruxas da Cidade

O Espanta Crises

Yo no creo em brujas.. ...pero que las ay, ay!

Zeca Afonso

Sete fadas me fadaram


Sete fadas me fadaram
Sete irmãos m'arrenegaram
Sete vacas me morreram
Outras sete me mataram

Sete setes desvendei
Sete laranjinhas de oiro
Sete piados de agoiro
Sete coisas que eu cá sei

Sete cabras mancas
Sete bruxas velhas
Sete salamandras
Sete cega-regas

Sete foles
Sete feridas
Sete espadas
Sete dores
Sete mortes
Sete vidas
Sete amores
Sete estrelas me ocultaram
Sete luas, sete sóis
Sete sonhos me negaram
Aqui d'el rei é demais

(António Quadros/José Afonso)

sexta-feira, outubro 17, 2008

Novos Olhares Sobre Quarteira

Quarteira, ano de 2008

Ninguém para o betão...

Nota: Clique em cima da imagem para ampliação.

Desenvolvimento Sustentável?

quinta-feira, outubro 16, 2008

Porto Alegre em Movimento: Cidadania

Resistir é Preciso

Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho



Amigos de Portugal,

Nesses últimos dias tenho dormido pouco, muito atarefado e preocupado com o que acontecerá no dia 15 de outubro. Nessa data a Câmara de Vereadores da cidade de Porto Alegre irão votar uma proposta que altera a Lei Municipal que proíbe prédios residenciais ou outros com mais de 4 andares na orla de nosso rio, na região chamada Ponta do Melo. Um grande empreendedor arrematou em leilão judicial o terreno e se propõe a fazer o que a lei não permite: prédios residenciais com 43 metros de altura. Serão seis prédios!

Para isso, querem que os vereadores mudem a lei! O poder econômico sempre tem "grandes argumentos"...Como participante do Fórum Municipal de Entidades tenho andado muito envolvido com isso, pois sabemos que essa votação será emblemática. Caso passe, toda a nossa orla de cerca de 70km correrá grandes riscos de acelerada degradação. Fui encarregado de participar da comunicação e divulgação do Fórum, mas parece que somos mais invisíveis para a grande mídia a cada dia que passa.

Isso tem lógica, afinal os cidadãos comuns não são anunciantes e os empreendedores são. A previsão do tempo promete chuva para o dia 15, então teremos que providenciar algumas barracas, cartazes em lona plástica e mais argumentação para mobilizar e para acamparmos em frente da Câmara desde o início da manhã. Se tempo vos sobrar, torçam por nós aí da querida Portugal.

Um abraço fraterno

César

Visite o site http://goncalodecarvalho.blogspot.com/

Obrigado


Vozes de África

Cesária Évora - Besame Mucho



Besame
Besame mucho
Como si fuera esta noche la ultima vez
Besame
Besame mucho
Que tengo miedo pederte, perderte otra vez
Quiero tenerte muy cerca
mirarme en tus ojos
verte junto a mi
Piensa que tal vez manana yo ya estare lejos
muy lejos de ti.
Besame
Besame mucho
Como si fuera esta noche la ultima vez
Besame
Besame mucho
Que tengo miedo pederte, perderte despues

Relaxem por favor...porque o trabalho não mata, mas mói...

quarta-feira, outubro 15, 2008

Quebra Cabeças: Desesperadamente em deslocação para a esquerda

El Camaleon



1. Descubra quem foi o autor das frases seguintes:

"A regulação efectiva dos mercados financeiros, que era há muito exigida pelas correntes do pensamento social europeu, tornou-se hoje uma necessidade evidente para todos."

"Nesta crise financeira, há uma ideologia derrotada. E quem sai derrotado são os apóstolos do Estado mínimo e do mercado desregulado. Quem sai derrotado são aqueles que, anos a fio, enalteceram as virtudes imbatíveis de um mercado entregue a si próprio. Quem sai derrotado são aqueles que sempre professaram a sua fé na mão invisível do mercado, para agora, à falta da outra, reclamarem a intervenção da mão bem visível do Estado! "

a) Jerónimo Carvalho de Sousa.

b) Manuel Alegre de Melo Duarte.

c) Francisco Anacleto Louçã.

d) Mario Alberto Nobre Lopes Soares.

e) José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Boa sorte!

terça-feira, outubro 14, 2008

Saber ter cão ou não saber ter cão: Eis a questão

Loulé, Outubro de 2008

Urbanização Portas do Céu



Dos micróbios patogénicos


Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te portuguez.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

Fernando Pessoa

segunda-feira, outubro 13, 2008

Das limpezas urbanas

Loulé, Setembro de 2008

Antes da limpeza


Loulé, Outubro de 2008

Depois da limpeza


Diz-nos a nossa consciência
Que temos a obrigação
De pôr a inteligência
Ao serviço da razão

António Aleixo

Os cidadãos agradecem.

domingo, outubro 12, 2008

Da Poda Das Árvores da Cidade

Era uma vez uma palmeira...

Loulé, Outubro de 2008

Expansão Sul - Portas do Céu



ÁRVORE QUE NÃO CANSA

Sabes o que é a luta? Embora pises
areia ardendo e cimentos
aflorando pontas de lança?
- É a árvore que não se cansa
de dar folhas, frutos, rebentos,
com lanhos no tronco e nas raízes.

Luta em ti, fora de ti, na rua,
porque lutando
a árvore que não se cansa será tua.

E, enquanto a vida queira e possa,
luta sempre, porque lutando
a árvore que não se cansa será nossa!

Luís Veiga Leitão

Nota: Poema enviado pelo Jorge para o Macloulé.

Deus lhes perdoe porque não sabem o que fazem: Da Igreja e do Ambiente

Das Almas Embargadas

Foto: Copiada do blogue A Defesa de Faro

Câmara de Faro embarga abate de pinheiros em terreno da Diocese do Algarve destinado a uma urbanização

Centenas de pinheiros mansos foram abatidos para abrir espaço para um futura urbanização, de 113 vivendas, a construir próximo do aeroporto de Faro, mas ainda nem sequer existe projecto aprovado. O terreno pertence à Diocese do Algarve e a câmara mandou, anteontem, embargar os trabalhos, alegando a "destruição do maciço verde".

É um capítulo do conflito entre a autarquia e a Igreja por causa dos índices de construção pretendidos pelos promotores imobiliários. O presidente da autarquia, José Apolinário, justificou o embargo com base na legislação que obriga a licença camarária qualquer "remodelação do terreno e coberto vegetal que implique o derrube de árvores de alto porte, para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários e florestais".

A parcela de terreno, com 6,5 hectares, encontra-se inserida no perímetro urbano da freguesia de Montenegro/Gambelas. No entanto, a proposta urbanística, de acordo com o parecer dos serviços camarários, sublinhou Apolinário, "não respeita o Plano Director Municipal". O derrube de árvores surge na sequência do "braço-de-ferro" que o município tem vindo a travar, "na defesa do Pontal". Para levar a cabo esta intervenção do terreno, a Diocese solicitou à ex-Direcção-Geral dos Recursos Florestais autorização para o efeito.

A resposta que obteve, assinada pelo então chefe do Núcleo Florestal do Algarve, José Manuel Rosendo, foi de que "não existia legislação para o derrube de pinheiro manso". No entanto, recomendou que fosse mantido o maciço dos "pinheiros mansos, adultos, viáveis". No Verão, na apresentação da Concentração de Motos, o assunto já tinha causado alguma polémica.

Na ocasião, o presidente do Moto Clube de Faro, José Amaro, afirmou que estava "posta de lado" a hipótese de a concentração ter de mudar de sítio. O Vale das Almas, a cerca de 500 metros do aeroporto, tornou-se uma "imagem de marca" do evento.

Apolinário apoiou esta tese, tendo avançado com a ideia de que Sociedade Polis da Ria Formosa deveria adquirir os terrenos, por negociação, ou expropriação "em nome do interesse público", pois grande parte encontra-se na área do Parque Natural. A parcela urbanizável de 6,5 hectares - doada ao Seminário de São José por uma benemérita - é disputada pelos construtores, e a Igreja queixa-se de que necessita de fundos para conservar o património.

11.10.2008, Idálio Revez, Público


quinta-feira, outubro 09, 2008

Disciplina de Voto

A abolição do livre pensamento



Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Eu sou deputado do PS...

Olá. Olá. Olá. Olá. Olá. Olá. Olá.

Eu sou deputado do PS...

Dos riscos de incêndio urbano

Loulé, Outubro de 2008


Uma limpeza dava jeito

Nota: Clique em cima da imagem para ampliação

Melhorava a estética da cidade concerteza.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Do socialismo de rosto humano


ONDE ESTÃO OS NEOLIBERAIS?

1 . Onde estão os neoliberais, que ninguém os ouve? Há meses reclamavam, sem cessar, "menos Estado", mais privatizações. Nada de constrangimentos, de regras éticas, nem de serviços públicos. O importante era "reduzir os impostos", "deixar o mercado funcionar", quanto menos intervenções públicas, melhor. A "auto-regulação do mercado", dirigida pela "mão invisível", era bastante, o ideal. Privatizar os serviços de saúde (uma invenção socialista), a segurança social, as águas, os cemitérios, os correios, os transportes; pôr gestores privados a gerir os parques nacionais, privatizar as pousadas, recorrer a "seguranças privados", mesmo em estado de guerra, como no Iraque; privatizar, privatizar...

Os políticos - e a política - que não alinhassem passaram a ser uma praga, uma arqueologia, vinda de outros tempos, o bom mesmo eram os negócios, quanto mais melhor, a especulação - os políticos nos negócios e os negócios na política - os paraísos fiscais, ganhar dinheiro, a qualquer custo o dinheiro como o supremo valor das sociedades ditas livres e o mercado, "teologizado", como o Deus ex maquina do progresso. As regras para o funcionamento do mercado eram velharias obsoletas. A própria "democracia dita liberal" escorregou, a pouco e pouco, para a plutocracia. E a pobreza? Os pobres? Os operários, os camponeses, os empregados, as próprias antigamente chamadas classes médias? Deixados entregues à sua sorte, sujeitos à regra da selecção natural, a chamada lei da selva, em que os mais fortes (os ricos) devoram naturalmente os mais fracos (os pobres)... Quanto muito, as almas sensíveis, que não compreendiam o "espírito do tempo", tinham a caridade, um recurso que não prejudicava o sistema e fazia bem às almas...

Assim, o capitalismo americano, na sua fase financeira-especulativa, guiado pela ideologia neoliberal, fortalecida com o colapso do comunismo, influenciou fortemente the way of life americano, a ponto de conduzir a América do Norte às portas do descalabro financeiro e da recessão económica (Bush dixit). Tendo, ao mesmo tempo, efeitos muito negativos na Europa, inclusivamente na esquerda, chamada "terceira via" de Blair e dos seus adeptos... E começa a contaminar todo o mundo.

Os maiores bancos e seguradoras - coisa nunca vista, desde 1929 - entraram em falência técnica, devido, em parte, à avidez dos subprime, e voltou-se contra os gestores milionários, ameaçando engolir no descalabro as economias dos que neles confiaram.

Resultado: o recurso ao Estado (que heresia para os neoliberais!), como no caso das catástrofes naturais, como o Katrina, por exemplo. Quem paga? O Estado, quando os privados fogem e assobiam para o lado... Assim surgiu o plano Paulson, feito e refeito, sob a égide de Bush - que aceitou tudo - para salvar o sistema. Mas será que o plano, mobilizando 700 mil milhões de dólares, vai resolver alguma coisa? Ou tenta apenas salvar o sistema, nesta situação única de aperto?

Ora o que está podre, a agonizar, é justamente o capitalismo, na sua fase financeira e especulativa. É isso que se impõe mudar, regularizando a globalização, acabando com os paraísos fiscais, fonte das maiores especulações, introduzindo regras éticas estritas, preocupações sociais e ambientais e, como disse o "extremista" Sarkozy, no seu discurso de Toulon, "metendo na cadeia os grandes responsáveis das falências fraudulentas".

Haverá coragem para o fazer e modificar profundamente o sistema? Eis o que não está ainda nada claro, quer na América quer na Europa. A Irlanda foi a primeira a nacionalizar os bancos, seguida pela França, Holanda e pela Alemanha. Mas não será, por enquanto, apenas, uma medida de emergência, para salvar os prevaricadores, contrabalançando isso com fundos destinados a valer aos compradores de casas que nisso empenharam todas as suas poupanças e estão agora em risco de as perder?

Veremos, nas próximas semanas, como as crises irão evoluir...

Mário Soares in Diário de Notícias de 7 de Outubro de 2008


Se para os actuais líderes do partido que se diz socialista, Soares, é um homem do "passado", a crise económica e financeira à escala mundial é, infelizmente, coisa bem presente. A história encarregar-se-á de dar razão ao grande socialista que é Mário Alberto Nobre Lopes Soares. Infelizmente para todos nós.

terça-feira, outubro 07, 2008

Eles Voltaram

Zé Carlos



Pino e Lino, Lino e Pino...juro que vi um sorriso de gozo em Chavez...o homem que expulsa os activistas dos direitos humanos mas que compra o Magalhães.

Quem quer saber da democracia quando se encomendam milhares de Magalhães?

segunda-feira, outubro 06, 2008

Recordar Amália

Estranha forma de vida - Amália Rodrigues



Do fado como elemento cultural central na história e cultura portuguesa.

domingo, outubro 05, 2008

Da Poda Das Árvores da Cidade

Loulé, Setembro de 2008

Nota: Clique em cima da imagem para ampliação.

Árvore Aberta

Dobrei teus pulsos a dura aranha
do teu corpo
a tua árvore
faca que rasgou a barreira do ventre
a tua face abrindo-se como um barco
amei-te tempestade de ossos e de nervos
contra ti
contra ti

exílio
pátria sobre o chão
e fuga

furiosa e suave lâmina animada
bebida a jactos
aranha alta e linda
enclavinhada
destilando o suor a baba o vinho a seiva
o estrépito da primavera
de uma árvore que se abre
no silêncio.

António Ramos Rosa


5 de Outubro de 1910

Na génese da República



5 de Outubro de 1910. Chegava ao fim a monarquia portuguesa. Entravamos num dos mais conturbados períodos políticos da história de Portugal. Alguns dos governos duraram apenas dias ou curtos meses. A instabilidade política, conjugada com a crise económica e social só viria a terminar com a instauração da ditadura em 1926. Entravamos em 1933 no Estado Novo e naquele que foi dos maiores períodos de obscurantismo político da nação portuguesa. Só em 25 de Abril de 1974 Portugal voltaria a inspirar-se nos valores herdados da Revolução Francesa, a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Sendo um período de forte abertura política, a 1ª República não está inocente nas perseguições que fez ao clero e aos monárquicos e nas estratégias políticas usadas para legitimação do regime. A vitória do regime foi também a vitória da burguesia da época.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Disciplinados, Obedientes e Domesticados: É assim o PS

Beijo censurado pela TV GLOBO na novela América



O partido que se diz socialista disciplinou e domesticou todos os membros do PS à excepção do líder da JS. A lei de ferro da oligarquia dos partidos é assim. Só pensa que manda e quem não manda não deve pensar.

O "democrata" líder do grupo parlamentar diz que foi um voto de "oportunidade". Venceu a homofobia, o preconceito e a discriminação. É nestas alturas que dá vontade de ser espanhol ou francês.

Os direitos dos homossexuais voltam assim a ser violados e a Constituição da República Portuguesa no seu artigo 13 volta a ser desrespeitada. O partido que se diz socialista já não surpreende ninguém.

Como diz Miguel Vale de Almeida no seu blogue Os Tempos que Correm:

"O que o PS fez foi, da forma mais agressiva, desviante, cruel e obscena possível, dizer à sociedade portuguesa que a igualdade, a constituição, os direitos fundamentais e o respeito pela dignidade de uma fatia de cidadãos e cidadãs, são afinal coisas descartáveis."

Afinal quem foi "maricas"?

quinta-feira, outubro 02, 2008

Das Gruas da Cidade

Loulé, ano 2008

Tive um professor de economia que dizia que o desenvolvimento de uma cidade poder-se-ia medir pelo número de gruas existentes no céu. Talvez sim, talvez sim. O crescimento quase de certeza que sim. Aquilo que me parece indesmentível, nos tempos actuais, é a clara correlação entre o número de gruas nos céus da cidade e o período pré-eleitoral. Vai uma aposta?

quarta-feira, outubro 01, 2008

O que é a censura?

Foto de Carol Castro...

... censurada este ano pela Igreja Católica.

Censura é o uso pelo Estado ou grupo de poder, no sentido de controlar e impedir a liberdade de expressão. A censura criminaliza certas acções de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. No sentido moderno, a censura consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, opiniões e até formas de expressão, como certas facetas da arte.

O propósito da censura está na manutenção do status quo, evitando alterações de pensamento num determinado grupo e a consequente vontade de mudança. Desta forma, a censura é muito comum entre alguns grupos, como certos grupos de interesse e pressão (lobbies), religiões, multinacionais e governos, como forma de manter o poder. A censura procura também evitar que certos conflitos e discussões se estabeleçam.

A censura pode ser explícita, no caso de estar prevista na lei, proibindo a informação de ser publicada ou acessível, após ter sido analisada previamente por uma entidade censora que avalia se a informação pode ou não ser publicada (como sucedeu na ditadura portuguesa através da PIDE), ou pode tomar a forma de intimidação governamental ou popular, onde as pessoas têm receio de expressar ou mostrar apoio a certas opiniões, com medo de represálias pessoais e profissionais e até ostracismo, como sucedeu nos Estados Unidos da América com o chamado período do McCartismo.

Pode também a censura ser entendida como a supressão de certos pontos de vista e opiniões divergentes, através da propaganda, manipulação dos média ou contra-informação. Estes métodos tendem a influenciar e manipular a opinião pública de forma a evitar que outras ideias, que não as predominantes ou dominantes tenham receptividade.

Uma forma moderna de censura prende-se com o acesso aos meios de comunicação e também com as entidades reguladoras (que atribuem alvarás de rádio e televisão), ou com critérios editoriais discricionários (em que por exemplo um jornal não publica uma determinada notícia).
Muitas vezes a censura se justifica em termos de proteção do público, mas na verdade esconde uma posição que submete os artistas ao poder do estado e infantiliza o público, considerado como incapaz de
pensar por si próprio.

Actualmente a censura pode ser contornada mais eficazmente, com o recurso à Internet, graças ao fácil acesso a dados sem fronteiras geográficas e descentralizados e aos sistemas de partilha de ficheiros peer-to-peer, como a Freenet.
O uso quotidiano da censura promove um movimento de defesa bastante corrosivo que é a auto-censura, quando os produtores
culturais e formadores de opinião evitam tratar de questões conflitivas e divergentes.