A minha Lista de blogues

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Feliz Ano Novo!

What a Wonderful World



Desejos

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade

Apontamentos de Fim de Ano

1. O pior do ano à escala internacional: Cimeira de Copenhaga. A fazermos fé na maior parte da comunidade científica que estuda o fenómeno das alterações climáticas, a Cimeira de Copenhaga foi um desastre total. Depois de nobelizado em 2007, o Painel Internacional Sobre Alterações Climáticas vê a política desprezar por completo as suas conclusões científicas. Crente como sou de que uma comunidade científica não entra certamente no jogo das "cabalas" só posso concluir que o topo do poder à escala mundial cometeu o crime do milénio.

2. O melhor do ano à escala internacional: Obama. Sendo um dos principais responsáveis pelo crime contra a humanidade que significa o falhanço de Copenhaga, Obama deslocou a política de Bush do "hardpower" para o "softpower". Mudou o discurso e o clima "aterrador". Não é pouco. A reforma da saúde em curso no país onde não há socialismo é um dos factos fundamentais do ano. Sinal de que querer é poder. De toda a forma não é possível reconhecer o fenómeno Obama sem ter conhecido o fenómeno Bush.

3. O pior do ano à escala nacional: Vitória de José Sócrates com minoria relativa. O que podia ser um móbil para acordos, negociações, cedências, equilíbrios, respeito mútuo e valorização da Assembleia da República, tornou-se num campo de batalha e de luta pela mera sobrevivência pelo poder. Um pântano.


4. O melhor do ano à escala nacional: Derrota de Sócrates pondo termo à maioria absoluta. A arrogância de um mandato que não necessitava de arrogância alguma para se legitimar, foi um tiro certeiro no pé. Depois de decretados como inimigos a abater; professores, sindicatos, médicos, polícias, agentes judiciais e depois de algumas construções imaginárias de irresponsáveis "cabalas" e "conspirações", as Instituições Públicas e Políticas perderam ainda mais o seu crédito. Nunca tão poucos fizeram tanto mal às instituições do Estado. A liberdade de imprensa baixou uns pontos no ranking internacional.

5. O pior do ano à escala local: Colagem do poder local a determinados interesses económico-sociais locais. A Comissão Europeia acaba de "avisar" o Estado Português sobre "incorrecções" no projecto Quinta da Ombria. O poder local instalado, depois de oito anos de poder e de um acréscimo de legitimidade dado pelo mandato popular nas últimas eleições já se supõe divino. O boletim das "Obras" pago com o dinheiro dos contribuintes em véspera de eleições foi um sinal claro de que a lógica do poder se sobrepõe de sobremaneira à lógica democrática.

6. Melhor do ano à escala local: Oposição do Bloco de Esquerda no Concelho de Loulé e intervenção da Associação Almargem. Vale a pena passar pelo blogue do Bloco de Esquerda Loulé para perceber como um deputado eleito para a Assembleia Municipal, concerteza bem apoiado por mais algumas poucas almas competentes pode fazer toda a diferença. Pena serem tão poucos. A Almargem, sobretudo pela voz do Luís Brás, fez juz aquilo a que se propõe uma organização deste tipo. A defesa do desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

7. Acontecimentos do ano em termos pessoais: Contribuir para o crescimento da natalidade e dar um passo atrás para poder dar dois em frente. Risco, incerteza, caos, descontinuidades e incoerências são aquilo que caracteriza o labirinto da vida de cada um de nós. Por muito que brademos legitimamente por segurança. Até para o ano. Os que andarem ainda por cá.

Quem quer RAN ou REN quando se tem PIN?

Parece que na Comissão Europeia não gostam de correr com os fiscais do ambiente à paulada...

Ver aqui:
http://loule2009.blogspot.com/2009/12/comissao-europeia-contesta-quinta-da.html

terça-feira, dezembro 29, 2009

O Comboio que andava debaixo do chão



Foi no dia 29 de Dezembro de 1959 - há 50 anos - que o metro de Lisboa começou a circular.

A ideia da construção de uma rede subterrânea de comboio urbano na capital portuguesa datava já de 1888. Porém, só depois da II Guerra Mundial a obra iria para a frente, aproveitando-se a ajuda financeira do Plano Marshall, um auxílio dos EUA a diversos países após o conflito. A empresa Metropolitano de Lisboa foi fundada em 1948 e os trabalhos principiaram em 1955. Quando o novo transporte começou a funcionar, a "rede" limitava-se a um Y ligando os Restauradores ao Marquês de Pombal e dali partindo linhas para Entrecampos e Sete Rios. Actualmente a rede tem 40 km de extensão. Nos primeiros tempos, os lisboetas deslumbravam-se com o comboio que andava debaixo do chão, quando ainda não havia por esse mundo fora tantos metros como hoje. O Metropolitano de Lisboa ao longo destes 50 anos conseguiu aumentar 12 vezes o número de passageiros, passando de 15,3 milhões de passageiros em 1960 para 180 milhões este ano.

Fonte: http://aeiou.visao.pt/metro-de-lisboa-faz-50-anos=f542758

Diz-me com quem te conectas dir-te-ei quem és

Manuel Castells

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Imagens das Terras de Loulé

Loulé - Largo Dom Afonso III



Nota: Foto tirada em Agosto de 2008.

domingo, dezembro 27, 2009

No País do Capitalismo Despótico

Pedido de mais democracia dá 11 anos de prisão



Muito boa a reacção da maioria dos países do Ocidente. EUA, União Europeia e Organizações Internacionais de Defesa dos Direitos Humanos reprovaram cabalmente a prisão em defesa da liberdade.

Não é só uma questão de Direitos Humanos. Eu diria que talvez comece a haver uma percepção nas economias concorrentes do Gigante Chinês, de que é também uma questão de economia e de concorrência leal e justa.

sábado, dezembro 26, 2009

O dia em que o mar engoliu a terra

Tailândia - Ilhas Phi Phi - Ano 2004



26 de Dezembro de 2004. Um dia depois da ceia de Natal. O dia em que o mar engoliu a terra. Mais de duas centenas de milhares de mortos espalhados por catorze países diferentes. Um drama de proporções inimagináveis nas sociedades da avançada ciência e tecnologia. O dia que pôs a nú a fragilidade da vida humana.

ECCE HOMO

1. Foi o último a reconhecer a chegada da crise económica e o primeiro a ver a sua partida. Quando reconheceu que ela nos bateu à porta foi porque veio lá de "fora" e qual pandemia irradiadora, contaminou-nos a todos cá "dentro". Depois, ao mínimo sinal de um indicador económico mais positivo, mesmo quando todos os outros apresentavam um contexto de sinal negativo, o discurso foi sempre no mesmo sentido. Ou a nossa economia estava a reagir mais rápido do que a dos outros, ou os "outros" estavam-se a afundar primeiro do que "nós". No meio da farsa, o que de bom nos ia acontecendo era da responsabilidade "Dele". O que afundava a economia portuguesa, era da responsabilidade da maior crise de há oitenta anos. Agora veio o Natal e já vê sinais de retoma económica e de saída da crise. Triste economia política que deixou de ter em conta os números do desemprego e do endividamento dos portugueses. Nem o Pai Natal faria melhor. Ecce Homo.

2. Na Era Socrática é preciso dar muita atenção às palavras. Bem vistas as coisas, desde sempre o foi na História da Humanidade. Mas na Era de Sócrates elas tornaram-se mais ambíguas. Um "realista" que olha para as estatísticas do desemprego e as vê a disparar astronomicamente é um "céptico pessimista". Um crente que ouve atentamente o discurso do primeiro ministro e acredita nas suas palavras é um verdadeiro "optimista realista". Quem contesta o partido do poder, já o sabemos desde há alguns tempos atrás, é um "maledicente bota-abaixista". E quando a oposição se mobiliza para dizer que o caminho que nos afunda a todos, é o proposto ministerialmente, estamos perante uma "coligação negativa". Na Era das "conspirações", das "cabalas" e no tempo em que a verdade de hoje foi a mentira de ontem e a mentira de ontem a verdade de hoje, até o célebre "habituem-se" é hoje tido, pelo próprio, imagino eu, como uma "frase infeliz que só pode ser percebida num determinado contexto". Até quando?

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Feliz Natal!

Votos de um Feliz Natal para todos os que nos visitam!



Dia de Natal

É Natal, é tudo o Natal
É o sorriso de uma criança
São os camarões no prato da balança
É vinho, é o frio, o amor

É a correr, uma andança
É parar, porque é preciso respirar
É sentir, porque é preciso tocar
É amar, porque é preciso amar

É Natal para cristãos e ateus
É Natal para muculmanos e judeus
é Natal, porque o Natal
recupera a humanidade, no melhor
que há em cada um de nós

João Martins

terça-feira, dezembro 22, 2009

Notas Soltas e Meditações Blogosféricas

1. O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal subiu 28,2% em Novembro, face ao mesmo mês do ano passado, e aumentou 1,2% face a Outubro. O Natal é mais feliz para uns do que para outros. É difícil desejar Feliz Natal num país em que o patronato não consegue pagar 5oo euros de salário mínimo e em que o poder de compra dos portugueses é menor do que há trinta anos atrás.

2. O discurso conservador que diz que não é tempo de nos preocuparmos com o casamento dos homossexuais cheira a fobia. Desde quando é que os conservadores se preocuparam com os "verdadeiros" problemas do país? Só me lembro disso nos anos em que se discute e se legisla sobre o casamento homossexual.

3. A blogoesfera louletana está mais frágil e a perder o vigor. A partida da Camila foi um abate, desta vez não de árvores, mas de vitalidade crítica. O Sebastião tornou-se uma espécie de Voz do Dono com todo o direito a sê-lo e está bem mais esmurecido após a derrota eleitoral. A Voz dos Outros é a literal Voz do Dono e portanto vale o crédito que os leitores lhe quiserem dar. A Louletania cresceu em vitalidade e em qualidade, mas é pouco dada a politiquices. Um excelente blogue no seu género. O pessoal do Opinion Shakers foi cooptado e saltou da informalidade da blogosfera para a formalidade de onde as coisas eram supostas acontecer. A Minha Matilde mantém a qualidade de sempre mas sem criar ondas.

3.1. Resta o Calçadão de Quarteira, a quem daqui dirijo a minha devida vénia. O Calçadão é efectivamente um espaço de cidadania, de espírito critico e de colocação de questões que por vezes incomodam mas que interessa publicamente que incomodem. Nem sempre estou de acordo com as opiniões ali emitidas mas em grande parte estou de acordo com as questões que ali são postas à discussão.

3.2. Última constatação: - Não há blogues de direita no concelho de Loulé. O conservadorismo tradicionalista no concelho de Loulé é demasiado para tanto risco associado à exposição da palavra pública. Para os ultraconservadores, as coisas discutem-se e resolvem-se, sempre, no recato dos seus gabinetes. Um abraço e votos de Feliz Natal para todos e...desculpem lá qualquer coisinha...

Imagens das Terras de Loulé

Loulé, Dezembro de 2009

segunda-feira, dezembro 21, 2009

O Poder da Moral Pública

Aminetu Haidar - O regresso após 32 dias de fome

Melhor do Mundo

Tempo Sem Poetas

Poeta Castrado, Não!

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
é tão vulgar que nos cansa
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
a morte é branda e letal
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

José Carlos Ary dos Santos

domingo, dezembro 20, 2009

Imagens das Terras de Loulé

Loulé, Dezembro de 2009

Avenida José da Costa Mealha

sábado, dezembro 19, 2009

A Política Contra a Sociedade

Terminou a cimeira da vergonha. Abaixos assinados de milhões de pessoas. Centenas de milhares de seres humanos mobilizados em representação das mais diversas organizações da sociedade dita civil. A comunidade científica em total acordo sobre a necessidade de agir para evitar o colapso. A política mais uma vez a defraudar as expectativas dos cidadãos que deveria representar. Esta é a "mancha do milénio" no desenvolvimento histórico da humanidade. É assim que vão ser recordados os "grandes " líderes das potências que nos governam. Obama incluído. Um pequeno passo para a cimeira. Um drama de mortandade criminosa para os habitantes de todo o globo terrestre. Perdoai-lhes porque não sabem o que fazem.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Uma Senhora Entrevista

JC: O que espera do actual executivo para os próximos quatro anos?

CM: Sinceramente, não esperamos grandes diferenças na actuação deste executivo. Vamos assistir a uma política de continuidade, sem inovações, aproveitando o tempo até ao final deste mandato, para satisfação de determinada clientela política, como é o caso das recentes nomeações para o Gabinete de Apoio ao Presidente, de ex-vereadores para administrações de empresas controladas pelo Município, encher as empresas mistas (InfraMoura, Lobo ou Lago) com empregos para amigos e familiares. Existem hoje, factores derivados da grave crise económica e financeira que o País atravessa, particularmente sentida na região algarvia, onde o desemprego atinge números preocupantes, a insegurança de pessoas e bens é notícia diária, que necessariamente terão que ser analisados com profundidade de forma a acautelar no futuro situações com repercussões sociais imprevisíveis. Por outro lado, a diminuição das receitas que já se vem verificando da principal fonte de financiamento do orçamento municipal, provenientes dos impostos directos (IMI/IMT), começam a tomar necessidade de uma análise mais rigorosa, não só no capítulo das receitas, mas também no âmbito das despesas, no entanto, não podemos permitir que o equilíbrio de contas se faça à custa da redução de verbas para as despesas de carácter social ou educativas.

Ver aqui na totalidade, a entrevista de Carlos Martins, deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Loulé: http://www.carteia.pt/

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Temor e Tremor



1. Tremor de terra em sono profundo. Primeira constatação. Para quem dorme profundamente como eu dormia, não há tempo de reacção. Fui avisado em casa que "era" um tremor de terra. Depois do aviso tomei consciência de que mesmo a dormir senti o prédio em deslocação de um lado para o outro. Fiquei enjoado. Uma sirene ou um alarme nas estruturas dos edifícios para acordar quem está com sono pesado talvez não fosse má ideia. Terra tremeu. Alarme dispara.

2. Todos sabemos que o Algarve é uma zona de alto risco sismíco e todos sabemos que a qualidade de construção no nosso país é miserável. Legislação aplicada e fiscalização nos licenciamentos. Não previne tudo, mas evitará muita desgraça. A alternativa é confiar nos deuses. E nem sempre eles estão do nosso lado.

3. A rede mudou o mundo. Terra tremeu. Onde se pode saber o que se está a passar um pouco por todo o lado? Twitter pois claro.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Elevar o Gosto

Madredeus - Haja o que houver

Imagens das Terras de Loulé

Loulé, Dezembro de 2009

Avenida José da Costa Mealha




Árvore Rumorosa

Árvore rumorosa pedestal da sombra
sinal de intimidade decrescente
que a primavera veste pontualmente
os olhos do poema de repente deslumbra

Receptáculo anónimo do espanto
capaz de encher aquele que direito à morte passa
e no ar da manhã inconsequente traça
e rasto desprendido do seu canto

Não há inverno rigoroso que te impeça
de rematar esse trabalho que começa
na primeira folha que nos braços te desponta

Explodiste de vida e és serenidade
e imprimes no coração mais fundo da cidade
a marca do princípio a que tudo remonta

Ruy Belo

terça-feira, dezembro 15, 2009

Propostas do Bloco Loulé: Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2010

GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO PARA 2010

O presente contexto, de crise económica mas também de modelo de desenvolvimento claramente insustentável, deve obrigar-nos a todos, e em particular as entidade públicas, a um acréscimo de exigência e de rigor nos gastos e nas prioridades de investimento.
A responsabilidade social não pode ser um novo chavão inconsequente, tem que ser uma prática efectiva, capaz de contribuir para a resolução dos problemas sentidos pelos que maior dificuldades sentem, capaz de integrar os que se encontram em processo de exclusão social ou que sentem sérias dificuldades pelo baixo rendimento que conseguem obter da sua actividade profissional.
As respostas sociais são também a primeira e melhor resposta aos problemas de segurança que se tem vindo a adensar. A melhoria da qualidade de vida tem que ser vista neste contexto de necessária mudança de modelo económico, social e cultural que temos que operar.

O Bloco de Esquerda apresenta alguns contributos e propostas que gostaria de ver contempladas no âmbito da elaboração em curso das GAP e Orçamento para 2010 e alargadas ao período deste novo mandato.

1. Afectação de 6% do Orçamento para iniciativas de cariz social:

-Comparticipações para a construção, adaptação de edifícios e ampliações de instalações destinados a: Creches; Lares; Apoio a deficientes/dependentes

-Comparticipação para a aquisição de viaturas e equipamentos destinados às instalações acima referidas

-Comparticipação para despesas de funcionamento de equipamentos e serviços de apoio social (em 2010 deverá ser elaborado, discutido e aprovado um programa que enquadre estes apoios em 2011, deixando os mesmos de ter carácter casuístico).

-Programa Integrado de Apoio Social dirigido ao apoio individual e familiar, de populações excluídas ou em risco de exclusão social, cujas medidas poderão ser protocoladas com IPSS e outras entidades (alimentação, vestuário, alojamento, formação e inserção profissional.

-Programa de reabilitação do património imobiliário tendo em vista o alojamento e a inclusão social.

-Aquisição de edifícios degradados e devolutos inseridos no tecido urbano e sua reabilitação para alojamento social e com rendas apoiadas.

-Programa de apoio às condições de habitabilidade para populações carenciadas
–melhorias e reparações.

2. Transportes e mobilidade

-Criação de condições para a deslocação pedonal (rede pedonal segura) que ligue os principais locais que atraem público: mercado, Câmara, Rua 5 de Outubro, Praça da República, Palácio da Justiça, piscinas, escolas, terminal rodoviário, zona industrial de Loulé.

-Criação e promoção de áreas de estacionamento na periferia de Loulé e Quarteira que desincentivem a circulação automóvel e o estacionamento na área central destes centros urbanos.

-Reforço da oferta de transportes públicos urbanos em Loulé e Quarteira com diminuição dos intervalos de passagem dos autocarros e criação de um serviço de ligação entre estas duas cidades e a estação da CP.

-Criação de corredores para bicicletas e criação de estruturas para o seu aparcamento em Loulé e Quarteira.

-Elaboração de projecto de execução para a criação de corredores para bicicletas que liguem as cidades de Loulé e Quarteira e a Vila de Almancil.

3. Reabilitação urbana

-Programa de reabilitação urbana de forma a implementar no quadro da legislação para a reabilitação urbana o estudo das áreas de intervenção (em 2011 deverá ser prevista dotação orçamental para despesas de investimento).

-Levantamento dos imóveis devolutos ou degradados nas principais zonas urbanas do Concelho, particularmente na zona histórica de Loulé.

4. Energias

-Trabalhos de adaptação dos edifícios municipais à eficiência energética.

-Trabalhos de adaptação, aquisição e instalação de equipamentos para a utilização das energias renováveis e microgeração em edifícios municipais.

-Programa de renovação progressiva da frota automóvel, com recurso a veículos menos poluentes.

5. Desburocratização e transparência administrativa

-Aquisição de serviços, programas e equipamentos que permitam atendimento on-line e serviços on-line descentralizados para quem não tem conhecimentos ou acesso a equipamentos (Ameixial, Alte, Benafim, Salir…) e ao mesmo tempo ter acesso a documentos e informações
disponibilizados pelo Município e outros serviços públicos.

-Reorganização de serviços procurando uma concentração dos mesmos por áreas de actividade, por ex: político/administrativa; técnica e prestação de serviços, reduzindo ao mínimo a dispersão que se verifica actualmente.

-Análise rigorosa do funcionamento das empresas mistas, municipais ou intermunicipal, na procura de uma gestão rigorosa e transparente dos recursos, tanto no ponto de vista das receitas como das despesas.

-Alargar para discussão pública a justificação do interesse municipal das existências de três EM, com o mesmo objectivo social, servindo áreas com as mesmas características, separadas somente por escassos kms, mas com administrações separadas, parque de máquinas, logística e recursos humanos independentes. Em tempos de crise, a opção passaria pela fusão e criação de uma única empresa. Tal medida traria uma redução acentuados nos custos de exploração destas empresas, com benefícios para o Município e para todos os cidadãos e empresas deste Concelho.

6. No capítulo das Despesas correntes
Deverão ficar previstas verbas para:

-Instalação e funcionamento do Provedor Municipal

-Instalação e funcionamento de um gabinete técnico de apoio ao Orçamento Participativo e aos investimentos das Juntas de Freguesia.

-Introdução de rubrica “Fundo de Apoio Social” com verba idêntica à receita dos 3% IRS, parte destinada ao Município.

7. Planeamento e Ambiente

No âmbito da revisão do PDM
-Alargar a cartografia digital a todo o Concelho
-Criação de pequenos núcleos empresariais nas freguesias do interior
-Criação da reserva natural de âmbito local da Foz do Almargem e protecção das zonas húmidas.
-Contenção da expansão urbana e reestruturação do núcleos urbanos existentes.

Loulé, 30/11/09
Bloco Esquerda Loulé

Fonte: http://loule2009.blogspot.com/2009/12/posicao-do-be-sobre-plano-e-orcamento.html

Crise? Vá ao receituário neoliberal e verá que resolve o problema

"O Governo irlandês adoptou medidas drásticas para controlar a despesa pública no orçamento para 2010 e decidiu reduzir salários a professores, enfermeiros e polícias. Está também prevista a redução de prestações da segurança social a desempregados e a famílias com filhos. O Orçamento do país, apresentado ontem ao fim do dia, prevê uma redução global da despesa de seis mil milhões de euros nos próximos dois anos, noticia hoje a imprensa internacional. O objectivo mais vasto é conseguir uma redução do défice público de 11,7 por cento este ano para 2,9 por cento em 2014. A Irlanda enfrenta este ano a maior recessão da zona euro, com uma previsão de recuo do PIB da ordem dos oito por cento. O pais pode mesmo sofrer três anos seguidos de recessão: depois de no ano passado ter tido um recuo de 2,3 por cento do produto, para o próximo a previsão é idêntica. Esta recessão, que é também a maior da sua história moderna, pôs a Irlanda a braços com uma paralisa do mercado imobiliário e com um sistema bancário à beira do colapso. O salário dos funcionários públicos será reduzido em dez por cento. Para dar o exemplo, o primeiro-ministro vai reduzir o seu próprio salário em vinte por cento e o dos seus ministros em 15 por cento. O subsídio às crianças vai ser reduzido para 16 euros mensais, o que, juntamente com cortes nas prestações para os desempregados, vai permitir poupar 760 milhões de euros em despesas da Segurança Social no próximo ano. O ministro das Finanças disse também que alguns impostos podem aumentar em 2011 e que os serviços públicos terão um corte de mil milhões este ano."

Fonte: publico.pt. Enviado por um leitor do macloulé. Isto só pára quando acontecer a revolução. Não será comunista concerteza. Utilizar a receita que levou à crise, para solucionar a crise, é qualquer coisa como um suicídio colectivo. Os sublinhados a bold são de nossa autoria.

Notas Soltas

1. Depois de um mandato de arrogância absoluta, o governo de Sócrates não se adapta à maioria relativa. Tal como gostaria de fazer com os sindicatos e foi tão evidente no governo anterior, Sócrates, se pudesse, acabava com a Assembleia da República e com a oposição. As ridículas queixas da "irresponsabilidade"da oposição não passam disso mesmo. Ridículas queixas. Se não existisse oposição não existia democracia. Habituem-se.

2. Uns dias depois de Obama introduzir na cerimónia de entrega do Nobel da Paz, o conceito de "guerra justa", Berlusconi foi confrontado com o poder dos fracos. Condenável a todos os títulos a agressão. Mas fica a mensagem. O poder não é um estado que se possui. É um processo em permanente busca de legitimidade.

3. Um jurista do IEFP foi acusado pela directora de uma determinada região de ser imparcial e não defender os interesses parciais do IEFP. O Estado que há dentro do Estado por vezes defende-se a si próprio e esquece-se que está ao serviço dos cidadãos. Se o jurista está ao serviço do Estado, não deve defender o IEFP. Deve defender o interesse público. Elementar meu caro Watson.

4. Segundo o Correio da Manhã, Sócrates ficou furibundo com José Alberto Carvalho, director da RTP do governo, porque este não escolhe bem as pessoas que convida para os seus programas. A RTP continua com dificuldades em ser a televisão de todos nós. A televisão do Estado, por vezes, confunde-se com a televisão do governo.

5. Céu geralmente pouco nublado e muito frio em todo o território nacional. Agasalhem-se. Este seria o post ideal de um blogue inofensivo. O blogue de sonho de Miguel Sousa Tavares. Com muita razão quando se queixa das postagens e comentários "achincalhantes" produzidos a coberto do anonimato. Em paralelo com o ultraconservadorismo elitista que deseja a eliminação da plebe da blogosfera, fica a denúncia do que de pior a mesma produz.

domingo, dezembro 13, 2009

Vozes Para Salvar o Planeta

Faro, 12 de Dezembro de 2009



Via: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/

Esta Insatisfação



Estou Além

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfacão
Não consigo compreender
Sempre esta sensacão
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

António Variações

sábado, dezembro 12, 2009

Retratos do Passado

Era assim nos finais dos anos setenta do século passado. Não sei o nome do artesão da fotografia retratado na fotografia, mas era ali, junto aos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Loulé que se ia tirar fotografias "à la minuta". Enquanto em Loulé a pré-modernidade ia lentamente desaparecendo para dar lugar aos contornos de uma modernidade inacabada, em Silicon Valley, começava por esta mesma altura, década de setenta, a revolução das novas tecnologias da informação e da comunicação que viriam a transformar o mundo. Na transição do admirável velho mundo para o admirável mundo novo muitas vezes fui retratado por este mestre da fotografia. Eu, e muitos outros, da minha e das antigas gerações.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

O Poder da Identidade



Os europeus e a identidade
por João Cardoso Rosas, Publicado em 10 de Dezembro de 2009 no "i".

"Num momento em que o mundo está - e por boas razões - centrado no problema muito concreto das mudanças climáticas, os cidadãos europeus parecem mais preocupados com algo aparentemente inefável: a sua identidade. Na Suíça proíbem-se os minaretes das mesquitas - por islamofobia e por racismo, com certeza, mas também por medo da diluição da identidade suíça em face das comunidades imigrantes. Na Alemanha pretende-se obrigar os novos imigrantes a assinar um contrato de cidadania para proteger os "valores alemães" - aqui também, a preocupação identitária. Em França debate-se a identidade francesa numa discussão pública lançada pelo governo de Sarkozy. Embora os responsáveis políticos franceses o neguem, a verdadeira razão para esta discussão nacional é a perda de uma certa auto-imagem da França, muito ligada às suas tradições específicas - que, paradoxalmente, os franceses crêem ser universais - em face da crescente multiculturalidade do país. Existem algumas formas experimentadas de lidar com o problema da identidade em sociedades multiculturais. A primeira delas é o chamado "multiculturalismo", seguindo o exemplo do Canadá. Este país constitucionalizou o próprio princípio do multiculturalismo, aplicando-o nas políticas da língua, na educação, etc. O multiculturalismo consiste em gizar políticas específicas que visam proteger a identidade cultural diferenciada das várias comunidades. Essa protecção pode levar a importantes modificações no sistema legal e à criação de direitos multiculturais. Na Europa, a experiência multiculturalista canadiana foi prolongada pela Holanda e, mais tarde e em menor grau, pela Grã-Bretanha. Mas tudo isso acabou em face do falhanço do multiculturalismo como modelo de integração dos imigrantes. Em termos simbólicos, o multiculturalismo britânico soçobrou definitivamente no dia dos atentados de Londres, em 2005, e a experiência holandesa terminou com o assassinato do realizador de cinema Theo Van Gogh, em 2004.A segunda forma de lidar com o problema é aquela que está agora a vingar nos países citados no início deste texto, mas também naqueles que antes adoptaram o modelo multiculturalista: a chamada "integração cívica". De acordo com o novo modelo, os imigrantes devem ser levados a adoptar a identidade própria de cada um dos Estados. Mas, em boa verdade, não se trata apenas de uma identidade cívica. Aquilo que se pretende é que os imigrantes aceitem os valores culturais específicos das comunidades políticas em que se integram e que estão plasmados na língua dominante, nas tradições e na própria lei. Do meu ponto de vista, também esta estratégia integracionista está condenada ao fracasso. Tal como ninguém pode ser convertido à força a uma religião que não é a sua, também ninguém pode ser obrigado a integrar-se numa cultura dominante que não corresponde à sua identidade própria. Os cidadãos europeus ainda não perceberam que, depois do aumento das migrações para a Europa, a identidade do passado, fosse ela mais ou menos mítica, está para sempre perdida."

Professor universitário de Teoria Política

IKEA e Transparência na Gestão da Coisa Pública

Primeiro o IKEA compra uma dezena de terrenos um pouco por todo o Concelho e depois o Presidente da Câmara de Loulé diz que vai reunir com as entidades competentes para discutir a sua localização. E eu sou o Pai Natal barrigudo que oferece prendas aos pobrezinhos na Cerca do Convento.

http://calcadaodequarteira.blogspot.com/2009/12/ikea-esta-ai.html

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Nós Queremos O Regresso Da Nossa Mamã



«El Aaiún, 7 de diciembre de 2009-12-07
Llamada urgente a la conciencia de la Humanidad

En mi nombre, Hayat El Kassimi, hija de Aminetu Haidar y con 15 años de edad y en nombre de mi hermano Mohamed El Kassimi de 13 años, lanzo una llamada urgente a todos los niños del mundo entero para que nos apoyen y, al mismo tiempo, lanzo otra llamada a todas las madres para que apoyen a nuestra madre, una madre que sostienen a sus dos hijos y que se encuentra en huelga de hambre desde hace 22 días para que ella pueda volver a a nuestro lado y vivamos junto a forma estable.
Es doloroso para mí y mi hermano de recibir hoy la mala noticia de que nuestra querida madre ha tomado la decisión de dejar de tomar sus medicamentos, es peligroso para ella.
Ayuden a nuestra querida mamá, eviten la tragedia que va a repercutir negativamente sobre nuestra situación psíquica y psicológiamente.
Queremos que vuelva nuestra mamá!

Ver mais aqui: http://arrastao.org/sem-categoria/o-silencio-dos-cobardes/

terça-feira, dezembro 08, 2009

As Vozes do Dono

Louis Althusser deliciar-se-ia hoje com a riqueza de material que circula na blogosfera como fazendo parte do aparelho ideológico do Estado. Para além do servos de Sócrates especializados e profissionalizados na produção estratégica de "notícias" que reproduzem a ideologia dominante governamental e que funcionam como orientação estratégica para jornalistas acríticos levarem em devida conta, existem depois um conjunto de fiéis cães de guarda espalhados um pouco por todo o país a produzir e a reproduzir "informação" favorável ao governo de Sócrates. Propaganda, ideologia de sentido único e contra-informação agressivamente fabricada são hoje um traço marcante do que Althusser à época e sob outras formas designava como fazendo parte do Aparelho Ideológico de Estado. Hoje já não é maioritariamente a escola, a família, ou em parte os media oficiais a reproduzirem a ideologia dominante. Uma certa blogosfera é rainha na reprodução das vozes do dono. Pacheco Pereira topa-os a todos.

Ver por exemplo aqui: http://asvozesdosoutros.blogspot.com/

aqui: http://corporacoes.blogspot.com/

ou aqui: http://hojehaconquilhas.blogs.sapo.pt/

Mais exemplos é o que não faltam.

Das Árvores da Cidade

Loulé - Avenida José da Costa Mealha

Dezembro de 2009


Cada árvore é um ser para ser em nós

Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses

António Ramos Rosa


domingo, dezembro 06, 2009

Copenhaga: A Cimeira do Milénio



Amanhã é um dia muito especial. Não só porque o Pedro faz cinco anos de idade, mas porque é o dia de início da Cimeira que pode marcar para sempre o destino da humanidade. Dezenas de Chefes de Estado reúnem-se em Copenhaga para decidir o futuro do planeta. Destas Cimeiras, habitualmente as expectativas são sempre superiores aos resultados práticos que resultam das mesmas. Mas desta vez a coisa é mesmo séria. Tirando meia dúzia de cépticos que adquirem hoje o estatuto de excepção no interior da comunidade científica mundial, sabemos todos que o que se joga amanhã em Copenhaga é a decência do futuro sustentado das futuras gerações. Mitigar as emissões de carbono para a atmosfera significa reduzir a pobreza e a fome no mundo, significa diminuir a probabilidade de catástrofes "naturais" com cada vez maior intensidade e frequência, significa, ao fim e ao cabo melhorar a qualidade de vida no planeta Terra. Não vai ser fácil. Mas eu se tivesse no lugar de quaisquer dos grandes líderes mundiais presentes na Cimeira de Copenhaga, não perderia esta oportunidade de ficar do lado certo da História. As futuras gerações ficariam eternamente gratas. Disso tenho a certeza. E são muitas as vezes em que tenho dúvidas.

sábado, dezembro 05, 2009

L'Air Du Temps



1. Adiro. No Berlusconi Day. Bloggers italianos e utilizadores da rede social Facebook lançam um movimento social que espera 350 mil pessoas na Piazza della Repubblica em Roma. A Itália não adormecida dá o exemplo à Itália em sono profundo. Do lado do sono profundo estão os partidos políticos. Do lado da Itália viva, a sociedade civil italiana. Viva La Bella Itália.

2. À medida que a revolução das novas tecnologias da informação e da comunicação geraram o fenómeno da dita "aldeia global" constatamos que mais informação não gera mais comunicação e compreensão. Pelo contrário. Nunca estivemos tão perto uns dos outros, mas nunca como hoje a visibilidade das diferenças e das desigualdades foi tanta e tão geradora de "incomunicações". Na Suiça os "minaretes" foram a referendo e perderam. Em França debate-se a aberrante questão em torno da "verdadeira" identidade francesa. Em época de globalização, assistimos às explosões identitárias e à emergência em força, de identidades defensivas.

3. Portugal precisa começar de novo. Com a grave crise económica o país não precisa de instabilidade política. Sócrates é o verdadeiro problema. Tal como houve a era Antes de Cristo e Depois de Cristo, hoje sabemos em Portugal que existe uma Era antes de Sócrates (A.S.) e uma Era depois de Sócrates (D.S.) . E era bom que a nova Era chegasse o mais rapidamente possível. Ganhavamos todos com isso.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Elevar o Gosto

Pedro Barroso - Menina dos Olhos de Água

Chegou à minha caixa de correio

PS lamenta oportunidade perdida no IMT e critica partidarização pelo PSD da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens

Na sequência da Assembleia Municipal de Loulé do passado dia 27 de Novembro o PS vem publicamente lamentar que por voto contra da maioria PSD a Assembleia não tenha aprovado uma proposta do PS que visava o alargamento da isenção de IMT, para o ano de 2010, às empresas que se fixassem nas Freguesias do interior do Concelho de Loulé.

Essa medida seria um sinal claro e um incentivo à criação de condições para a promoção do emprego e para a fixação das populações nas zonas do interior, pelo que obviamente se critica o voto contra do PSD, lamentando-se principalmente que os Presidentes das Juntas de Freguesia de Salir, da Tôr, de Querença, de Benafim e de Alte tenham votado contra esta proposta que beneficiaria as suas Freguesias, acabando por na prática votar contra os interesses das populações que devem defender.

O PS lamenta também a total partidarização da suposta representação da Assembleia Municipal de Loulé na Comissão de Protecção de Jovens e Crianças. Ao impor que a representação da Assembleia Municipal fosse escolhida por maioria e não por método de Hondt, na prática o PSD impôs as suas escolhas à Assembleia Municipal, aquilo que devia ser uma representação alargada com base técnica transformou-se numa representação partidarizada em que o PSD impôs a sua vontade violando os mais básicos princípios democráticos. A título de exemplo veja-se que um dos representantes acumula já a Presidência da Junta de Freguesia de São Sebastião com a função de Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara e agora também com a representação na Comissão de Protecção de Jovens e Crianças.

O PS não reconhece esta decisão da Assembleia Municipal, razão pela apresentará queixa pretendendo a impugnação da mesma.
Da mesma forma, o PS critica a intransigência do PSD na manutenção dos valores das taxas de IMI e da participação do Município de IRS porque entende que, a exemplo do que fizeram outros municípios do Algarve, se justificava que o Município aliviasse os cidadãos reduzindo os valores do IMI e prescindindo dos 5% da sua participação no IRS permitindo que num contexto de grave crise económica e financeira as famílias pudessem contar com mais essas verbas para as suas despesas.

Por outro lado, saúda-se a aprovação do Plano de Intervenção em Espaço Rural do Barranco do Velho e a isenção de IMT para os jovens que se fixem nas Freguesias do interior, que fazia parte da proposta que o PS apresentou e que deveria ter sido aprofundada com o alargamento às empresas que se pretendessem fixar no interior do nosso Concelho.Por último, o PS informa que foram eleitos para a Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) Jamila Madeira e Hugo Nunes.

A Comissão Politica Concelhia do PS-Loulé

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Oral Natural

O drama do Sida continua com dimensões aterradoras. Eles e elas transportam o vírus do mercado da prostituição para o interior dos lares domésticos. Em época de crise económica parece estar a crescer a venda e a compra do oral natural. Muita prevenção precisa-se e muito esclarecimento. E vontade política para assumir o problema como um drama público.

Ver aqui:
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=33335

Sociedade de Risco

terça-feira, dezembro 01, 2009

Do Desemprego e das Preocupações dos Políticos Algarvios

Ultrapassamos em Outubro de 2009, a barreira dos dois digitos, nos números do desemprego em Portugal (10,2%). O número já é superior à média do desemprego da União Europeia e estamos em quinto lugar no conjunto dos países com mais desemprego, na UE, a 27. O Algarve atinge o maior volume de desemprego da sua história e o panorama futuro não é nada animador. Mas pasme se pensa que a preocupação central dos políticos algarvios são os números do desemprego e a precariedade da vida das famílias algarvias. Não, não é. A preocupação central é agora a (in) segurança. Jornalistas acríticos e sensacionalistas, políticos de todas as cores, opinion makers locais de algibeira e todos os que têm acesso aos meios oficiais de dizer alguma coisa, aproveitam para partilharem o seu susto, com o resto das almas do Algarve. Como em muitas outras situações, a "boa gente" reage às consequências, já que as causas, essas, são provavelmente da responsabilidade de cada desempregado que terá certamente a culpa da situação em que se encontra. De nada serve dizer à minha gente que as estatísticas (sempre diabolizadas) dizem que Portugal é dos países mais seguros do mundo. De nada serve dizer à minha gente que as causas estão provavelmente na hecatombe do desemprego. A minha "boa gente" fica assustada com a pobreza, com a crescente e saudável diferença social e cultural e com o caos "naturalmente" inerente ao desenvolvimento da cidade e do concelho. Era bom que se encomendassem estudos sobre o fenómeno da "insegurança" rigorosos no Algarve. Podia ser que se evitasse de dizer tanto disparate de senso comum. É que há muitas diferenças entre a criminalidade "objectiva", a percepção subjectiva de insegurança, a fabricação mediática da "insegurança social" e o pavor político de meia dúzia de elites que se pensam esclarecidas e produzem discursos a partir de meia dúzia de casos de maior força mediática. Quando soubessemos claramente do que estamos a falar quando falamos de "insegurança" ganhariamos todos com isso. Para não andarmos todos a falar no vazio. Voltaremos provavelmente ao problema. É que o Correio da Manhã já existe há dezenas de anos.

Quem quer RAN ou REN quando se tem PIN?

Continua o saque ao território nacional. Via blogue do Bloco de Esquerda Loulé.

Ver tudo aqui: http://loule2009.blogspot.com/2009/11/bloco-questiona-governo-sobre-vilamoura.html

"Bloco questiona Governo sobre projecto turistico-imobiliário da Cidade Lacustre de Vilamoura. O projecto turistico-imobiliário da Cidade Lacustre de Vilamoura, âncora do projecto Vilamoura XXI, prevê uma área útil de construção superior a 300 mil m2, sendo que 188 mil são para áreas residenciais e 113 mil para complexos turísticos, num total de 3.000 novas camas, além da construção de 5 novos campos de golfe. Situado junto à actual marina, a praia da Falésia e o Parque Ambiental, este Projecto de Interesse Nacional (PIN) custará mais de mil milhões de euros e implica uma pressão urbanística absolutamente insustentável para o concelho de Loulé e a região do Algarve (...)"

Antes Ser Rainha Uma Hora Do Que Duquesa Toda A Vida

Hoje é dia de comemoração da restauração da independência de Portugal. E no tempo em que às mulheres era destinado o papel de bem servir os homens, é a uma mulher, Luisa Francisca de Gusmão, que se deve um papel decisivo no caminho para a reconquista da independência nacional.

Espreitem lá aqui então: http://www.arqnet.pt/dicionario/luisagusmao.html

domingo, novembro 29, 2009

Marchas Para a Felicidade

Paulo Freire



Via http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2009/11/28/ultima-entrevista-do-paulo-freire/

Elevar o Gosto

Vivaldi - Four Seasons (Winter)



Boa semana para todos os que nos visitam!

sábado, novembro 28, 2009

Jornalismo Decente Para Uma Democracia Exigente

Não é só o sentimento de gratidão pela autoria de um dos mais belos momentos da Revolução que transformou as vidas de todos nós e a quem a minha geração deve estar eternamente grata. É um ethos, uma maneira de estar na vida, que faz com que o sentimento de justiça, de bem e de mal, de certo e de errado, oriente as nossas condutas da vida social. Há os que adormecem em cima dos louros conquistados, há os que se aburguesam e deixam de querer saber do que em determinada altura da vida lhes foi tão caro. E há aqueles que honram a sociedade em que vivem e continuam determinados em não ser vencidos da vida. O jornalismo acrítico, acéfalo, encostado, e adormecido do Algarve deve olhar para o exemplo de Carlos Albino. Aqui o jornalismo e a opinião jornalística significa a defesa da democracia e a defesa do interesse público. Aqui, a liberdade de pensar, de dizer e de escrutinar os poderes públicos e políticos é um imperativo ético. A democracia agradece. Os algarvios certamente também. E a qualidade é de excelência. Quanto vale, hoje, no mundo jornalistico, um SMS?

http://smsjornaldoalgarve.blogspot.com/

Dia de Derby

1986: Sporting - 7 Benfica - 1

quinta-feira, novembro 26, 2009

O Meu País Inventado



http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1431343

PS: Não, não são memórias das minhas putas tristes. É mesmo o meu país inventado.

terça-feira, novembro 24, 2009

Transportar o modelo de desenvolvimento esgotado do litoral para o interior

Ver mais aqui no blogue do Bloco Loulé: http://loule2009.blogspot.com/2009/11/deputadas-questionam-governo-sobre.html

"O dia 22 de Novembro assinala o arranque do empreendimento Quinta da Ombria, marcado, durante anos, por profundos conflitos.
O Grupo finlandês Pontos vai construir um campo de golfe na Quinta de Ombria, em Querença, Loulé, no âmbito de um projecto que inclui um hotel de cinco estrelas, três aldeamentos turísticos, um “Spa” e 31 lotes para moradias individuais. O empreendimento vai ocupar 144 hectares, no Sítio Barrocal da Rede Natura e Sítio Classificado da Fonte Benémola, além de zonas classificadas de REN e RAN. O golfe e áreas de enquadramento paisagístico espalham-se por 64 hectares e a área imobiliária e acessos ocupam 41 hectares. Os espaços naturais ocupam 38 hectares nas áreas de declive, existindo ainda uma área de um hectare destinada a agricultura biológica.
O grupo refere que o “resort” estará concluído daqui a 8 anos, implicando um investimento de 200 milhões de euros e a criação de 300 postos de trabalho. O arranque em 2010 faz-se com a execução das infra-estruturas, campo de golfe, hoje de 18 buracos – ao invés dos 27 inicialmente previstos - e o "clubhouse" ( ...)"

domingo, novembro 22, 2009

A Itália de Berlusconi

Estive duas vezes em Itália nos últimos dez anos. Primeiro em Roma e uns anos mais tarde, em Veneza. Logo ali, da primeira vez, no final da estadia, jurei nunca mais lá voltar. Um património histórico riquíssimo, uma gastronomia fabulosa, um património musical maravilhoso, mas depois existem as pessoas. Não quero cair no estereótipo muito frequente de atribuir características essenciais aos povos. Segundo esta lógica infeliz, os alemães seriam "frios", os portugueses um povo de "brandos costumes", de Espanha "nem bom vento nem bom casamento", os ingleses seriam uns "sobranceiros" e os italianos uns bons "machos latinos". Não, não vou por aí, mas no centro de Roma encontrei um padrão. E esse era um padrão "rude", "agressivo" e de "indiferença" máxima face aos outros desconhecidos. Inevitável não me lembrar da herança histórica fascista que marcou recentemente o povo Italiano e das marcas que a história sempre deixa em cada um de nós. Várias vezes me veio à mente a obra de Adorno "A personalidade autoritária". Várias vezes em Roma, me ocorreu a ideia de que as razões que levam os turistas a Roma não obedecem a sazonalidades à maneira algarvia. De alguma maneira eles não precisam de ser simpáticos. Senti sempre, quer em Roma, quer em Veneza, a presença de um Estado forte, policial, autoritário, agressivo. E isso sentia-se no comportamento diário das pessoas. Esta semana li num jornal português que algumas das principais localidades de Itália definiram o número de ciganos "aceitável" e permitidos no interior dos seus territórios. A bela Itália, e como ela é magnífica, na era de Berlusconi, deriva perigosamente para novas formas de racismo institucional. E os italianos votaram por três vezes em Berlusconi. Depois não nos venham dizer que andavam distraídos. Há qualquer coisa de adesão "massiva" a estas novas lógicas.

sábado, novembro 21, 2009

Imagens das Terras de Loulé

Há dias passei pelo Centro de Emprego de Loulé e as pessoas faziam fila cá fora à espera. Pela primeira vez vi o Centro transbordar. Em cada desempregado há uma vida em decomposição material até ao nada que é nada. E não, não vale a pena transformar a vitíma em culpado. Há um sistema predador que a todos nos arrasta para a miséria do mundo. Será isto motivo de preocupação política?

Efeitos de Maioria Relativa

"Desde que o Bloco de Esquerda confrontou o Ministro das Finanças com a aplicação de uma Taxa Multibanco, o Governo tem andado numa dança. Na resposta a essa pergunta, Teixeira dos Santos disse que iria utilizar a faculdade que a lei permite para proibir a aplicação dessas taxas. Anteontem, recuou, dizendo que o Governo apenas recorreria ao papel da CGD para impedir o surgimento dessas taxas. Ontem, e na iminência de ver aprovadas na Assembleia da República, iniciativas legislativas do Bloco e do PCP sobre esta matéria, o Governo recuou no recuo e anunciou que vai legislar no sentido da proibição. Este desfecho, se o Governo não voltar a mudar de posição até à hora de jantar, constitui uma enorme derrota da banca e uma enorme vitória para todos os que têm conta bancária (bastante mais). O fim da maioria absoluta já está a dar frutos..."

Via http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2009/11/marcar-para-ganhar.html por José Guilherme Gusmão, postado em 18/11/2009.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Bloco de Esquerda Contra Nomeações Políticas em Loulé

Parece que a imprensa local anda distraída. Aqui está o macloulé a fazer as vezes da imprensa local, divulgando o comunicado de imprensa do Bloco de Esquerda.

COMUNICADO DE IMPRENSA

"O Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Seruca Emídio, iniciou mal este mandato. A recente nomeação de elementos para o seu Gabinete de Apoio Pessoal (GAP) é disso uma evidência, pois, em despacho de 24 de Outubro de 2009, o Presidente nomeou para Chefe de Gabinete Horácio Piedade, Presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, e José Coelho Mendes, Presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, para Adjunto do Presidente. O Bloco de Esquerda considera estas nomeações reprováveis ética, moral e politicamente. Por um lado, os critérios que lhes estão subjacentes não nos parecem ter-se pautado pela competência ou capacidade exigidas para o exercício dos cargos, mas tão somente por amizades pessoais e favorecimentos políticos. Ora, os GAP foram criados como assessorias do Presidente, tendo em conta o nº de habitantes do Concelho, e não para criar emprego político bem remunerado. Assim, estas nomeações não abonam nada em favor da classe política e contribuem para o descrédito do poder autárquico, numa altura em que os políticos são bastante mal vistos perante a opinião pública. Por outro lado, a nomeação dos Presidentes das Juntas de Freguesia de S. Sebastião e Quarteira para o Gabinete de Apoio Pessoal do Presidente em acumulação com as funções executivas nas respectivas Juntas de Freguesia levantam-nos sérias dúvidas sobre a legalidade e compatibilidade desta situação. É preciso não esquecer que os Presidentes de Junta não só exercem funções executivas num órgão independente do Município, como, por inerência, têm assento na Assembleia Municipal, órgão deliberativo e fiscalizador da actividade do Executivo camarário. Ora, como podem as mesmas pessoas integrar o GAP do Executivo Municipal e, simultaneamente, deliberar e fiscalizar a actividade desse mesmo Executivo? Perante esta situação, o Bloco de Esquerda não poderia ficar calado ou deixar de tomar uma posição. Nesse sentido, para além do presente comunicado à imprensa, solicitámos os esclarecimentos necessários junto das entidades que tutelam o poder local, nomeadamente: IGAL (Inspecção Geral da Administração Local), DGAL (Direcção Geral das Autarquias Locais) e CCDRA (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve). O BE reclama a clarificação urgente desta situação."

Loulé, 11/11/09 - Bloco de Esquerda



quinta-feira, novembro 19, 2009

Elevar o Gosto

Barbara Hendricks - Ave Maria

A Senhora Governadora, a Deputada, o Partido e o Cargo

É o cargo que está ao serviço do partido? É o partido que está ao serviço do cargo? Este é um cargo do partido? Ou este é um partido do cargo? Quem está ao serviço de quem? Quem se serve do quê? Isto é bom para a democracia? É um exemplo de transparência democrática?

Veja aqui o que diz a ex-governadora agora nomeada governadora, ao serviço da estratégia do partido: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=33091

Culturas Urbanas

Pintura Graffiti - Parque Municipal de Loulé


quarta-feira, novembro 18, 2009

Memórias

O apuramento que hoje é tido como uma obrigação, já foi da ordem do milagre.

Recordemos pois o milagre...



Tinha 15 aninhos e o dia de hoje fez-me lembrar os dias de 1985.

Para que serve e a quem serve o Cargo de Governador Civil do Algarve?

Parece que a ex-Governadora Civil do Algarve se cansou do cargo de governadora e quis ser deputada da nação. E depois parece que se cansou do cargo de deputada da nação e quer voltar a ser Governadora Civil. Com a chegada de uma mulher ao cargo de Governadora do Algarve há alguns anos atrás, levantei a hipótese de o respectivo cargo, não auferir nos tempos de hoje, grandes poderes de espécie nenhuma, para além do prestígio que obviamente confere. Depois a senhora governadora deve ter percebido que a importância de se ser hoje deputada de terceira divisão na Assembleia da República é uma chatice. Muito trabalho e pouca visibilidade. E depois há a dança das cadeiras. Ora tudo isto, mais uma vez somado, não fica mesmo nada bem ao PS. E incomóda os Algarvios mais atentos.

terça-feira, novembro 17, 2009

Identidade Blogosférica



Por vezes apetece-me mudar de nome. Não há movimentos de um. Nem sequer cidadania que chegue para formar movimento. Em alguns países já se pode mudar o nome da pessoa e alterar o BI. O BI é aquilo que nos dá existência social. Sem BI ninguém chega a ser. Ou pelo menos ninguém existe oficialmente. Vou continuar com a dúvida. A era é de incertezas. Na blogosfera há sempre a existência virtual. É a real virtualidade. Às vezes apetece-me clicar no blogue da Camila. Ela não mudou de nome. Eclipsou-se. Existe apenas nalguns espíritos. Mas existe, não existe?

Aleixo Cantado

Acompanhando as homenagens dos blogues Louletania e Sebastião aqui fica...

Aleixo cantado

domingo, novembro 15, 2009

Transformações da Universidade Portuguesa

Via blogue Boa Sociedade de Elísio Estanque:

Bolonha e a luta estudantil

As dinâmicas da universidade e o movimento estudantil

"A Universidade portuguesa mudou radicalmente nas últimas décadas. A ideia de que a estratificação da população estudantil obedecia a uma “pirâmide invertida” (por comparação com a sociedade) não é mais verdadeira. Porém, o acesso à universidade é ainda muito condicionado pela origem de classe. Hoje, a probabilidade de um filho de um trabalhador manual ingressar no ensino superior contra a probabilidade de o mesmo suceder com um filho de um quadro superior é de cerca de 1 para 6, enquanto que há quarenta anos era de 1 para 16. Houve, portanto, uma profunda democratização do acesso. Mas ainda estamos longe de uma igualdade de oportunidades. Continuam a haver milhares de jovens com talento e potencialidades que ficam de fora e, muitos deles, apenas por terem nascido em famílias pobres e socialmente estigmatizadas, estão condenados ao abandono precoce dos estudos e a nunca alcançarem um estatuto social respeitável. Só com uma aposta forte em políticas de discriminação positiva (que premeiem os mais carenciados) e um grande aumento das bolsas de estudo poderemos travar este fenómeno.
O modelo de Bolonha induz mais mobilidade e maior abertura. Mas, o alargamento conjugado com a compactação dos cursos de 1º ciclo em três anos (na maioria das áreas) vulgariza a licenciatura e remete a formação avançada para o 2º ciclo (mestrado) ou o 3º (doutoramento). A diferenciação passa a fazer-se nestes graus, muito mais selectivos. Por outro lado, o recente RJIES coloca em risco algumas das conquistas democráticas, inclusive no que toca ao espírito colegial e à representação dos diversos corpos da Universidade nos seus órgãos de governo. A representação dos estudantes foi praticamente retirada das estruturas de gestão, o que, noutras épocas, seria motivo por si só para uma rebelião estudantil generalizada.
Vive-se hoje um momento de profunda viragem no ensino superior, mas é ainda cedo para podermos avaliar os seus custos e benefícios. Sabemos que ao longo dos tempos muitas reformas universitárias se ficaram pelo papel ou conduziram a objectivos contrários aos anunciados. Sabemos também que a Universidade pública tem vindo a ser estrangulada nos seus recursos, vendo-se assim obrigada a socorrer-se das propinas cobradas aos estudantes para responder a despesas elementares que deveriam ser supridas pelo Estado. Assim, o ensino superior público passou a ser “tendencialmente caro”, quer pelas anuidades de licenciatura quer pelas propinas dos estudantes de 2º e 3º ciclo, sem que daí resultem melhorias visíveis na qualidade das infraestruturas e das condições pedagógicas em geral.
Num contexto em que os jovens recém-formados perderam o direito ao futuro (e em tempos de crise vivem apavorados pela condenação à precariedade ou ao desemprego), importa recordar que as grandes mudanças sociopolíticas – e no sistema de ensino – foram quase sempre dinamizadas pela acção da massa estudantil. O que aconteceu nos últimos anos em Portugal foi um conjunto de medidas políticas e estratégias centralistas, impostas de cima, para as quais os estudantes (e em boa parte também os docentes) não foram ouvidos nem achados (ou só o foram para legitimar decisões já tomadas), e em que o movimento associativo se mostrou apático.
Todavia, os efeitos de Bolonha e de outras medidas legislativas só agora começam a notar-se. Ora, se nos lembrarmos que tudo isto ocorre a par e passo com o acentuar do desemprego, num clima de crise que teima em ficar, perante o espalhar da precariedade, do emprego mal pago, a super-exploração e a ausência de medidas que dêem novo alento à juventude qualificada que sai das nossas universidades, é provável que – tal como aconteceu no passado – o movimento estudantil volte a tomar corpo. Além do mais existe hoje um caldo social bastante propício à reemergência de um novo radicalismo juvenil de consequências políticas imprevisíveis. Lembremo-nos das revoltas em França em 2006, na Grécia no ano passado e na Catalunha no início deste ano."

Publicada por Elísio Estanque aqui: http://boasociedade.blogspot.com/2009/11/bolonha-e-luta-estudantil.html

Cinema

Está-me a apetecer ir ao cinema. Alguém por aí sabe onde fica um no concelho de Loulé?

A Face Oculta de Sócrates

Começou com as dúvidas sobre a validade da licenciatura na Universidade que já não existe. Passou pelas dúvidas das casas construídas na Guarda, uma autêntica obra prima da engenharia Moderna. Apareceram também as dúvidas sobre os aterros da Cova da Beira. Apareceram as dúvidas que nunca se irão desvanecer do caso Freeport. Aparecem agora as dúvidas sobre as ligações a uma rede tentacular que utilizaria o aparelho de Estado a seu belo prazer. Todas estas dúvidas permitem-nos tirar uma de duas conclusões: - Ou Sócrates é vítima da maior conspiração jamais existente na História da nação Portuguesa, ou tem este maldito azar, que só afecta os infortunados deste mundo, de estar sempre à hora errada, no local errado, com as pessoas erradas. Entretanto, o jornalismo de "sargeta" vai-se atolando, sim, esse do DN e do JN. A "justiça" cai no lodo e a corrosão das instituições do Estado cai para níveis nunca atingidos desde o 25 de Abril de 1974. Resta Sócrates. É o que nos salva.

sábado, novembro 14, 2009

Opinião dos Blogues de Loulé Sobre o Abate de Árvores

"Chegou a vez das do velho hospital. Porquê? Que mal faziam as árvores talvez centenárias? Estavam doentes, também? " In blogue Calçadão de Quarteira.

Ver aqui a opinião do blogue Calçadão de Quarteira sobre o abate de árvores no Concelho de Loulé.

Ver mais aqui:
http://calcadaodequarteira.blogspot.com/2009/11/cidade-sustentavel-ou-furia-assassina.html

sexta-feira, novembro 13, 2009

Sem Muros

U2 One Berlin, Brandenburg Gate 2009-11-05



Bom fim de semana para todos os que nos visitam!

quinta-feira, novembro 12, 2009

Loulé – Presidente e Vereadores do PSD rejeitam redução do IMI e do IRS proposta pelo PS

Chegou à minha caixa de correio:

O executivo social democrata da Câmara Municipal de Loulé rejeitou na reunião de Câmara de 11 de Novembro 3 propostas apresentadas pelos Vereadores eleitos pelo PS que visavam reduzir as taxas referentes ao Imposto Municipal sobre Imóveis e que propunham que a Câmara Municipal de Loulé prescindisse dos 5% de participação no IRS cobrado no Concelho em favor dos Munícipes.
Os Vereadores Fátima Catarina Coelho, Luis Oliveira e Hortense Morgado apresentaram hoje, na reunião de Câmara, um documento sobre as finanças municipais e a fiscalidade municipal que continha propostas concretas de redução ligeira do Imposto Municipal sobre Imóveis (passando a taxa a aplicar aos imóveis avaliados de acordo com o CIMI de 0,36 para 0,35 e de 0,68 para 0,65 nos imóveis não avaliados), e propondo também que a autarquia abdicasse dos 5% da participação no IRS cobrado aos sujeitos passivos residentes no Concelho, para o ano de 2010.
Os Vereadores eleitos pelo PS consideram que :
- a criação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e a alteração proveniente da redefinição do processo de avaliação matricial dos imóveis fizeram do IMI um imposto com um peso crescente nas receitas municipais e no “bolso” dos cidadãos;
- que a possibilidade dos Municípios poderem fixar anualmente até ao máximo de 5% um valor para a sua participação variável no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) com domicilio fiscal no respectivo Concelho, transferiu para os órgãos municipais a responsabilidade de definirem também o nível de fiscalidade que incide sobre o rendimento de cada um dos seus munícipes;
- estas alterações deram aos municípios instrumentos que à dimensão municipal permitem criar respostas, de duração anual, a situações mais ou menos problemáticas ao nível económico para as populações;
- faz todo sentido que as propostas e as decisões tomadas anualmente tenham por base em primeira linha uma avaliação da situação sócio-económica do Concelho e dos seus habitantes e só depois a necessidade da Câmara Municipal de garantir um determinado volume de receitas;
Por isso, e atendendo à grave crise económica que o país atravessa e à qual o Concelho de Loulé não é de todo imune (aliás os dados referentes ao nível de desemprego que são conhecidos dão-nos uma percepção clara dos momentos particularmente preocupantes que algumas das nossas famílias atravessam) os Vereadores, Fátima Catarina Coelho, Luis Oliveira e Hortense Morgado, entendem que para o ano de 2010 a Câmara Municipal deve utilizar os instrumentos IMI e participação variável no IRS por forma a não exigir às famílias do Concelho qualquer esforço adicional, devendo até gerar alguma folga para os seus orçamentos domésticos.
Assim, defenderam que a Câmara Municipal deliberasse propor à Assembleia Municipal de Loulé:

i) a fixação da taxa de IMI de 0,35 aos prédios avaliados;

ii) a fixação da taxa de IMI de 0,65 para a aplicação aos prédios não avaliados;

iii) a aplicação da minoração de 30% às respectivas taxas, como forma de incentivo à fixação de populações no interior, às Freguesias de: Alte, Ameixial, Benafim, Boliqueime, Querença, Salir e Tôr;

iv) a fixação da percentagem de participação variável do Município no IRS dos sujeitos passivos com domicilio fiscal no Concelho em 0%, prescindindo do valor máximo de 5%;

Na situação económica actual é essencial “apoiar as pessoas”, lamentavelmente o Presidente da Câmara e os Vereadores eleitos pelo PSD não mostraram disponibilidade nem sensibilidade para o fazer, recusando que a Câmara Municipal de Loulé fizesse um pequeno sacrifício nas suas receitas municipais que, com certeza, poderia ajudar a fazer a diferença nalguns orçamentos familiares no ano de 2010.


Loulé, 12 de Novembro de 2009