A minha Lista de blogues

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Conhece-te a Ti Mesmo



Sem uma compreensão do passado, não é possível compreender o presente e muito menos descortinar o espaço dos possíveis do fazer futuro. O resto da série está dísponível on-line, por aí algures, nas novas estradas virtuais.

domingo, janeiro 30, 2011

Elevar o Gosto

O Estado a que chegou o PS

O PS esteve reunido e chegou a uma conclusão. Segundo o seu porta-voz, o voto dos portugueses em Cavaco significa que os portugueses querem estabilidade na governação. A paródia segue dentro de momentos.

As Virtudes Das Políticas de Austeridade

Desengane-se quem pense que no meio da miséria produzida pelas politicas austeritárias à escala europeia não existem virtudes. E entre a maior das suas virtudes está o facto de elas tornarem bem visíveis aos dominados os mecanismos de produção da sua dominação. Hoje é cada vez mais claro que estas são políticas ditadas pelos banqueiros e impostas pelos políticos à maior parte da população mundial. As revoltas no Médio Oriente devem-se à conjugação de uma miséria extrema, desigualdades escandalosas e à tentativa de redução do último reduto de liberdade no sentido de ser reduzido a nada. No ocidente europeu é ainda a democracia e o funcionamento (débil) dos mecanismos democráticos que levanto como hipótese de ser aquilo que pode evitar a explosão generalizada. Fechem os políticos da austeridade a torneira da democracia e vão ver o Médio Oriente entrar-lhes pela casa a dentro. E desta vez não vai ser pela televisão.

Vai a Democracia Resistir ao Capitalismo?



No país em que as propinas universitárias anuais subiram de perto de 3000 euros anuais para perto de 9000 euros anuais, os estudantes revoltam-se em massa (e com razão) descontentes com o regresso à universidade aristocrática medieval. Tenho para mim que o que vai acontecer nos próximos tempos em Inglaterra condicionará fortemente o futuro da Europa Ocidental. A seguir com muita atenção. Hoje foram identificados e presos mais estudantes, em mais um dia de forte protesto. Esta entrevista a um jovem estudante é absolutamente ilustrativa como os media funcionam como os novos cães de guarda do novo capitalismo. Face às chamadas de atenção do jovem para a necessidade de ser perceber o contexto e as causas do protesto, o velho jornalista insiste na desordem causada pelos protestos como o verdadeiro "problema". As imagens centradas na violência já desfocam o espectador comum do que está em jogo na arena pública, mas com jornalismo assim, o mundo não pula nem avança, pois que nada mais resta do que a bola roubada às mãos de uma criança.

sábado, janeiro 29, 2011

Identidades Múltiplas



Hoje dei comigo a pensar na distância que vai entre a pessoa que existe no bloguer e o bloguer que existe na pessoa. A única conclusão a que cheguei é que talvez sejam duas pessoas diferentes.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Do Egipto com Amor



O povo excessivamente espremido jamais será vencido...

Da Mercadorização da Democracia

Eu sei que os políticos face à pressão a que estão sujeitos, via brutal descontentamento popular, procuram por todos os meios a sua relegitimação face aos olhos do eleitorado. Mas a decisão do Presidente da República, tomada esta semana, de abdicar do seu vencimento, na condição de mais alto magistrado da nação, em nome, concerteza, da moralização da repartição dos sacrifícios, só desprestigia ainda mais a democracia e as instituições que a fazem viver. Os políticos devem ganhar bem, aliás, devem ganhar muito bem; ao nível da responsabilidade que lhes foi conferida (a que nenhum "mercado" pode atrever-se a atribuir um valor) e o Presidente da República deve ganhar mais que todos os outros eleitos, assim como ao Primeiro Ministro esta regra se deve aplicar. A decisão tomada por Cavaco Silva pode agradar a uma boa parte do Zé Povinho, que poderá esfregar as mãos de contentamento, mas a democracia, essa, sofreu mais um revés. No dia que a salvação do país da bancarrota financeira, depender do vencimento do Presidente da República Portuguesa, isso é um claro sinal, que o país, já entrou em bancarrota.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Vai a Democracia Resistir ao Capitalismo?

Aqui mesmo ao lado... em Espanha.



Ai se os "mercados" sabem disto...

Elevar o Gosto

Todos Contra os Pórticos da Via do Infante



MANIFESTO EM DEFESA DA NÃO INTRODUÇÃO DE PORTAGENS NA VIA DO INFANTE

“O actual Governo PS decidiu – com o apoio do PSD – a introdução de portagens na Via do Infante, contrariando anteriores compromissos políticos que vinculavam essa medida à existência de alternativa à Via do Infante.

Os algarvios discordam desta decisão, não porque exijam um tratamento de privilégio, mas por razões técnicas ligadas à mobilidade na região e sobretudo pelas consequências económicas, nomeadamente no turismo.

A EN 125 não constitui alternativa, sendo um dos eixos rodoviários mais perigosos da Europa e cuja requalificação está longe de estar concluída.

O traçado da EN 125 é caracterizado pelo atravessamento de muitas povoações e localidades densamente povoadas, cruzamentos, sistemas de semáforos e passadeiras de peões, e o projecto da sua requalificação prevê a criação de mais 84 rotundas. Em resumo, é muito mais uma rua do que propriamente uma estrada.

Segundo dados actuais do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, na EN 125 ainda continuam a morrer, em média, 30 pessoas por ano, o que significa que é a segunda estrada mais mortífera de Portugal.

Qualquer medida que introduza mais tráfego no canal da EN 125, será gravoso para o quadro actual da sinistralidade rodoviária regional e contribuirá para o aumento – sobretudo no período de Verão – do congestionamento desta estrada, com todas as implicações que daí advém em termos de poluição e de muitas horas de perda de tempo, tanto para os locais como para os turistas. Imagine-se a dimensão que os engarrafamentos em Julho e Agosto poderão atingir, bem como as suas repercussões na imagem e na atractividade da principal região turística do País.

Note-se que no Orçamento do Estado de 2011 refere-se que o valor acrescentado nacional, de acordo com um estudo do Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, é de 81,5% nos serviços e turismo, de 36,6% no material de transporte, 42,9% na indústria química, 47% na indústria de máquinas e aparelhos e 64,7% nas indústrias de têxteis e vestuário.

Introduzir portagens na Via do Infante sem a existência de uma alternativa séria para atravessar o Algarve – recorde-se que, face à ausência de modernização da rede ferroviária, também o comboio não constitui uma alternativa credível -, acentuará a sinistralidade e o congestionamento rodoviário, com implicações negativas directas na actividade turística e na economia da região, contribuindo para o agravamento da actual crise.

Neste contexto, considera-se não existirem condições para a introdução de portagens na Via do Infante.”

Faro, 24 de Janeiro de 2011,
Os signatários:

AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve ACRAL – Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve AIHSA – Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve CEAL – Confederação dos Empresários do Algarve UGT – União Geral dos Trabalhadores CGTP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses CUVI – Comissão de Utentes da Via do Infante

Texto copiado do blogue Sebastião do António Almeida
http://ssebastiao.wordpress.com/2011/01/25/manifesto-contra-as-portagens/

quarta-feira, janeiro 26, 2011

O Futebol Adjectivado de Feminino



Eu sei que o Mourinho já provou que é um fantástico treinador e que o pé esquerdo de Messi só é superado pelo de Maradona, mas se o Benfica tem ido buscar a Marta para substituir o Di Maria e para fazer frente ao pé esquerdo de Hulk, o Jorge Jesus talvez não andasse hoje em dia à pancada com os adversários. Este post nada tem a ver com os seis candidatos masculinos que concorreram recentemente à Presidência da República.

A Senhora Realidade

Quer a esquerda quer a direita querem fazer cair o governo de Sócrates. Mas a esquerda nunca apoiará uma moção de censura proposta pela direita e a direita, por sua vez, nunca apoiará uma moção de censura proposta pela esquerda. Sócrates sabe disso. O institucionalista Cavaco está acima desta estória toda e a vida política portuguesa, vai continuar em 2011, numa enorme trapalhada. Resta-nos a esperança na senhora Realidade. Essa normalmente não tem cor partidária. E quando se faz valer, impõe-se, imponente, do alto da sua força.

Egipto - Dia da Raiva





Depois da Tunísia, o Egipto. O povo excessivamente espremido jamais será vencido...

terça-feira, janeiro 25, 2011

Continua a defesa do Estado Social de Manuel Alegre, do camarada José Sócrates e do Partido "Socialista"

Lido hoje no Público: "Patrões querem pôr trabalhadores a pagar fundo de despedimentos." Reduzidas as indeminizações dos trabalhadores despedidos através da nova lei governamental. É cool essa ideia dos trabalhadores amealharem uns trocos para pagarem o seu próprio despedimento. Já tivemos mais longe da sempre elogiada China.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Pronto, já desabafei tudo

A Maledicência de Sócrates foi substituída pela Infâmia de Cavaco



Porque ainda vivemos em democracia eu quero ver a Aldeia da Coelha bem explicadinha. Para que não tenhamos uma "imprensa suave" a quem o senhor professor manda agora recados, à imagem do que fazia o senhor primeiro ministro anteriormente. Não, o senhor Presidente não explicou nada ainda. Assim como não explicou o exponencial lucro das acções da SLN.

Alice no País das Maravilhas

A estória podia rezar mais ou menos assim. A direita vai chegar ao poder num contexto de desastre social e político e aí haveria condições para construir progressivamente um esquerda decente para uma sociedade decente. Para isso é preciso que o PS mude de vida, o que me parece que é a coisa mais difícil de acontecer nesta estória. Era este o caminho e não o caminho que o Bloco de Louçã e o PS de Sócrates quiseram desesperadamente traçar quando ainda eram as políticas desastrosas de Sócrates a ditar a lei do meu país. Com o PS de Sócrates (não é só Sócrates) a esquerda já não se levanta em Portugal.

O Mundo Imaginário dos Políticos da "Esquerda"

Sócrates, Louçã, Alegre, o PS e o Bloco de Esquerda aliaram-se para fazer oposição à direita quando a direita não está no poder (a não ser a direita de Sócrates é óbvio). Isto é o que se chama pôr a carroça à frente dos bois. Ou construir uma casa pelo telhado, sei lá.

domingo, janeiro 23, 2011

Sócrates, O PS e a Quarentena do Bloco de Esquerda

Sócrates conseguiu hoje o total domínio sobre o PS. Alegre perdeu, hoje, o seu último reduto de legitimidade contestatária na vida interna do partido. Sócrates não só secou o poder dos Alegristas, como conseguiu (negociar ?) o silêncio dos Bloquistas. Sócrates elogiou hoje aos portugueses a escolha destes do valor "estabilidade". É o mais hábil político da história da democracia portuguesa na manutenção do seu próprio poder. Nunca tantos se deixaram enganar por tão poucos. A direita agradece e a esquerda fica arruinada politicamente nos próximos tempos. O país, esse, já há algum tempo que está em bancarrota. Para que lado vai sair o Bloco de Esquerda da quarentena política agora?

Cavaco Silva

É justo. É justo que no ano em que Portugal vai declarar bancarrota o seu Presidente seja Cavaco Silva e o Primeiro Ministro seja José Sócrates. Se há justeza na política, esse vai ser um facto político que faz justiça histórica a ambos os protagonistas.

Louçã

Acabo de ouvir Louçã. Não percebeu nada do que se passou. O Bloco já é um partido de sistema. Ou seja, de taticismos frouxos. Foram-se as causas. Fico triste. Percebo bem os militantes que anunciaram a sua saída. Não contem com o Bloco para fazer cair o governo de Sócrates. Louçã já traçou a sua estratégia de poder a médio, longo prazo.

Mediacracia ou Mediocracia?

Noite eleitoral. As televisões portuguesas a participarem na descredibilização da democracia. Alguns dos comentadores de serviço: Rui Rio e António Vitorino, Sousa Tavares, José Miguel Judice (?), Santana Lopes, Ricardo Costa, Manuel Maria Carrilho e Teresa de Sousa. Já não é só o sistema partidário que se fechou sobre si próprio. O sistema mediático reforça em força esse fechamento. Como não há cientistas políticos em Portugal que de forma mais ou menos isenta comentem os resultados das eleições, recorre-se aos mesmos de sempre. Caras que já enjoam e que se fazem existir pelos media. As instituições em Portugal definham.

Alegre Esquizofrenia

E pronto. Comprovou-se que a estratégia de Alegre de se juntar ao PS (que uma parte do eleitorado já não suporta) e ao Bloco de Esquerda (de que uma parte do eleitorado começa a desconfiar) foi um desastre. Para mal dos meus pecados vou ter como presidente o senhor Silva. Fica uma certa esperança no futuro: O "povo português" vai provocar uma tempestade política nos próximos meses (só um louco vai querer ser governo nos próximos tempos) e as taxas de juro e a dívida pública, como não fomos para a segunda volta eleitoral, não vão subir nos próximos cinco anos. A comédia (e a tragédia) continua nos tempos mais próximos.

sábado, janeiro 22, 2011

Os Vampiros

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Votar e Fazer Viver a Democracia

1. Domingo, 23 de Janeiro, se continuar no mundo dos vivos até essa data, lá estarei na Freguesia de São Sebastião, na cidade de Loulé, na Escola com o nome da Mãe Soberana, para colocar o meu voto em branco na urna. A democracia é uma coisa demasiado séria para ser deixada aos políticos e como ela não é uma qualquer essência que caminha por si eternizando-se para todo o sempre, ela tem que ser continuamente alimentada. Não sendo o regime perfeito, ela continua a ser o menos mau dos regimes que conheço. O meu voto em branco significa, portanto, que considerando a democracia e a vida partidária essencial à organização da vida política e social dos cidadãos, ela está a ser, politicamente, muito mal tratada.

2. A campanha para estas presidenciais não pode ser compreendida sem o pano de fundo da situação económica e social do país. Num contexto de prenúncio de bancarrota, o que era importante discutir saiu fora da discussão política. A margem de autonomia relativa que tem o Estado Português face às políticas da União Europeia era talvez a questão mais importante a discutir. O pânico instalado, face à sensibilidade dos ouvidos do mercado, qual Big Brother Orwelliano, assustou os candidatos de discutirem a política económica do país. Sem esta discussão nada mais nos resta do que ser um bom aluno do omnipotente "mercado". No limite, não se fará mais política, porque as taxas de juro podem subir. Não sei, se com esta concepção de democracia, o que estará em causa, não será a própria democracia.

3. Nestas eleições presidenciais fiquei orfão da democracia. Votar Cavaco seria votar num candidato com uma concepção limitada da vida democrática, excessivamente conservador, desfasado das necessidades do país, e que reduz o social à economia e não contente com isso, reduz a economia a más finanças. Cavaco cheira a bafio. O candidato mais próximo da visão do Portugal rural de Salazar. Uma tragédia política.

4. Alegre seria naturalmente o meu candidato. No dia que saiu à rua em Coimbra, nas legislativas de 2005, lado a lado com José Sócrates, fiquei sem candidato em que votar. Não se pode fazer oposição ao governo e ao partido durante anos seguidos e depois ser apoiado por este mesmo partido. Ou se é contra o PEC, ou se é a favor do PEC. Ou se concorda com o corte no subsídio para desempregados, ou se discorda do corte dos subsídios para desempregados. Ou se concorda com o aumento de impostos, ou se discorda do aumento de impostos. As duas coisas ao mesmo tempo, é a morte da política. Ser apoiado pelo partido socialista mais à direita do pós 25 de Abril e pelo Bloco de Esquerda, é uma trampa para o partido que se apregoa socialista e para o próprio Bloco de Esquerda. O Bloco também já teve melhores dias. Os apoios contraditórios e ambivalentes da candidatura de Alegre transformaram a sua campanha numa alegre esquizófrenia.

5. Por momentos estive inclinado em votar em Francisco Lopes. Foi o único que falou a sério da recessão económica, do problema do desemprego, do modelo económico que é necessário inverter, do roubo no corte de salários. Mas não acredito em amanhãs que cantam, nem na ditadura do proletariado (faço parte da geração que nunca acreditou nisso) e muito menos poderia dar o meu voto a um partido que criticou a atribuição do último prémio nobel da paz a um dissidente chinês defensor da democracia. Independentemente disso, Francisco Lopes credibilizou a política.

6. Fernando Nobre, um homem com uma vida profissional de excelência, também não é coisa nenhuma politicamente. Apresentando-se como um candidato anti-sistema, foi verdadeiramente o candidato anti-Alegre. Não se chegando a perceber se é de esquerda ou de direita, percebeu-se sobretudo que a política transforma o mais pacífico dos seres humanos num potencial demagogo da política. A determinada altura da campanha desafiou Alegre a apoiá-lo na segunda volta. A desgraça instalada um pouco por todo o mundo precisa da experiência de Nobre noutros caminhos que não nas aventuras da política.

7. Defensor Moura, foi mais um candidato anti-Alegre. O governo de Sócrates sabe-a toda. Alegre arranjaria muito mais trapalhadas ao governo de Sócrates do que o conservador Cavaco Silva. Dos candidatos sem aparelho partidário a apoiá-lo explicitamente foi o que fez uma campanha mais discreta. Com os meios de que dispunha também não podia fazer muito melhor.

8. O candidato Coelho não é um candidato no verdadeiro sentido da palavra. Mas ao contrário da opinião reinante nos media nacionais, creio que se olharmos para a substância e pormos de lado a forma e o estilo, foi um candidato importante ao por questões incómodas na arena pública, que não são questões menores para a democracia portuguesa. Não é uma coisa menor a violência sobre a oposição na Madeira. Não é uma questão menor o controlo dos meios de comunicação na Madeira. Não é uma questão menor para o continente a vida política da Madeira. Tal como não é uma questão menor a vivenda da gaivota na aldeia da Coelha, a corrupção instalada no aparelho de Estado, ou a ruína, para os contribuintes e para o Estado, das vigarices dos amigos de Cavaco, na SLN e no BPN. Discordando do estilo importado do general Giap, não jogo nada fora das perplexidades de Coelho, no que toca às questões de substância. Por muito que se ponha os olhos na forma e se tape os ouvidos à substância, por muito que nós saibamos que o senhor Coelho não tem nenhuma vivenda, na Aldeia da Coelha, a Aldeia da Coelha existe e a bem da democracia, deve ser escrutinada.

Democracia Contábil

Cavaco é um político verdadeiramente deplorável. As eleições não podem ir para a segunda volta por causa dos "mercados" que vão olhar para a demora da democracia portuguesa em escolher um candidato e vão fazer subir o crédito e as taxas de juro. Como posso eu livrar-me desta gente que me governa? É que verdadeiramente não posso. Uma tragédia.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Devolver o Cine-Teatro Louletano à Cidade

Parece que está para breve a reabertura do Cine-Teatro Louletano. Depois de mais de um ano sem cinema, Loulé volta a ter um equipamento cultural decisivo na vida cultural da cidade. Uma cidade sem vida cultural é como um jardim sem flores, um parque municipal sem árvores ou um livro sem consoantes, vogais ou maiúsculas. É o caminho certo para a imbecilização de toda uma população. Saúdo pois o regresso do Cine-Teatro Louletano. Mas ao mesmo tempo faço aqui um apelo. De nada adianta ter um edifício cultural esteticamente belo se não há uma verdadeira política cultural que o alimente. E há que dizê-lo de forma clara. Para além de não ter havido nos últimos anos uma verdadeira política cultural para a cidade de Loulé, não houve de forma alguma uma política cultural que potenciasse o Cine-Teatro Louletano nas suas últimas décadas de vida. Os bons espectáculos culturais foram raros e a continuidade e a frequência sustentada de espectáculos não foi conseguida. Esperemos que a casca do ovo passe a conter lá dentro qualquer coisa que nos faça crescer como pessoas. É que, pelo menos nos últimos vinte anos isso não tem acontecido.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Dia D da Política

1. Hoje é o dia D da campanha presidencial para Alegre. Ele vai estar junto a Sócrates no mesmo comício. Sócrates vai dizer que o PEC I, o PEC II e os outros PECS que aí vêm são do melhor que há para o país. Alegre vai confirmar que sim e dizer que é preciso é que se explique aos portugueses porquê que estes têm que fazer sacrifícios. Depois Sócrates vai dizer que Manuel Alegre é o seu candidato e Manuel Alegre vai fazer que acredita. Depois Alegre vai dizer que com ele ninguém toca no Estado Social e Sócrates vai dizer que a retirada dos apoios sociais, os cortes nos subsídios dos desempregados e o roubo dos salários na função pública foi a bem da nação. Por fim, Alegre vai dizer que está em causa a democracia e com ele em Portugal nenhum sindicalista pode ser preso por contestar o corte de salários dos portugueses e manifestar livremente a sua opinião. Sócrates vai sublinhar tudo o que Alegre disser e Louçã provavelmente irá comentar que concorda com tudo o que os comediantes disseram. Os estudos são claros. Um estudo realizado esta semana não deixa margem para dúvidas. Só 6% dos portugueses confia nos políticos.

2. Parece que Sócrates telefonou aflito à senhora Merkel para que esta lhe resolvesse o problema da bancarrota da nação e a senhora Merkel decidiu telefonar a Strauss-Khun, o director geral do FMI (percebem? Alemanha, União Europeia, FMI) que lhe respondeu que era melhor estar quieta e não fazer nada pois que tudo o que se pudesse sugerir a Sócrates este não ia cumprir. A credibilidade de Sócrates é de há muito tempo muito menos que zero. Há anos que vinha avisando aqui no macloulé para isso. Mas nem eu sou presidente da república nem o macloulé é o FMI. Com Sócrates no comando do barco a bancarrota é certa. Anotem outra vez aí na vossa agenda por favor.

Democracia?



O Associalismo Repressivo começou a derradeira etapa. E se alguém pensava que os tribunais não funcionam desengane-se. Um dos sindicalistas já tem julgamento marcado para breve.

terça-feira, janeiro 18, 2011

O Mamarracho de São Francisco e a Incúria dos Políticos Louletanos

Sim, refiro-me ao mamarracho de São Francisco. Naquele largo que já celebrou de seu nome o Doutor Salazar e que nesse claustrofóbico tempo talvez não tivesse tratado tão mal a construção do espaço público das gentes de Loulé. A incúria dos políticos não tem limites. Depois de largas dezenas (centenas?) de milhares de euros derramados incuriamente do erário público para fazer do Jardim de São Francisco o estado a que ele chegou e depois de uns bons largos milhares de euros na renovação estética da Avenida da República (faz falta ali a passadeira que foi retirada em frente à CML e à AM não faz?) o governo do doutor Seruca Emídio na fase de maior crise económica das últimas dezenas de anos na história mundial, nacional, regional e local, quando a pobreza se intensifica e o desemprego alastra, decide como prioridade política, a destruição e a reconstrução do mamarracho de São Francisco. Sim, foi esta incúria na gestão dos recursos públicos que levou o país à ruína. Já sei, já sei. Sou um maledicente. Um bota abaixista. Um tipo intragável. Enfim. Um deslocado.

Maledicentes Sindicalistas: Uns Bota Abaixistas

Tenho uma leve suspeição que a prisão dos sindicalistas no dia de hoje é só o princípio da desordem que está por aí a chegar.

Ver aqui: http://myblogcamelo.blogspot.com/2011/01/presos-dois-dirigentes-sindicais-em.html

Impróprio é Considerar a Crítica um Insulto

"Impróprio é considerar a crítica um insulto"
Manuel Alegre, 17 de Janeiro de 2011

Ah, a maledicência, o bota abaixismo, o negativismo... quem se lembra? Quem se lembra? Um chupa-chupa para quem se lembrar...ah, quanto reles é a política hoje... Alegre continua, mesmo sem o querer, a ser o maior crítico de Sócrates...

Ver aqui:
http://aeiou.expresso.pt/ps-socrates-acusa-oposicao-bota-abaixo-de-ser-contraria-ao-interesse-nacional-e-a-nobreza-da-politica=f404537

E aqui:

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Plasticidades Contemporâneas

Plasticidade 1: Andar na vida partidária de hoje supõe um ser humano de plasticina. O ser humano de plasticina é oposto ao homem de convições. O homem de convições não tem lugar hoje na vida partidária. O político de plástico tem que estar preparado para dizer sim e não sempre que tal seja preciso. Sim e talvez. Sim hoje e não amanhã. Não, se tudo correr de feição. Sim, se nada correr de feição. Sim, mas a disciplina de voto não me deixa. Não, porque sim e sim porque não. O doutor Bota a propósito do seu voto a favor e contra a introdução de portagens na Via do Infante é o protótipo paradigmático. Voto sim porque não me deixam e se me deixassem eu votava não. Pura plasticina.

Plasticidade 2: O Nobel Paul Krugman diz que a negociação da dívida apregoada como um sucesso por Sócrates é ruinosa. Joaquín Almunia já veio dizer que o nobel não percebe nada da economia da Europa e que na Europa provavelmente retirariam o nobel a Krugman pelas suas análises sobre economia europeia. Nota-se que o caminho que a Europa está a percorrer não dá razão a Krugman mas a Almunia. O desastre dá razão aos sábios da Europa que nos próximos tempos devem ter milhares de candidatos a Nobel da economia. O que confrange é a plasticidade (tóxica!) do argumento do europeu Almunia.

Plasticidade 3: A morte do cronista Carlos Castro provocou uma masturbação jornalistica. Vitor Alves, capitão de Abril, com um papel decisivo na Revolução dos Cravos e na instauração da democracia em Portugal passou despercebido na imprensa nacional e quando muito lá foi notícia como se da divulgação de uma morte numa página normal de obituário se tratasse. Na cacofonia da vida quotidiana o tempo é fértil em plasticidades.

Plasticidade 4: Sócrates jurou ontem a pés juntos que não foi ao Qatar negociar a dívida. Amado afirmou hoje à boca cheia que Sócrates foi ao Qatar negociar a dívida. O que hoje é verdade amanhã é mentira. Uma marca clara dos tempos da plasticina.

domingo, janeiro 16, 2011

Elevar o Gosto

Tirar a Pele e Descascar o Osso

Cavaco está incomodado pelo facto da baixa de salários não ter chegado ao sector privado. Como bom aluno que sempre foi, não está contente com os sem pele, ele quer mesmo, toda a gente, sem osso. Num país em que os salários médios são de miséria, comparativamente com os salários médios europeus, estas demências tiram-nos toda a esperança de viver um futuro condigno. Mas ele vai ganhar as eleições com uma folga bem distanciada de toda a oposição. Esse é o mistério do meu país inventado. E um país assim talvez não mereça outra coisa.

Sobre o salário médio em Portugal ver aqui:

Alegre Esquizofrenia e o Meu Voto em Branco

Alegre é contra os cortes nas prestações sociais. Mas isso, entende o poeta, não é uma crítica ao governo de Sócrates. É uma crítica ao FMI. É este o motivo porque vou votar em branco. É que gosto pouco que me tomem por parvo.

Pode ver mais aqui:
http://www.publico.pt/Política/alegre-irado-com-jornalista-da-sic_1475151

sábado, janeiro 15, 2011

Na Tunísia: Do capitalismo global de pilhagem e da revolta popular



Um jovem licenciado desempregado que vendia legumes na rua para sobreviver foi interditado pela polícia de o fazer. O jovem suicidou-se num acto desesperado, pegando fogo a si próprio. Este foi o detonador de uma situação que o capitalismo de pilhagem global vinha tornando insustentável. Depois foi a revolta popular, que viria a terminar com a fuga do presidente Tunisino. Não, os países da Europa não estão imunes a este tipo de acontecimentos. Portugal também não está e a situação está a ficar insustentável.

Plataforma Contra as Portagens no Algarve

1. Positiva a constituição da plataforma de luta contra as portagens da Via do Infante. Só um movimento forte, unido a remar contra a maré, poderá impedir a construção dos pórticos.

2. Não tenho a certeza que todos os participantes tenham perspectivas idênticas sobre a recusa do pagamento de portagens. O discurso de Vitor Neto, por exemplo, ao Observatório do Algarve, é um discurso redondo, cheio de ambiguidades, que não é claro e determinado na afirmação da recusa do pagamento das portagens. A Comissão de Utentes, que tem tido um papel decisivo na construção do movimento que está a emergir, deve ficar atenta, aos jogos de cintura.

3. É uma boa altura para perguntar ao doutor Miguel Freitas se se quer juntar à plataforma. Quem faz o convite?

Ver os novos desenvolvimentos aqui:
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=42046

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Para a História

"A História saberá registar quem esteve à altura"

José Sócrates, 13 de Janeiro de 2011

Fonte:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/jose-socrates-a-historia-sabera-registar-quem-esteve-a-altura

quinta-feira, janeiro 13, 2011

O Austeritarismo Explicado às Crianças

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Essa Gentinha Que Governa a Sua Vidinha

"O povo paga e reza. Paga para ter ministros que não governam, deputados que não legislam (...) e padres que rezam contra ele (...) paga tudo, paga para tudo. E em recompensa dão-lhe uma farsa."

Eça de Queirós, citado pelo Professor Luís Manuel Cunha no artigo de opinião de 27 de Outubro de 2010 do Jornal de Barcelos, intitulado "Este Povo Não Presta".

Eu não diria que o povo não presta. O que eu me ocorre dizer é que este povo não tem culpa da incompetência dos governantes que têm tido a seu cargo a tarefa de desgovernar o país. Essa triste gentinha que se governa a si própria.

PS: As minhas desculpas ao Sérgio por não ter conseguido a transcrição do artigo por inteiro e por ter feito este post tão tarde. Problemas domésticos...

Haiti



Um ano depois. Tudo está por refazer. Toda a ajuda internacional é pouca.

Elevar o Gosto

Novo Surto de Imbecilidade Política

Cavaco que apela sempre ao silêncio face às vontades do Deus mercado fez questão de quebrar o silêncio na pior altura e Sócrates teve um novo ataque de optimismo deslumbrante. Com o país à beira da bancarrota, a idiotia política está ao rubro.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Para que serve o Estado?



Pois. O Estado não serve para introduzir mais justiça social no sistema, combater a pobreza e as desigualdades sociais. O Estado serve para salvar os bancos. É isso. E de preferência os bancos dos amigos. O austeritarismo caritativo está mais pujante do que nunca.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Futurologia

Três cenários a não descurar:

Cenário 1: Países da periferia, vulgo PIGS, são expulsos do Euro;

Cenário 2: Colapso do próprio Euro;

Cenário 3: Colapso da ideia de União Europeia.

PS: Prognósticos só no fim do jogo.

domingo, janeiro 09, 2011

Cinco Anos a Blogar

O macloulé faz em 10 de Janeiro de 2011, cinco anos. Em Janeiro de 2006, começei em jeito de brincadeira e porque não dizê-lo, de provocação, esta aventura blogosférica que teve continuidade até aos dias de hoje. Este é um espaço de lavagem de alma. Por vezes de desabafo. E porque não dizê-lo, de necessidade de partilha e de comunicação sobre as mais diversas coisas da vida de todos os dias. Não há movimentos de um. Por este motivo, tenho, desde já há algum tempo, pensado em mudar o nome ao pasquim. Não o fiz já, porque o que já está, já está, e tem muita força.

Este tem sido também um espaço de tutologia. Um espaço onde se fala de muita coisa de que se sabe pouco, à semelhança do espaço do Professor Marcelo, o tutólogo do regime por excelência. Não tenho, nem de perto, nem de longe, a ambição de atingir o nível de tutologia do ilustre professor. A sua capacidade de estabelecer relações de causalidade entre dois fenómenos políticos, tais como o doce da alfarroba e as finalidades com que a alfarroba veio ao mundo, ultrapassa de longe a sabedoria que para aqui vos poderia trazer.


E portanto, este é um mero espaço de opinião. Se a democracia é o reino da opinião, procuramos aqui trazer boas opiniões com argumentos lógicos sustentados. Se quiserem, este é um espaço de achologia. E de uma achologia que se quer partilhada. O meu obrigado a todos aqueles que aqui passam de vez em quanto, seja só para satisfazer o seu voyerismo ou para comentar o que é aqui escrito. Por muito que quem escreve, desde os grandes génios, aos que escrevem pelo prazer de escrever, diga que só escreve para si, sem os Outros com que partilhamos o que escrevemos, nenhuma escrita faz sentido. Os Outros são sempre a outra parte de Nós.

Não Falar do FMI a Caminho das Queijadas

"A um Domingo, falar do FMI, a caminho das queijadas, é coisa que não me apetece mesmo."

Cavaco e Silva, em campanha eleitoral, em resposta a uma jornalista.

FMI



E pronto. Cavaco fica surpreso. Sócrates garantiu que não acontecia. E ele cá está a bater à porta. Ele já cá estava através do skype e do msn, do twitter e do facebook. Ia dizendo o que os nossos políticos teriam que fazer à distância. Agora vai entrar mesmo. E vai doer. Este regime do centrão político deveria cair. E deveriamos começar tudo de novo. As eleições democráticas servem para isso.

sábado, janeiro 08, 2011

Olhar de Fora para Dentro

É muito interessante perceber que no actual contexto político de eleições presidenciais o que verdadeiramente está em jogo no futuro do país só se perceba a partir da leitura da imprensa internacional. É o resgate, a intervenção do FMI e a bancarrota que estão aí em cima da mesa.

O Estatuto Televisivo dos Candidatos Presidenciais

Ontem vi a uma parte da entrevista de Judite de Sousa ao candidato presidencial José Manuel Coelho, o homem da Madeira. E o candidato foi tratado pela entrevistadora como um entrevistado de segunda categoria. Não o deixou desenvolver o racíocinio. Atacou-o permanentemente com perguntas sobre o seu passado político, como se tivesse a necessidade de o fazer, para lhe roubar tempo para o impedir de atacar os candidatos do "sistema". E ficou muito arreliada com o facto de Coelho vir do partido comunista para a direita mais encostada à direita. Judite de Sousa, que fica intimidada nas entrevistas com Sócrates, que entrevista de forma reverente homens como Cavaco Silva ou mesmo António Vitorino (onde a cumplicidade chegou a ser abusiva) desrespeitou por completo o candidato da Madeira, não o levando a sério. Bastava estar atento à sua comunicação não verbal. Esperemos que a entrevistadora, se um dia voltar a entrevistar outro José Manuel, sim, refiro-me a José Manuel Durão Barroso, actual presidente da Comissão Europeia, tenha o mesmo zelo na colocação de questões sobre a sua trajectória política.

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Pais à Porta da Escola

Há duas escolas básicas em Loulé que me perturbam pela forma como tratam os pais dos alunos. Os pais à saída da escola esperam os seus filhos à porta, entalados entre um mini passeio, uma estrada e outro mini passeio do lado de lá da estrada, enquanto o trânsito abunda dum lado e do outro. Se isto não é um indício da escola de costas voltadas aos pais não sei o que será. O simbolismo da mensagem é claro. Pai e mãe ou quem os substitui não entram. A escola e os pais mereciam maior dignidade na reciprocidade necessária da relação.

Ressurreição

E pronto. Já sabemos que Cavaco e a filha compraram e venderam acções a Oliveira e Costa. Este último fez-lhes um preço "especial" e um banqueiro tem como objectivo fazer isso mesmo. Fazer render o dinheiro. Resta saber se é preciso nascer duas vezes. Isso é obrigação da "imprensa suave" de Portugal apurar. Em nome da transparência democrática.

Elevar o Gosto



A poesia da Florbela pela voz do Luís. Simplesmente divinal...

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Direito a Não Blogar

Hoje não me apetece blogar. Não me apetece falar sobre a quem o professor Silva comprou e vendeu acções. Se Alegre devolveu o cheque ao BPP ou não. Se a campanha presidencial está a ser interessante ou não. Se o dr. Emídio fez bem em comprar um presidencial carro novo ou não. Simplesmente não me apetece. Até à próxima postagem. Apetecia-me ir fazer um footing no Parque Municipal de Loulé. Fazia-me bem à saúde fisíca e mental. Não posso.

terça-feira, janeiro 04, 2011

Leituras

Cet ouvrage part du constat de la formation depuis quelques années d’un nouvel esprit du capitalisme, définit comme « l’idéologie qui justifie l’engagement dans le capitalisme». L’esprit du capitalisme fournit aux acteurs sociaux des raisons individuelles et des justifications collectives pour adhérer à sa logique. Ce constat est issu de l’analyse des textes de management, révélateurs de la politique menée par le capitalisme au sein de l’entreprise, de deux périodes : 1959 à 1969 et 1989 à 1994. Les textes des années soixante critiquent le capitalisme familial tandis que les textes des années quatre-vingt-dix dénoncent les grandes organisations hiérarchisées et planifiées.

Le capitalisme actuel est à l’origine de deux crises : l’une économique marquée par l’exclusion et plus généralement par la dégradation des conditions de vie ; l’autre est une crise de la critique du capitalisme. Historiquement cette critique se compose de deux branches : artiste et sociale. La critique artiste dénonce le capitalisme comme facteur d’oppression, s’opposant à la créativité, à la liberté, à l’autonomie et source d’inauthenticité pour la société engendrée. La critique sociale s’appuie sur le socialisme et le marxisme et dénonce un capitalisme générateur de misère et d’inégalité chez les travailleurs mais aussi d’opportunisme et d’égoïsme dans la vie sociale.

Les auteurs montrent que la force du capitalisme est de savoir se servir des critiques qui lui sont proférées en les intégrant dans ses fondements : « la capacité du capitalisme à entendre la critique constitue sans doute le principal facteur de la robustesse qui a été la sienne depuis le XIXe siècle. » C’est grâce à la récupération de la critique artiste dont l’expression majeure est mai 68 que le capitalisme s’est revivifié, intégrant des éléments qu’il refusait du temps de l’apogée fordiste. La critique artiste a été absorbée tout en étant transformée. Ses tenants demandaient la délivrance d’un système ou d’une situation d’oppression, il y a bien eu une meilleure autonomie mais au prix d’un renforcement de l’autocontrôle, du contrôle informatique et surtout d’une détérioration de la sécurité de l’emploi. Un nouveau capitalisme, connexionniste, va alors se mettre en place, organisé en réseau, mobile, flexible, avec des salariés autonomes, créatifs et internationalisés.

De nouvelles contraintes et dépendances apparaissent donc. Cette intégration a aujourd’hui tué la critique artiste. La critique sociale a loupé le virage néocapitaliste mais elle semble actuellement connaître un certain renouveau caractérisé par la publication de livres et de journaux contestataires mais aussi par la formation d’associations constituées autour de causes spécifiques. La critique artiste semble quant à elle paralysée par la contradiction flexibilité-personnalité, contradiction qu’elle a elle-même contribué à rendre possible. Pour ressusciter, cette critique doit partir des nouvelles formes d’oppressions et de marchandisations qui caractérisent la société actuelle et qui touchent notamment le domaine environnemental.

Fonte do resumo aqui: http://jpdemon.pagesperso-orange.fr/travaux/boltanski_chiapello.pdf

Da Politização da Justiça e da Judicialização da Política

Li hoje no jornal. O procurador que processa os outros procuradores, cortou do processo face oculta, as escutas transcritas de José Sócrates, com uma tesoura. Um passo na modernização e na credibilização da justiça.

Protesto Anti-Portagens no Algarve 2011



"A Comissão de Utentes da Via Infante vai ser recebida quarta-feira, dia 05, às 11:00, pelo Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, para entrega de uma petição contendo 14 mil assinaturas contras as portagens.

A comissão contra as portagens na Via Infante de Sagres (A22) indica que depois de entregar a petição com cerca de 14 mil assinaturas contra as portagens no Algarve vai também reunir com a Comissão de Obras Públicas e com os Grupos Parlamentares, lê-se num comunicado enviado hoje à comunicação social.

A Comissão de Utentes da Via Infante informa também que no início deste ano vai avançar com uma “nova marcha de protesto contra as portagens a partir da Ponte do Guadiana", que contará com a "colaboração de condutores espanhóis da Andaluzia".

A comissão adianta que está a preparar também um dossier sobre as portagens na Via do Infante para ser enviado aos tribunais nacionais e europeus e que vai realizar “fórum-debate na região, subordinado ao tema – “As portagens na Via do Infante e o seu impacto no Algarve”, onde serão convidados a participar diversas personalidades e responsáveis políticos regionais."

Fonte: http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=111594

domingo, janeiro 02, 2011

Caminhar

"Caminhante não há caminho. Se faz caminho ao andar."
António Machado