Maduras aguardam a hora
Maduras aguardam a hora
Não são tidas, nem achadas
Serenas, secas ou molhadas
Respeitando a fauna e a flora
Anos de vida e anos de dor
À escuta de vozes, outras
Ouvem estórias de intriga e amor
Não tendo culpa, nem ódio
De mentes humanas e loucas
Não sabem se vão, nem sabem se ficam
Sabem que nada fizeram para não ficar
Nem Deus, nem os homens, lhes explicam
O porquê de tanto ódio a destilar
Não, não são modernas
Mas são vivas e de vida sabem
São tão antigas como ameaças hodiernas
São tão belas que encantam a respirar
Esperam desesperadamente, desesperadas
Pelos arbítrios da razão humana
Disfrutam cada dia, enamoradas
Até ao dia do Juízo Final
João Martins
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