Porquê?
Avenida José da Costa Mealha - Maio de 2008
Em Loulé abate-se as árvores da cidade e o protesto quase não se faz ouvir...
...onde se faz ouvir...ataca-se o direito contitucional de protestar...
"A Estradas de Portugal ainda não divulgou o relatório técnico que comprova que as árvores centenárias, abatidas a seu mando na EN 349-3, estavam irremediavelmente doentes e que, desta forma, constituíam um perigo para os automobilistas.
Provavelmente, a administração da empresa considerará que tal será um desperdício de tempo e dos preciosos recursos financeiros da empresa. Vai daí, decidiu aplicar esses preciosos recursos num processo contra a Quercus, relativamente a um protesto desta associação ambientalista contra o abate de sobreiros e de azinheiras, durante a construção do IC 3 e do IC 9."
In Blogue Sombra Verde
Vale a pena ler a notícia na globalidade:
Estradas de Portugal senta Quercus no banco dos réus
"O presidente da associação ambientalista Quercus, Hélder Spínola, e o presidente do Núcleo da Quercus do Ribatejo e Estremadura, Domingos Patacho, vão ser julgados no Tribunal de Tomar, pela acção de protesto que realizaram em Julho de 2006 contra as obras do IC9. A primeira sessão do julgamento está marcada para quarta-feira, 21 de Maio, às 14h30.
Os dois responsáveis estão acusados de quatro crimes cometidos através da imprensa, uma vez que a E.P considera que os protestos e declarações dos ambientalistas aos meios de comunicação social causaram danos na imagem da empresa. A acção judicial prende-se com os factos ocorridos a 29 de Julho de 2006, aquando da construção do traçado do IC9-Alburitel/Tomar e do sublanço IC3 Carregueiros/Tomar.
Na ocasião, vários membros da associação ambientalista estiveram presentes no local a participar numa acção de protesto contra as obras de construção do traçado. O protesto foi objecto de várias reportagens televisivas, tendo sido entrevistados Hélder Spínola, na qualidade de presidente da Quercus, e Domingos Patacho, enquanto representante do Núcleo da Quercus do Ribatejo e Estremadura.
Este último envergava uma t-shirt com o desenho de uma caveira e declarou às televisões que a obra que decorria “era ilegal” porque foi aprovada sem ter sido cumprido “o procedimento de impacto ambiental”. O responsável disse ainda que a EP “não tinha autorização para proceder ao abate de sobreiros e azinheiras”, salientando que não estavam contra a obra mas contra a maneira ilegal como consideravam que a EP estava a actuar.
Já Hélder Spínola referiu que o traçado “era o pior em termos de conservação de natureza” e que a empresa pública “não foi sensível” aos argumentos dos ambientalistas. A EP critica ainda o facto da Quercus ter adulterado em cartazes a sigla EP atribuindo-lhe o significado de “Estragos de Portugal – Entidade Prevaricadora do Estado”, considerando que tal situação lhes causou danos altamente lesivos no nome e imagem.
A empresa pública considera que a acção ultrapassou “todo e qualquer limite de manifestação. No boletim electrónico da associação ambientalista foi publicado um artigo a 29 de Abril, com o título “A verdade inconveniente para a Estradas de Portugal”, onde os ambientalistas rejeitam as recentes críticas do presidente da EP, Almerindo Marques, aquando da inauguração do troço e reforçam a ideia de que a obra avançou no terreno “sem ter a devida autorização para abate e conversão dos povoamentos de azinheiras e sobreiros até Novembro de 2006”.
Na nota, assinada pela Direcção Nacional da Associação, os ambientalistas apontam que desde Novembro de 2005 que a associação tomou uma posição firme devido ao facto deste sublanço do IC9 atravessar um local proposto para “Sítio de Importância Comunitária da Rede Natura 2000, Sicó-Alvaiázere”.
Os ambientalistas insistem que o mesmo foi construído “sem que tivesse sido cumprida a legislação ambiental nacional e comunitária”, considerando ainda que existiam alternativas de localização que não foram ponderadas."
Alguém se lembra do nome de Almerindo Marques, aquele que foi habilmente (re) colocado da Administração da RTP para a administração das Estradas de Portugal? Perguntem ao José Rodrigues dos Santos. Ele sabe...
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