Avenida José da Costa Mealha - 30 de Abril de 2008
Avenida José da Costa Mealha - 30 de Abril de 2008
Avenida José da Costa Mealha - 1 de Maio de 2008
Requiem pelas árvores da cidade
Velha, incómoda e pronta a abater
Sem eira nem beira, perdida
De nada serve ter alma e doer
A fúria dos homens levará de vencida
A seiva que escorre até morrer
Outras virão, ao fim de outras vidas
Menos verdes, mas com certeza, preferidas
Iluminadas, luzidias, descaídas
sem vida, lembrando a morte, descoloridas
Far-se-á luz em horas nocturnas
Cães e mosquitos sairão ao luar
Calores solares em horas diurnas
Nunca mais, verde, será a cor do ar
Indiferentes, as damas, as formas balanceiam
Senhores de si, homens de nariz empinado
Todos, pela luz do sol, se encandeiam
Tudo o que resta, é desterrado
As arvores, essas, cortadas em fatias
Jamais ficarão ao nosso lado.
Autoria: João Martins
"As árvores, essas, cortadas em fatias
ResponderEliminarJamais ficarão ao nosso lado".
É bem verdade, João.
Obrigado pelas palavras na "Sombra Verde"; o meu blogue é construído com muita informação que é enviada por leitores e eles têm, como é óbvio, grande parte do mérito do que aí é publicado.
Em relação a Loulé atrevo-me a deixar, modestamente, uma sugestão: porque não trazerem a luta para a "rua"? A petição que foi iniciada não teria outro impacto (e mais assinaturas) se se fizesse uma pequena "acção de rua" na própria avenida? E porque não arranjar uma "banca" com alguns voluntários para recolha de assinaturas das pessoas que circulam pela avenida?
Um abraço e parabéns por não desistirem...
Que belo poema ecológico. Não o sabia poeta João. Vamo-nos descobrindo em cada dia. Palma
ResponderEliminarAfinal não tinha reparado num outro anterior " Maduras aguardam a hora"
ResponderEliminarE a hora chegou. Os nossos jornais não disseram nada ou disseram ? Palma