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domingo, maio 11, 2008

Raízes da cidade: Para mais tarde recordar

Raíz de uma das mais belas árvores da Avenida José da Costa Mealha em Loulé


Raízes da minha alma

Raízes, são memórias
Restos, de indignas estórias
São testemunhos e lembretes
Aos senhores dos palacetes

São belas, de tanto horror
São prova de actos de terror
Sob os olhares de quem passa
Lembram os ódios da raça

Tudo se perde, tudo se transforma
Também belas raízes mudam de forma
Deus não quer ficar com a graça
Da culpa bárbara, de tamanha desgraça

Raízes, belas, mesmo cortadas
Sem seiva, do mundo, desconectadas
Chorando, mágoas, de tristeza e de dor
Sem sangue, sem raiva e sem amor

Autoria: João Martins

8 comentários:

  1. Novamente parabéns.
    Gostei muito das suas quadras.

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  2. Agradeço a visita. Cumprimentos para si e continuação de bom trabalho em prole da dignidade da política.

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  3. João Martins: em visita que fiz a Loulé fiquei com a impressão que, na questão do abate de árvores, a montanha pariu um rato...É que acho que as árvores abatidas estão a ser substituídas por árvores novas. Estou enganado? Espreite a primeira placa frente ao Café Avenida. Estavam a abater outras árvores mas verifiquei que eram árvores sem folhagem alguma. E a confirmar-se a substituição de árvores velhas, sem folhagem, por novas acho que está correcto. A CML falhou por não esclarecer os munícipes...Também em Quarteira estão de novo a abater árvores mas também verifiquei que eram árvores sem folhagem o que para esta época do ano não é normal...

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  4. Jorge, a questão é que nas árvores abatidas havia-as de todos os tipos. As que estavam de excelente saúde com uma admirável vegetação, as que estavam em estado de velhice mediana e concerteza algumas estavam já ocas por dentro e em estado de degradação. O que não é razão para abaterem todas as árvores sem justificação alguma e razões aparentes. Se reparar naquelas que denominei as duas mais belas árvores da Avenida José da Costa Mealha estavam em excelentes condições. É um "crime" o abate destas duas árvores, por exemplo. Mas havia muitas outras. Jorge, olhe para as árvores e para a raiz que hoje lhe apresento no post. Não vale a pena querer-mo-mos iludir a nós próprios. Aquilo que provavelmente está na base da decisão é com certeza a ideologia da normalidade tão típica dos espaços urbanos. Colocar florzinhas das mesmas cores em todos os canteiros da cidade e colocar toda a iluminação na avenida em linha recta e harmonia simétrica. As razões do abate são sobretudo estéticas, sob o jugo do que se chama hoje de cidades criativas. Não vejo nenhuma montanha, nem nenhum rato. Jorge, logo verá o que vai acontecer ao parque municipal...logo me conta. Seja sempre bem vindo.

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  5. Jorge, voltando ao assunto penso que essa sua perspectiva deve-se sobretudo ao facto das árvores primeiramente abatidas até eram as que tinham mais folhagem. Restaram as outras que lhe deram essa impressão de cemitério a necessitar de ser reconvertido em paraíso. Vou ter oportunidade de publicar fotos de antes do abate. Se quiser verá as diferenças e tirará as suas conclusões.

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  6. João Martins: como sabe tenho estado ausente de Loulé e, ao verificar hoje que na primeira placa, frente ao Café Avenida, estavam plantadas árvores novas, a substituir as que foram abatidas, deduzi que o motivo do abate das árvores era o facto de elas não estarem em boas condições de saúde. Seguidamente verifiquei numa outra placa da avenida trabalhos de abate de outras árvores e as achei em más condições. Concordo qúe as árvores das fotos parecem em excelentes condições...
    Os poucos canteiros que tinham flores na verdade pareciam campas de cemitério.
    Se ABATEREM árvores no Parque Municipal sem dúvida que tal representará um verdadeiro crime. Antes de me ausentar ia até lá fazer caminhada e depois descansar à sombra daquelas maravilhosas árvores ouvindo o chilrar dos pássaros. Um autêntico contacto com a natureza...

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  7. Difícil luta esta entre pragmáticos e conservacionistas!
    Porque será que as questões estéticas são melhor acolhidas que as da salvaguarda da vida florestal?
    O Homem sempre no primado das decisões visando a redução dos pequenos incómodos e nunca vendo que se está matando aos poucos excluindo os elementos regeneradores do ar que respira!
    Existem, nesta intervenção de modernização, vítimas colaterais: A terceira idade (os donos da sombra) que são dali retirados como aconteceu com o Largo de S. Francisco!!!
    É bom que não se esqueça o antes e o depois da intervenção neste Largo e ficar com uma ideia aproximada daquilo que acontecerá na Avenida.
    João, parabéns pela persistência e qualidade das intervenções neste assunto a que voltarei também e não podemos deixar calar.

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  8. Almeida: concordo consigo em relação ao Largo de S. Francisco. Aquela coisa ficou horrível. Nem sombra, nem estética. Quanto à Avenida José da Costa Mealha provavelmente fui induzido ao erro ao verificar que estão árvores novas no lugar das abatidas. As árvores irão crescer para de novo serem abatidas?
    De notar que fiquei indignado logo que li sobre o abate de árvores. Tanto assim que até sou o primeiro subscritor da petição. É que vivi numa cidade simplesmente magnífica na questão de espaços verdes. Penso que devem haver poucas no mundo: Goiânia, capital de Goiàs. Mas verificando que estão plantando novas árvores fiquei na dúvida...

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