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quinta-feira, janeiro 22, 2009

Continua o Bullying Ambiental em Loulé

Loulé, Janeiro de 2009

Largo de São Francisco


Nota:Fotografia copiada do blogue Ssebastião

Senhor Presidente da Câmara Municipal de Loulé. Gostaria de saber, através de vossa excelência, porque razão se continuam a maltratar as árvores da nossa cidade. Como muito bem escreveu um funcionário do seu partido, no Jornal a Carteia, numa das últimas edições e penso que o senhor leva muito em consideração o que o nosso conterrâneo escreve, a cidade de Loulé pertence a todos os seus residentes. Todos, aqueles que o desejassem, deveriam ser ouvidos a dar contributos para o desenvolvimento que se quer sustentável da nossa região. As árvores da nossa cidade, estará certamente de acordo comigo, são um bem precioso para a qualidade do espaço público em que todos nós vivemos.

Uma parte significativa dos habitantes do concelho de Loulé já demonstrou o seu desagrado com os progressivos abates que se têm verificado este último ano, em especial na Avenida José da Costa Mealha, mas não só. Porque não trava o senhor presidente de uma vez por todas aquilo que não faz sentido algum aos olhos do cidadão comum? Ou pelo menos, porque não nos esclarece das razões eventualmente legítimas para tais abates? Poderemos ter direito a uma explicação para tais práticas algum dia? Seremos dignos da atenção de vossa excelência no sentido de percebermos as lógicas que sustentam as suas decisões e que à vida de todos nós dizem respeito? Na expectativa de ter uma resposta por parte de vossa excelência.

Os meus melhores cumprimentos

João Martins

Tive conhecimento da poda da árvore de São Francisco aqui:

http://ssebastiao.wordpress.com


3 comentários:

  1. João; precisamos exigir a avaliação externa da capacidade dos técnicos autárquicos na área dos espaços verdes!
    já agora, um seguro da CML para valer a sinistros de quedas de árvores acabariam o abate "a pedido" e aqui apenas porque aquela que o vento fez cair, partiu uma cadeira e entortou outras cadeiras e mesas... que, aliás não deviam ficar "armazenadas no espaço público!
    Tanta maldade já é demais!!!

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  2. Raros, mas não usar o termo “raríssimos”, são os municípios portugueses que fazem uma gestão adequada do seu património arbóreo.
    As Câmaras Municipais abrem concursos públicos para a manutenção das árvores ornamentais aos quais concorrem todo o tipo de empresas, sem qualquer formação para executar tal tarefa (conheço exemplos de empresas de construção civil ou de furos hertzianos, por exemplo). Como estas empresas são as que, na grande maioria dos casos, apresentam as propostas com preço mais baixo, acabam por ser elas as que vencem muitos destes concursos públicos (o que faz tanto sentido como se uma empresa de arboricultura ganhasse o concurso para a construção de uma estrada).
    Desconheço se estas “podas”, no caso de Loulé, são efectuados por qualquer empresa privada ou por funcionários municipais. Uma coisa é certa pelas imagens…a “competência técnica” de quem mutilou esta árvore merece os maiores reparos.
    Estas situações são particularmente incompreensíveis em concelhos como Loulé, ou na vizinha Albufeira, onde por certo não faltam os meios financeiros necessários para contratar as melhores empresas do sector, ou fornecer formação técnica aos funcionários municipais, de modo a que as árvores sejam tratadas de forma digna, tal como na Europa do Norte e Ilhas Britânicas (sítios de onde provém parte significativa do turismo algarvio e onde as árvores são tratadas com respeito, dignidade e profissionalismo).

    Resumindo...Parabéns a si e ao António Rocha, por serem duas vozes incansáveis na defesa das árvores de Loulé e, por arrastamento, da qualidade de vida de todos os louletanos...ainda que, quem os governa na câmara, tanto despreze estes valores.

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  3. Olá Pedro. Um grande abraço e obrigado pelo estímulo e pela visita. Tenho aprendido bastante com o teu blogue. É um brilhante exemplo de cidadania ambiental!
    João Martins

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