Abate de Árvores junto da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de Loulé
Pedro, tu és pedra. E sobre ti edificarei a minha igreja...
Ontem, dia 21 de Março, foi Dia da Árvore. Por todo o país, acções de sensibilização ambiental, discursos, palestras e plantações procuraram despertar os cidadãos do nossos país para a importância da preservação da natureza. Este ano, é também, o Ano Internacional da Diversidade Biológica. A criança da foto, na casa onde vive, os seus pais procuram desde que nasceu, à cinco anos atrás, procurar educá-lo nos melhores valores do respeito pelo ambiente e pela natureza.
Em Loulé, isso é difícil. As crianças são expostas constantemente a mensagens e acções altamente contraditórias, o que não deve ser muito bom para a construção da sua personalidade social. Se em casa, os pais do Pedro lutam para que ele seja no futuro um ser social ambientalmente consciente, quando saiem para a rua com os seus filhos, a realidade prática da governação da cidade desmente qualquer boa intenção de educação ambiental. Nos discursos, ouvem coisas bonitas sobre a importância das árvores e do património arbóreo no desenvolvimento durável da humanidade. Nas práticas, assistem à mais bárbara destruição do património ambiental do concelho de Loulé.
Com exemplos deste tipo, da parte de quem tem a responsabilidade maior no simbolismo das mensagens que envia à sociedade, como fazer com que as crianças lidem diariamente com as mais brutais injunções paradoxais. Só vejo um remédio. Que lhes expliquem que vão ser elas que terão que educar os seus pais e avós. Talvez seja a única solução. Ontem foi dia da árvore e aqui em Loulé, a terra onde nasci, eu não sei como dizer isso ao Pedro.
Em Loulé, isso é difícil. As crianças são expostas constantemente a mensagens e acções altamente contraditórias, o que não deve ser muito bom para a construção da sua personalidade social. Se em casa, os pais do Pedro lutam para que ele seja no futuro um ser social ambientalmente consciente, quando saiem para a rua com os seus filhos, a realidade prática da governação da cidade desmente qualquer boa intenção de educação ambiental. Nos discursos, ouvem coisas bonitas sobre a importância das árvores e do património arbóreo no desenvolvimento durável da humanidade. Nas práticas, assistem à mais bárbara destruição do património ambiental do concelho de Loulé.
Com exemplos deste tipo, da parte de quem tem a responsabilidade maior no simbolismo das mensagens que envia à sociedade, como fazer com que as crianças lidem diariamente com as mais brutais injunções paradoxais. Só vejo um remédio. Que lhes expliquem que vão ser elas que terão que educar os seus pais e avós. Talvez seja a única solução. Ontem foi dia da árvore e aqui em Loulé, a terra onde nasci, eu não sei como dizer isso ao Pedro.
Dia da Árvore foi comemorado em Loulé com os vereadores e Presidente escondidos algures. Ninguém lhes viu as cabecinhas. Por entre os restos dos troncos caídos por toda a Avenida da República só um ou outro fanático do poder louletano defendia com pouca convicção aquilo que os olhos presenciavam. Loulé tem os dirigentes que muitos escolheram. Só que nós os que não os escolhemos temos de levar pela medida grossa com esta mediocridade reinante.
ResponderEliminarGigi
Se eu fosse o João enviava a colecção das fotografias para o programa "nós por cá" da SIC com tudo explicadinho mais que não seja para os envergonhar, ou pelo menos tentar que gente desta não se olha ao espelhos para este não se quebrar.
ResponderEliminarEstá só á distância de um clik, força João!
cpts.
Lucas
...e o link do filme da Camila tbm que é para a estória ter o seu começo. Havia de ser lindo ver isso em horário nobre na televisão.
ResponderEliminarCamila por favor abra o seu Quiosque.
ResponderEliminarSão muitos os louletanos que o desejam. Aproveito para fazer este apelo neste blog defensor da nossa terra. Zeca
Camila por favor abra o seu Quiosque.
ResponderEliminarSão muitos os louletanos que o desejam. Aproveito para fazer este apelo neste blog defensor da nossa terra. Zeca
Podia era escrever-se uma carta ao Presidente da República, já que ele vem cá para a semana... Aí as explicações saíam que era um regalo...
ResponderEliminarJoão,
ResponderEliminarO abate das ÁRVORES É UM CRIME!
Também em Riba d´Ave - terra do meu falecido sogro, Manuel Cunha - foram abatidas Tílias, às quais o meu sogro muito se insurgiu!
Há um texto dele que passo a citar:
As árvores já não morrem de pé!
As Tílias centenárias de Riba de Ave acabaram por ser abatidas pelas mãos criminosas dos homens, num processo nebuloso em que os interesses privados se sobrepuseram ao interesse público. Árvores que aprendemos a plantar e não a destruir, pois até nos ensinaram que quando se abatem as árvores os rios deixam de correr...
De muitas pessoas ouvimos dizer que sentiam vergonha pela ousadia do corte e uma emigrante disse mesmo que era um dos dias mais tristes da sua vida, ela que nascera com as árvores e ali vivera largos anos e que vinha de um país estrangeiro em que é crime o derrube de qualquer árvore.
Qual é a idade de uma árvore? Na serra da Estrela, noticiaram os jornais, arderam algumas com mais de 1.500 anos...
É preciso lembrar que Tortoreli, acariciando as milenares araucárias no bosque de murta da Patagónia, dizia: “pensem por um momento que quando surgiu o império Romano e quando este foi derrubado, quando os gregos e os troianos combatiam por Helena, estas árvores já estavam aqui, e aqui continuavam quando Rómulo e Remo fundaram Roma e quando Cristo nasceu. Quando Roma chegou a dominar o mundo e quando caiu. Passaram impérios, guerras intermináveis, cruzadas, o Renascimento e toda a história do Ocidente até hoje. E aqui as têm ainda...”
O que concluir? É que do que mais temos falta é de educação ambiental, civismo e responsabilidade pessoal e respeito pelo património colectivo, pois que enquanto esse défice de educação e de carácter não for superado, Portugal não pode deixar de ser aquilo que continua a ser: um país feio, sujo e desordenado, pelas mãos de autarcas sem a menor capacidade para gerir a coisa pública.
Riba de Ave precisa de escolher os homens certos, de mãos limpas e transparentes, dialogantes e com cultura indispensável para entender toda a dimensão do poder local.
Estes anos passados foram anos perdidos!...
Manuel Cunha
Riba D´Ave
http://www.befamalicao.com/2005/09/simpatizantes-do-bloco-escrevem-para-o.html
Como vê... em todas as cidades há falta de civismo e educação.
Amar a árvore é amarmos-nos a nós mesmos. A analogia entre o homem e a árvore é verdadeira!
Um abraço da Manuela Ramos Cunha