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domingo, abril 19, 2009

O Papa, O Cardeal e as Declarações Assassinas

Não vale a pena estar com paninhos quentes. O uso da palavra pelo Papa Bento XVI ou do Cardeal D. José Policarco não têm o mesmo valor que as minhas palavras no macloulé. Como demonstraram os filósofos da linguagem, falar é também agir e o peso das palavras é tanto maior quanto maior o estatuto social dos protagonistas que as usam.
Quando Bento XVI vai ao continente africano e repúdia o uso do preservativo, as suas afirmações têm o valor de um assassínio em massa. Quando o Cardeal Patriarca de Lisboa reforça em público essa perspectiva, contribui para o aumento da já trágica mortandade via SIDA em Portugal e no resto do mundo.
Os representantes máximos da hierarquia da Igreja Católica não se excergam quando tomam posições deste género. Os mortos são aos milhões. Um dia virão pedir desculpa em público, por descarga de consciência. Nessa altura já será tarde.

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