O Dr. Barroso
O partido que se diz socialista, tem duas versões eleitorais sobre a União Europeia. Por um lado, a versão oficial do partido, que segundo o seu líder, é patriota e leva em conta os interesses de Portugal, seja lá isso o que for, uma vez que apoia um português para a Comissão Europeia e isso é que conta, independentemente do que por lá andou a fazer esse português e independentemente das orientações políticas que tenha. Por outro lado, tem a versão "independente" do Professor Vital Moreira e do dr. Soares que veêm em Durão Barroso o que qualquer português esclarecido deveria ver, um seguidista acrítico do neoliberalismo puro e duro e um dos grandes responsáveis pelas políticas que levaram o globo terrestre aquela que pode vir a ser a maior crise económica, financeira e social dos últimos cem anos. Para José Sócrates estas duas "caras" não têm problema algum. Como sempre, o rosto líder dos socialistas que se dizem socialistas, o mesmo é dizer, o rosto do socialismo pragmático, acha que é sinal de "pluralidade", estas duas versões "socialistas" e não vê nisso incompatibilidade nenhuma. O neoliberalismo que Sócrates agora tanto "detesta" existiu e provocou uma hecatombe global. O que nunca existiu, de forma alguma, foram os neoliberais. Pela primeira vez na História mundial, a história escreve-se sem protagonistas. Durão Barroso, afinal, sempre foi Marxista-Leninista, Sócrates é um Socialista "Moderno" e o Tratado de Lisboa, é bom, pasme-se, porque é de Lisboa. O neoliberalismo, afinal, foi um mito. Os protagonistas mudam depressa. Mais rápido que um camaleão. O Zé Povinho é que paga.
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