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segunda-feira, julho 21, 2008

O nuclear em cima da mesa: Boa altura para recordar Chernobil

O contexto é favorável ao lobby do nuclear. A crise petrolifera, o aumento do preço dos combustíveis e a escassez das energias não renováveis no curto, médio prazo, dão todas as vantagens aos negócios de milhões que giram em torno do nuclear, para impor esta "solução" em cima da mesa. Será essa a opção certa?

Recordar Chernobil é preciso:

Chernobil - 26 de Abril de 1986



"O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Central Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido.

Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação de aproximadamente 200 mil pessoas. Cerca de 60% da radioatividade caiu em território bielorrusso.

O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo a sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil.

É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por cancro, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da ONU de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com cancro da tireóide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.

O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação de altos níveis foi detectada em outros países. Segue um trecho do pronunciamento do líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência:

"Boa tarde, meus camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na central nuclear de Chernobyl. Ele afectou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controlo."

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil

Há pouco mais de uma semana, um acidente numa central nuclear no sul de França, derramou várias toneladas de líquido radioactivo para as águas dos rios que por ali passam.

As notícias sobre o assunto foram dadas como quem anúncia o resultado de um jogo de futebol.

Pode consultar a notícia aqui, num dos poucos sítios que lhe dão algum destaque:

http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=23451

Nuclear, não obrigado! Nem no Irão, nem em lado nenhum...

6 comentários:

  1. Nem mais João ...!

    Temos as marés e o sol , 2 fontes de energia "saudáveis" para explorar ...!

    Um abraço da M&M & Cª!

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  2. Perigoso de mais para experimentar. Só de pensar dá medo. Já o Fausto há uns anos largos cantava... e em Ferrel lá para Peniche vão fazer uma Central que para uns é.... mas para outros é mortal...Os peixes hão-de vir à mão, uns doentes outros sem vida......... Boa noite - Palma

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  3. Caro João Martins. Junto o meu aos vossos votos de: NUCLEAR NÃO OBRIGADO...como a energia solar é para todos nós gratuita, (por enquanto), os tios patinhas estão-se nas tintas para a poluição do planeta, desde que o nuclear sirva os seus intentos. Está um Sol radioso neste dia. Cumprimentos.

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  4. NUCLEAR, NÃO OBRIGADO!!! estou de acordo. Mas a energia solar, só por si, não resolve o problema. E, a complicar a situação, por vezes aparecem fundamentalistas a evitar a construção de barragens. Chamo fundamentalistas a situações de contestação que por vezes surgem sem razão: estou a lembrar-me da barragem de Foz Côa. Que é feito das gravuras que impediram a construção daquela barragem? Alguém ainda fala "daquilo"? Ou afinal foi um logro?

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  5. Jorge; desculpa, mas as Gravuras estão lá, é certo que há muito quem não as consiga ver, mas existem e são testemunho de uma presença naquelas paragens e... há lá uma gtande vinha da Empresa Ramos Pinto (a Erva Moura) que produz um Douro de estalo, como muitas outras que seriam afectadas.
    Entretanto já nada tenho a opor à que está prevista para o Sabor e acho que se devia considerar a introdução do duplo ciclo nas Barragem do Douro Internacional entre Miranda e Freixo de Espada-à-Cinta. Mas, tudo isto não bastaria, não há fomento industrial possível com consumo de energia a partir do petróleo sendo possível pensar em energia química de fusão e há estudos académicos que merecem ser apoiados e postos em prática de forma experimental e que podem ser melhorados a ponto de serem exportados. Penso que as fontes naturais não são bastantes e não asseguram independência, mas apenas demos tímidos passo no sentido da sua utilização e temos recorrido a tecnologias externas e caras. Nada se tem feito para aprisionar a energia das ondas... essa eu acredito que poderá garantir potencial energético para a indústria!
    Para mim o Nuclear, embora existam Centrais bem diferentes hoje, não é solução para um país pequeno como Portugal. Tem custos e riscos tão elevados que seria uma Herança terrível que deixaríamos aos nossos descencentes.
    Um País que não chega a acordo para a Queima de Resíduos nunca aceitará o Nuclear!

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  6. Concordo com o Ssebastião. As fontes renováveis neste momento não permitem sustentar a substituição do petróleo e o sistema de produção assente no mesmo. Penso que temos que mudar todos de vida...aos poucos e devagar devagarinho...como é nosso costume...e apostar tudo nas ditas alternativas...
    Ps: A medida dos 15 mn de autocarro para Quarteira é boa...não vos parece?

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