Nota: Imagens da Capela do Ossos em Évora.
A minha Morte
Eu quero, quando morrer, ser enterrada
Ao pé do Oceano ingénuo e manso,
Que reze à meia-noite em voz magoada
As orações finais do meu descanso…
Há-de embalar-me o berço derradeiro
O mar amigo e bom para eu dormir!
Velei na vida o meu viver inteiro,
E nunca mais tive um sonho a que sorrir!
E tu hás-de lá ir… bem sei que vais…
E eu do brando sono hei-de acordar
Para teus olhos ver uma vez mais!
E a Lua há-de dizer-me em voz mansinha:
- Ai, não te assustes… dorme… foi o Mar
Que gemeu… não foi nada… ’stá quietinha…
Florbela Espanca em [Esparsos de Florbela]
A morte...talvez o mais democrático facto social da história da humanidade.
Aproveita o dia...sê feliz em cada momento que passa...
João Martins
1970-
Um monumento nacional mui sui generis muito bem retratado poeticamente ...!
ResponderEliminarUm abraço da M&M & Cª!
Imagens da Capela do Ossos em �vora: consequ�ncias do sonho do post anterior?
ResponderEliminarEssa Florbela partiu demasiadamente cedo desta vida. A obra que essa mulher poderia ter deixado se tivesse vivido até aos 70, 80. Bem ilustrado com a foto da capela dos ossos de Évora que não conheço. Apenas a da Igreja do Carmo em Faro mas penso que esta é mais pequena. A Morte, um assunto de que se fala todos os dias e do qual a maior parte de nós dele fujimos.....todos os dias. Palma
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