Se já é magnifíco assistir ao fazer a história enquanto ela se faz, mais fantástico será participar nela. O povo egípcio, aquele que resistiu heroicamente dezoito dias na praça Tahrir deve ter um enorme orgulho em si próprio. Sem saber o que vem a seguir, ele recusou a opressão e a ditadura e reclamou incessantemente dignidade, liberdade e democracia, arriscando a sua própria vida.
As democracias poderosas do ocidente, como quase sempre, foram confrontadas com a sua enorme hipócrisia. Não tenho dúvidas de que Obama com todas as suas hesitações, devido aos compromissos e interesses instalados no Médio Oriente, geriu o processo como George W. Bush nunca o faria. A União Europeia teve em alguns dos seus líderes declarações vergonhosas.
Em Portugal, o parlamento através do PS e do PSD envergonharam mais uma vez os portugueses rejeitando uma declaração de apoio à luta pela liberdade e pela democracia. Os amigos de Chavez, aqueles que andam frequentemente de mão estendida face à ditadura chinesa, que confraternizam com Kadafi, que se pavoneiam junto dos corruptos de Angola deviam agora corar de vergonha. E se fosse na China?
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