É absolutamente incrível que depois de conhecido o neoliberal "Consenso de Washington" e os seus efeitos destrutivos sobre os direitos sociais e o interesse público, a União Europeia o importe agora, qual correia de transmissão fiel ao dono (O FMI, o Banco Mundial, a OMC e outros poucos que tais), de forma absolutamente acrítica e subjugada aos interesses do grande capital e o transforme hipocritamente em "Consenso de Bruxelas". Os juros da dívida, em Portugal, já ultrapassam largamente os 7% a cinco anos, as políticas austeritárias geradoras de recessão continuam a ser apresentadas como a solução para a "crise" (encarada agora como proveniente de um qualquer Deus que a terá gerado por imprevidência dos seres terrenos) e a submissão do governo socialista e da oposição passista a tudo isto, podem não ter outro fim, a não ser o rótulo de "indisciplinados", "incompetentes" e no limite, depois da declaração de bancarrota, a expulsão da sacrossanta zona euro. Já nem falo da quase morte da democracia. Quando o nosso orçamento e as políticas económicas e sociais são decididas em Bruxelas e com o crivo da Alemanha, para que serve a política?
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