Para ser sincero nunca gostei de ser tratado por um número. Como não me considero uma abstração despersonalizante ao serviço dos poderes de um qualquer Estado, sempre tive problemas com as mentes legalistas e burocráticas. Por vezes, quando me perguntam pelo número de contribuinte, fico sempre com um ar aparvalhado a olhar para tão zeloso funcionário, apetecendo-me perguntar de imediato se sua excelência sabe a quantidade de números e outros símbolos que tais que tenho que decorar para poder funcionar no dia a dia.
Mas não posso deixar de constatar a miraculosa capacidade imaginativa do governo ainda em funções. Como algum burocrata distraído se esqueceu de arranjar espaço para o número de eleitor no cartão do cidadão e como as eleições presidenciais últimas foram palco de uma habilidade governativa que impediu milhares de eleitores de exercerem o seu direito ao voto, decidiram suas excelências que se acabe com o número de eleitor. Lá vai o bébé juntamente com a água do banho.
Se com número de eleitor já era um mistério saber com rigor o número de eleitores potenciais nos cadernos eleitorais imagine-se o que será sem número de eleitor. Para quem confunde tecnologia com teocracia talvez não levante nenhum problema. O problema é que a tecnologia sem pessoas é assim como as bolachas Maria com o nome da tia. Esperemos que a confusão não aumente mais ainda.
Mas não posso deixar de constatar a miraculosa capacidade imaginativa do governo ainda em funções. Como algum burocrata distraído se esqueceu de arranjar espaço para o número de eleitor no cartão do cidadão e como as eleições presidenciais últimas foram palco de uma habilidade governativa que impediu milhares de eleitores de exercerem o seu direito ao voto, decidiram suas excelências que se acabe com o número de eleitor. Lá vai o bébé juntamente com a água do banho.
Se com número de eleitor já era um mistério saber com rigor o número de eleitores potenciais nos cadernos eleitorais imagine-se o que será sem número de eleitor. Para quem confunde tecnologia com teocracia talvez não levante nenhum problema. O problema é que a tecnologia sem pessoas é assim como as bolachas Maria com o nome da tia. Esperemos que a confusão não aumente mais ainda.
confesso que a supressão do nº de eleitor não me causa constrangimento. podemos todos votar a partir de uma certa idade. é passarmos a ser eleitores ao atingirmos essa idade e fazer as estatísticas em conformidade.
ResponderEliminarCaro Domingos,
ResponderEliminarO problema talvez esteja no "fazer as estatísticas em conformidade". A ver vamos. Esperemos que não...
João Martins