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sexta-feira, março 27, 2009

Preparar as cidades para o futuro

Porque o macloulé não quer ter o rótulo de "maledicente", nem "criticar por criticar", nem ser promotor do "bota-abaixismo" socratino, promoveu um brainstorming sobre "cidades sustentáveis" que resultou no seguinte:

1. Estimular os cidadãos a andar
a pé. O dinheiro gasto em propaganda (mal gasto diga-se de passagem) pode ser canalizado para campanhas de sensibilização do uso da sola do sapato.

2. Retirar o trânsito do centro da cidade.

3. Implementar uma rede de ciclovias (a sério e de qualidade) que fomente o uso da bicicleta a pedal, patins e similares.

4. Celebrar de forma ecologicamente sustentável dias como O Dia Europeu das Cidades Sem Carros e outros similares como o Dia da Terra (fazer uma festança ecológica de arromba tipo Noite Branca).

5. Estimular o uso de transportes públicos e tornar a rede mais eficaz e eficiente.

6. Apostar nos transportes electricos e no combustivel biodisel.

7. Incentivar o uso partilhado do automóvel através de campanhas de sensibilização. Não ande só. Vá acompanhado.

8. A autarquia dá o exemplo e orgulha-se de lutar para conquistar o lugar primeiro de eficiência energética a sul do país.


9. Incentivar a política dos 3 r's (reduzir primeiro, depois reutilizar e finalmente reciclar). As autarquias em cooperação com as empresas reduzem para metade o desperdício de todos os tipos. Duplicam a reutilização e triplicam a reciclagem. Falta elaborar o plano estratégico.

10. Incentivar a separação do lixo doméstico. Tem havido alguns progressos. Pode melhorar e muito.

11. Campanhas de sensibilização ambiental constante e permanente.

12. Casas de banho caninas (ou uma estratégia outra) que evite o surf urbano dos humanos e nos deixe com o minímo de orgulho higiénico.

13. Estimulos atraves de beneficíos fiscais para quem aderir às energias ditas "limpas".

14. Aposta incondicional na energia solar (somos das regiões da europa com mais horas de sol). Fazer do concelho o primeiro do país no uso de paineis solares.

15. Aposta incondicional nas renováveis. Preparar a cidade para o futuro que é já aqui e agora.

16. Estimulos e apoios à investigação científica e tecnológica em torno das energias ditas "limpas" e de maior eficiência energética.

17. Plantar árvores, não abater árvores por dá cá aquela palha, cuidar e preservar do património natural e levar o espaço público a sério. Jardins, parques e áreas verdes são o futuro e não coisa passada.

18. Levar a sério os planos de ordenamento do território, as REN e RAN e não fazer do PDM um instrumento ao serviço da especulação imobiliária, alterável ao sabor das negociatas de ocasião.

19. Incentivar o crescimento das hortas urbanas. O futuro mora aqui. A cidade torna-se mais respirável porque mais verde. As crises económicas são mais suportáveis.

20. Impedir a construção em leito de cheia.

21. Implementar de forma rigorosa as leis ambientais e fiscalizá-las a sério. Os infractores devem ser rigorosamente penalizados.

22. Incentivar a construção de habitação energeticamente eficiente. Fiscalizar (a sério e não a brincar).

23. Elaborar uma estratégia concelhia para a politica da água. Reduzir consumos, reutilizar com mais frequência, tomar mais banho de duche que de banheira. Sensibilizar a população para a poupança de água.

24. Desincentivar o consumismo que resulta no desperdício excessivo. Loulé não pode ter orgulho no Continente. O Continente é que eventualmente poderá ter orgulho em Loulé.

25. Aposta incondicional na educação ambiental.

26. Apoiar as empresas para que apostem e reconvertam a sua estratégia em direcção às energias e sistemas de produção sustentáveis ecologicamente numa lógica de responsabilidade social da empresa. Premiar as boas práticas.

27. Apoiar incondicionalmente a agricultura biológica.

28. Instituir o princípio do pagador poluidor. Poluiu, pagou.

29. Penalizar através de impostos o uso de lareiras.

30. Aposta total da autarquia no papel reciclado como forma de incentivo e exemplo à economia privada.

31. Aderir ao apagão internacional. Estimular a tertúlia na cidade em torno da eficiência energética.

32. Contruir parques de estacionamento nas entradas da cidade.

33. Apostar na rede metropolitana, se possível.

34. Fazer chegar o comboio a Loulé e apostar a sério na ferrovia.

35. A autarquia articula-se em parceria com o Continente e outras multinacionais do concelho e elabora uma estratégia para reduzir para metade o consumo de sacos de plástico. Diga não ao plástico. Adira à empreita e às alcofas à algarvia.

E por hoje chega. Se se aproveitasse meia dúzia destas propostas, não era mau.

Abracinhos!


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