O Carro de Jagrená, significa “[...] uma máquina em movimento de enorme potência que, colectivamente como seres humanos, podemos guiar até certo ponto, mas que também ameaça escapar ao nosso controle e poderá espatifar-se. O carro de Jagrená esmaga os que lhe resistem, e embora ele às vezes pareça ter um rumo determinado, há momentos em que ele guina erraticamente para direções que não podemos prever.
A viagem no Carro de Jagrená não é de modo algum inteiramente desagradável ou sem recompensas; ela pode com frequência ser estimulante e dotada de esperançosa antecipação.
Mas, até onde durarem as instituições da Modernidade, nunca seremos capazes de controlar completamente nem o caminho nem o ritmo da viagem.
E nunca seremos capazes de nos sentir inteiramente seguros, porque o terreno por onde viajamos está repleto de riscos de alta-consequência (como uma guerra nuclear, por exemplo).
Não se trata, o Carro de Jagrená, metaforicamente, de uma máquinária integrada, mas de uma máquina onde há um puxa-e-empurra tenso e contraditório, e de diferentes influências."
Pode, o Homem, então, pretender pilotar o Carro de Jagrená?"
Fonte: GIDDENS, Anthony (1991). As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, p. 133 e 140).
PS. Texto marcante da minha vida para mais tarde recordar o dia 20/03/2009.
Palavras chave: A.À.M.A; I. de V. A;, P. V.; M.; A.; Carr.
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