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sábado, março 21, 2009

Futebol, novas tecnologias e arbitragem

Árbitro empatou o jogo para o Benfica...

Acabo de ver o derby Sporting-Benfica ou vice-versa, como os algarvios quiserem, no Estádio do Algarve. Sou um privilegiado. Sentado confortavelmente no sofá da sala, vi aquilo que o árbitro não viu. No futebol, o sítio de onde se olha o jogo, condiciona a percepção do jogo que é olhado. Na bancada VIP, o presidente Seruca verá o jogo com os óculos eleitorais. Pires de Lima, o homem que fechou a fábrica da cerveja em Loulé, verá o jogo por detrás do jogo. No banco de suplentes do Sporting, a maior ou menor tranquilidade no olhar, dependerá do que o treinador junto ao relvado conseguir ver da dinâmica da pressão alta. Os espectadores, no meio da confusão das claques, gritarão penalti, porque ouviram alguém gritar penalti. O quarto árbitro, verá aquilo que o árbitro não viu. O fiscal de linha, tem dificuldade em ver os foras de jogo do outro lado do campo. Luisão, o grandalhão do Benfica, mal conseguirá ver, do alto dos seus quase dois metros, se a bola bateu na mão, no peito, no nariz ou na orelha, quandos os lances ocorrem na área adversária. Volto a sublinhar, sou um privilegiado. Vi o que o árbitro não viu e só irá ver quando o jogo terminar e olhar as imagens na televisão. A essa hora já está trucidado. Em cada lagarto um juiz acusador. "Ladrão", "gatuno", "corrupto", "larápio", "estás comprado", "os gajos controlaram o árbitro", o "sistema" funcionou outra vez. A credibilidade disso que chamam de futebol "Português" bateu no fundo. E era tudo tão fácil. Cada equipa dispunha de três oportunidades durante um jogo para pedir a repetição do lance ao árbitro. Podia nem usar as três. Um minuto, sessenta segundos, é quanto o árbitro precisava, para interromper o jogo, ver as imagens em conjunto com os seus auxiliares e decidir de sua justiça. Noventa e cinco por cento dos lances, estimativa do macloulé, seriam objecto de dúvidas dissipadas. A suspeição diminuia, as medalhas jogadas para o chão no fim do jogo também, a justiça desportiva disparava exponencialmente e o "sistema" ficava mais credível. A quem interessa manter este estado de coisas?

Declaração de interesses: Sou Benfiquista. Realista, mas Benfiquista.

3 comentários:

  1. Eu sabia que o João era dos meus ... voamos ... voamos ... nas asas da águia ... :)

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  2. Aos meus filhos sigo a máxima. Podem mudar sexo, religião, partido político, benfiquismo é genético, não há transformação possível.
    Abraço ao comentador de cima.
    João Martins

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  3. Sou anónima mas costumo assinar ... passou-me ... :) assumo em pleno

    lila

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