A minha Lista de blogues
terça-feira, março 31, 2009
Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da Música, do Amor e da Felicidade

segunda-feira, março 30, 2009
Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da Música, do Amor e da Felicidade

Semana da música, do amor e da felicidade

Semana da música, do amor e da felicidade
Farto de cumprir ordens emanadas do Estado central, através de leis, regulamentos, despachos, circulares, regras de trânsito, regras da moral e dos bons costumes e outras que tais, o blogue macloulé, num acto de recusa pelo cumprimento das leis da república, decreta esta semana, a semana da música, do amor e da felicidade!
Vamos então ter música todos os dias...acreditamos que desta forma, os leitores deste blogue, por poucos que sejam, vão contribuir para resolver algumas angústias do Exmo. Senhor Presidente da República, sobre o facto de não se fazerem crianças em Portugal. A II Edição de promoção desta forma cultural é totalmente dedicada à música portuguesa e brasileira.
E a primeira voz é de...
Mafalda Veiga - Pássaros do Sul

As Horas de São Francisco

A partir de ontem, no Largo de São Francisco, o tempo já não pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem. E o tempo já não responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

O Aquecimento Global: Esse problema lá do estrangeiro

domingo, março 29, 2009
A Voz do Dono?
Ver aqui http://asvozesdosoutros.blogspot.com/

Crime Ecológico

sábado, março 28, 2009
Apagão Glocal

O DVD

sexta-feira, março 27, 2009
Preparar as cidades para o futuro
1. Estimular os cidadãos a andar a pé. O dinheiro gasto em propaganda (mal gasto diga-se de passagem) pode ser canalizado para campanhas de sensibilização do uso da sola do sapato.
2. Retirar o trânsito do centro da cidade.
3. Implementar uma rede de ciclovias (a sério e de qualidade) que fomente o uso da bicicleta a pedal, patins e similares.
4. Celebrar de forma ecologicamente sustentável dias como O Dia Europeu das Cidades Sem Carros e outros similares como o Dia da Terra (fazer uma festança ecológica de arromba tipo Noite Branca).
5. Estimular o uso de transportes públicos e tornar a rede mais eficaz e eficiente.
6. Apostar nos transportes electricos e no combustivel biodisel.
7. Incentivar o uso partilhado do automóvel através de campanhas de sensibilização. Não ande só. Vá acompanhado.
8. A autarquia dá o exemplo e orgulha-se de lutar para conquistar o lugar primeiro de eficiência energética a sul do país.
9. Incentivar a política dos 3 r's (reduzir primeiro, depois reutilizar e finalmente reciclar). As autarquias em cooperação com as empresas reduzem para metade o desperdício de todos os tipos. Duplicam a reutilização e triplicam a reciclagem. Falta elaborar o plano estratégico.
10. Incentivar a separação do lixo doméstico. Tem havido alguns progressos. Pode melhorar e muito.
11. Campanhas de sensibilização ambiental constante e permanente.
12. Casas de banho caninas (ou uma estratégia outra) que evite o surf urbano dos humanos e nos deixe com o minímo de orgulho higiénico.
13. Estimulos atraves de beneficíos fiscais para quem aderir às energias ditas "limpas".
14. Aposta incondicional na energia solar (somos das regiões da europa com mais horas de sol). Fazer do concelho o primeiro do país no uso de paineis solares.
15. Aposta incondicional nas renováveis. Preparar a cidade para o futuro que é já aqui e agora.
16. Estimulos e apoios à investigação científica e tecnológica em torno das energias ditas "limpas" e de maior eficiência energética.
17. Plantar árvores, não abater árvores por dá cá aquela palha, cuidar e preservar do património natural e levar o espaço público a sério. Jardins, parques e áreas verdes são o futuro e não coisa passada.
18. Levar a sério os planos de ordenamento do território, as REN e RAN e não fazer do PDM um instrumento ao serviço da especulação imobiliária, alterável ao sabor das negociatas de ocasião.
19. Incentivar o crescimento das hortas urbanas. O futuro mora aqui. A cidade torna-se mais respirável porque mais verde. As crises económicas são mais suportáveis.
20. Impedir a construção em leito de cheia.
21. Implementar de forma rigorosa as leis ambientais e fiscalizá-las a sério. Os infractores devem ser rigorosamente penalizados.
22. Incentivar a construção de habitação energeticamente eficiente. Fiscalizar (a sério e não a brincar).
23. Elaborar uma estratégia concelhia para a politica da água. Reduzir consumos, reutilizar com mais frequência, tomar mais banho de duche que de banheira. Sensibilizar a população para a poupança de água.
24. Desincentivar o consumismo que resulta no desperdício excessivo. Loulé não pode ter orgulho no Continente. O Continente é que eventualmente poderá ter orgulho em Loulé.
25. Aposta incondicional na educação ambiental.
26. Apoiar as empresas para que apostem e reconvertam a sua estratégia em direcção às energias e sistemas de produção sustentáveis ecologicamente numa lógica de responsabilidade social da empresa. Premiar as boas práticas.
27. Apoiar incondicionalmente a agricultura biológica.
28. Instituir o princípio do pagador poluidor. Poluiu, pagou.
29. Penalizar através de impostos o uso de lareiras.
30. Aposta total da autarquia no papel reciclado como forma de incentivo e exemplo à economia privada.
31. Aderir ao apagão internacional. Estimular a tertúlia na cidade em torno da eficiência energética.
32. Contruir parques de estacionamento nas entradas da cidade.
33. Apostar na rede metropolitana, se possível.
34. Fazer chegar o comboio a Loulé e apostar a sério na ferrovia.
35. A autarquia articula-se em parceria com o Continente e outras multinacionais do concelho e elabora uma estratégia para reduzir para metade o consumo de sacos de plástico. Diga não ao plástico. Adira à empreita e às alcofas à algarvia.
E por hoje chega. Se se aproveitasse meia dúzia destas propostas, não era mau.
Abracinhos!

Para mais tarde recordar: Da Natureza do Poder
Avenida José da Costa Mealha


quinta-feira, março 26, 2009
A Lotaria da Vida

Não jogo, mas acho que vou passar a jogar. Afinal de contas, sou Português...
Bom resto de semana!

quarta-feira, março 25, 2009
Quem quer REN ou RAN quando se tem PIN?
O Bloco de Esquerda fez uma série de perguntas aos ministros do Ambiente e da Economia sobre o resort turístico que está pensado para o Pontal, entre Faro e Loulé. As questões foram colocadas pela deputada do Bloco de Esquerda, Alda Macedo, através de requerimento.
“1º) Conhece o Ministério o projecto de empreendimento turístico-imobiliário em questão? Sabe o Ministério se o mesmo foi aprovado como projecto de Potencial Interesse Nacional? E qual é o estado de todo este processo junto da Comissão de Avaliação e Acompanhamento dos PIN?
2º) Considera o Ministério que é compatível a construção de 1 hotel, 120 moradias e 409 apartamentos, num total de 2502 camas, além de infra-estruturas urbanas e de apoio turístico, junto ou em pleno Parque Natural da Ria Formosa? Vai o Ministério permitir que este projecto seja aprovado?
3º) Foi já pedido pelo promotor do projecto a declaração de interesse público do mesmo? Considera justificável que seja efectuado o pedido de interesse público a projectos que são essencialmente de natureza turística-imobiliária? Como vai o Ministério responder a este pedido?
4º) Pretende o Ministério fazer cumprir as regras de limitação do crescimento do número de camas turísticas previstas no PROTAL, rejeitando o recurso a figuras legais de excepção?
5º) Quem são os promotores e investidores deste projecto? Como avalia o Ministério a forma como se procedeu à aquisição dos terrenos em causa, através de offshores?”
O projecto em causa abrange um total de 529 hectares em plena Ria Formosa, nos concelhos de Faro e Loulé, uma zona protegida com estatuto de Parque Natural e classificada como zona de protecção especial (ZPE) no âmbito da Directiva Aves. O BE considera que “o Governo deve cumprir os seus compromissos europeus e internacionais para a protecção da Ria Formosa, não permitindo que se continue a retalhar esta área sensível com mais e mais construção em prejuízo do verdadeiro interesse público”.
Os promotores do resort, uma empresa de capitais russos, argumentam que o projecto inclui um centro de investigação na área da saúde para pedir ao Governo o reconhecimento do interesse público. Mas o BE lembra que a ser concedido, o projecto pode ser aprovado à margem do limite do nº de camas turísticas previstas no PROTAL e passa por cima da legislação de protecção ambiental que restringe a construção nesta área.
O partido lembra ainda que o processo de aquisição dos terrenos é “pouco transparente” e afirma que o executivo da Câmara de Faro de está “deslumbrado com os milhões”. Mas o BE defende que “procura evitar mais uma vez que o poder do dinheiro se imponha à correcta preservação do ambiente”.
in http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=92797

terça-feira, março 24, 2009
A Crise: Essa Coisa Lá do Estrangeiro
A região algarvia regista um crescimento de 40,5 por cento face ao mesmo mês de 2008, o que se traduz em 20.772 desempregados.
De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) hoje divulgados, o desemprego aumentou em todas as regiões do país em Fevereiro, tanto face ao mesmo mês de 2008, como em relação a Janeiro deste ano, com a região do Algarve a registar a maior subida.
Face a Janeiro, o número de inscritos nos centros de emprego daquela região aumentou 5,4 por cento. "
in http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=28378

domingo, março 22, 2009
O Apartheid Escolar

Dia da Poesia e da Árvore
Loulé, árvores dançam ao som do vento no parque...

Nota: Foto tirada em 2008
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores
António Gedeão
Obra Poética, Lisboa, edições JSC, 2001

sábado, março 21, 2009
Futebol, novas tecnologias e arbitragem
Acabo de ver o derby Sporting-Benfica ou vice-versa, como os algarvios quiserem, no Estádio do Algarve. Sou um privilegiado. Sentado confortavelmente no sofá da sala, vi aquilo que o árbitro não viu. No futebol, o sítio de onde se olha o jogo, condiciona a percepção do jogo que é olhado. Na bancada VIP, o presidente Seruca verá o jogo com os óculos eleitorais. Pires de Lima, o homem que fechou a fábrica da cerveja em Loulé, verá o jogo por detrás do jogo. No banco de suplentes do Sporting, a maior ou menor tranquilidade no olhar, dependerá do que o treinador junto ao relvado conseguir ver da dinâmica da pressão alta. Os espectadores, no meio da confusão das claques, gritarão penalti, porque ouviram alguém gritar penalti. O quarto árbitro, verá aquilo que o árbitro não viu. O fiscal de linha, tem dificuldade em ver os foras de jogo do outro lado do campo. Luisão, o grandalhão do Benfica, mal conseguirá ver, do alto dos seus quase dois metros, se a bola bateu na mão, no peito, no nariz ou na orelha, quandos os lances ocorrem na área adversária. Volto a sublinhar, sou um privilegiado. Vi o que o árbitro não viu e só irá ver quando o jogo terminar e olhar as imagens na televisão. A essa hora já está trucidado. Em cada lagarto um juiz acusador. "Ladrão", "gatuno", "corrupto", "larápio", "estás comprado", "os gajos controlaram o árbitro", o "sistema" funcionou outra vez. A credibilidade disso que chamam de futebol "Português" bateu no fundo. E era tudo tão fácil. Cada equipa dispunha de três oportunidades durante um jogo para pedir a repetição do lance ao árbitro. Podia nem usar as três. Um minuto, sessenta segundos, é quanto o árbitro precisava, para interromper o jogo, ver as imagens em conjunto com os seus auxiliares e decidir de sua justiça. Noventa e cinco por cento dos lances, estimativa do macloulé, seriam objecto de dúvidas dissipadas. A suspeição diminuia, as medalhas jogadas para o chão no fim do jogo também, a justiça desportiva disparava exponencialmente e o "sistema" ficava mais credível. A quem interessa manter este estado de coisas?
Declaração de interesses: Sou Benfiquista. Realista, mas Benfiquista.

Das Obras Eleitorais
Pequenas grandes obras...
Totalmente de acordo. O melhoramento das ruas da cidade só faz bem à qualidade de vida na cidade.
Isto só é necessário em véspera de eleições? Será necessário tomar os eleitores por idiotas? Ficam as questões para reflexão.

sexta-feira, março 20, 2009
O Carro de Jagrená
A viagem no Carro de Jagrená não é de modo algum inteiramente desagradável ou sem recompensas; ela pode com frequência ser estimulante e dotada de esperançosa antecipação.
Mas, até onde durarem as instituições da Modernidade, nunca seremos capazes de controlar completamente nem o caminho nem o ritmo da viagem.
E nunca seremos capazes de nos sentir inteiramente seguros, porque o terreno por onde viajamos está repleto de riscos de alta-consequência (como uma guerra nuclear, por exemplo).
Não se trata, o Carro de Jagrená, metaforicamente, de uma máquinária integrada, mas de uma máquina onde há um puxa-e-empurra tenso e contraditório, e de diferentes influências."
Pode, o Homem, então, pretender pilotar o Carro de Jagrená?"
Fonte: GIDDENS, Anthony (1991). As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, p. 133 e 140).
PS. Texto marcante da minha vida para mais tarde recordar o dia 20/03/2009.
Palavras chave: A.À.M.A; I. de V. A;, P. V.; M.; A.; Carr.

quinta-feira, março 19, 2009
O Estrago da Nação
"Este Governo que tem sido campeão em desanexar áreas de Reserva Ecológica Nacional (REN) e de Reserva Agrícola Nacional (RAN), este Governo que tem sido paladino em permitir, através dos PIN, que se ocupe com betão solo rural, vem agora supostamente colocar obstáculos à transformação de solo rural em solo urbano.Tretas, caros amigos. Porque não só o regulamento aprovado hoje em Conselho de Ministros terá a sua «excepçãozinha» - que facilmente se transforma em regra se houver os «empenhos» necessários - como também é, aliás, uma reivenção da roda. Desde que Ribeiro Telles criou a REN e a RAN, nos idos anos 80, em teoria não seria possível transformar o barato solo rural em caro solo urbano. Mas os Governos seguintes trataram de arranjar excepções e a serem permissivos (eufemismo!) com os planos directores municipais. E deu no que deu: na mais pura especulação, onde se enriquece de um dia para o outro."
Do blogue Estrago da Nação de Pedro Almeida Viera.
Consulte aqui http://www.estragodanacao.blogspot.com/
Volto a recomendar. Um blogue de excelência.

Dois manifestantes no Terreiro do Paço
Bom resto de semaninha.

quarta-feira, março 18, 2009
Crise e Desemprego na Região do Algarve
Aqui em baixo, a evolução dos números do desemprego no Algarve;
"O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) ultrapassou os 19,7 mil, no mês de Janeiro, no Algarve, e a região está perto de igualar e até ultrapassar a pior situação, ao nível de desemprego, vivida desde 1990.
Em 1997, o número de desempregados ultrapassou oficialmente a fasquia das 20 mil pessoas e tudo indica que desta vez será pior.Os números oficiais do IEFP de desemprego em Portugal, divulgados na passada segunda-feira, foram o tema central do programa radiofónico «Impressões» desta semana, cujo convidado foi o coordenador da União de Sindicatos do Algarve (USAlg) António Goulart. A entrevista, feita em parceria pelo «barlavento» e Rádio Universitária do Algarve RUA FM, foi para o ar, originalmente, ontem e pode voltar a ser ouvida na íntegra amanhã, sábado, às 12 horas, em 102.7 FM. Cerca de duas semanas depois de ter vindo a público avisar que a situação do desemprego podia atingir níveis preocupantes e ultrapassar a fasquia dos 19 mil, no primeiro mês de 2009, a USAlg vê as suas previsões confirmadas oficialmente. Para António Goulart, urge cada vez mais tomar medidas para atenuar este fenómeno.«No que se refere ao Algarve, o desemprego em Janeiro cresceu 30,8 por cento em relação ao mesmo mês do ano anterior», ilustrou o sindicalista. Já em termos nacionais, a diferença fica pelos «12,1 por cento». «Ou seja, na região o desemprego está a crescer quase três vezes mais rápido que no resto do país», disse.«Aquilo que nós temos dito nos últimos 15 dias é que é urgente que o Governo tenha a percepção de que, se não for travado este fenómeno no Algarve, podemos arriscar-nos a enfrentar uma grave crise económica e social na região», considerou. Para António Goulart, «não basta culpar a crise internacional», pois há «outras questões que influenciam a situação que se vive na região». «O Governo, nos últimos quatro anos, foi esquecendo aquilo que é o tecido económico real, que são as micro, pequenas e médias empresas. Teve uma acção política e medidas quase que obsessivas para os grandes grupos económicos, em detrimento daquilo que é a base real da economia nacional e regional. O resultado está à vista», considerou. A própria organização económica da região, que depende quase exclusivamente do turismo, é outro dos males apontados pelo sindicalista. A situação actual «é difícil e complexa», mas não desesperada, já que «com uma intervenção correcta por parte do Governo, pode-se evitar o crescimento do desemprego». «O Governo tem anunciado medidas a nível nacional, mas não tem mostrado que está atento ou particularmente sensível ao que se passa no Algarve», referiu.Por já ter «perspectivado esta situação», António Goulart tem sugestões bem estudadas. «Exigimos uma mudança de atitude por parte do Governo, de modo a que, perante a situação que se vive na região, seja capaz de vir para o terreno e definir um conjunto de medidas de curto prazo para combater o desemprego no Algarve», disse. A USAlg defende que há que aproveitar os investimentos públicos anunciados para a região para tentar combater o fenómeno do desemprego. «É necessário articular todos estes projectos e dar-lhe uma visão integrada, para ver o que se pode daqui extrair em termos de criação de emprego. Estes projectos, tal como foram definidos, tocam poucas empresas regionais, mas se houver intervenção política do Governo, isto pode mudar», considerou. Um apoio às empresas que estão a atravessar dificuldades, já que considera as medidas actuais dirigidas exclusivamente a «empresas que estão bem de saúde», é outra das propostas. "
in http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=30946

Aleluia
in Correio da Manhã de 18/03/2009
Depois de uns anitos de colagem a Sócrates, na função de seu padrinho protector, que "acinzentou" a imagem de defensor da liberdade e da democracia que eu próprio tinha de Soares, este lembrou-se concerteza do ditado popular "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és".
Sempre foi um animal político este homem. Fareja à distância o que está para acontecer. O rebanho começa a dar sinais de dispersão. O pior para este PS vai ser a ERA "socialista" pós-Sócrates. Depois não se queixem, nem se vitimizem à imagem do grande líder que os enterrou, pois fizeram a caminha onde se deitaram...

terça-feira, março 17, 2009
Das Casas de Banho Públicas
Juro que cada vez que sou obrigado a ir a uma casa de banho pública penso em fazer uma análise estrutural de conteúdo aos brilhantes discursos por lá escritos nas portas...

Mentes Lúcidas
Ana Benavente, na revista Homem Magazine.

segunda-feira, março 16, 2009
A Crise: Essa Coisa Lá do Estrangeiro
O Bloco de Esquerda, e bem, representado pelo deputado Carlos Martins, recomendou na última Assembleia Municipal de Loulé, a constituição de um gabinete anti-crise no concelho de Loulé como forma de apoiar as empresas em dificuldades, as famílias endividadas, as situações de desemprego, de pobreza e de exclusão social. Apelou, ainda, a uma maior participação da autarquia, em conjunto com as IPSS's, no apoio aos mais carenciados.
E o que respondeu Seruca Emídio, presidente da Câmara Municipal de Loulé?
"Não há gabinetes de crise em lado nenhum, são situações que podem ser pontuais. A acção social da Câmara, a ajuda das instituições e as Juntas de Freguesia têm dado uma resposta positiva nessa área."
E pasme-se, disse ainda o grande líder do nosso pequeno Reino de Taifa:
"Para a Câmara não é benéfico, não é boa imagem e não é o timing certo. A Câmara está a dar uma boa resposta nessa área."
Segundo o jornal O Louletano as grandes preocupações do executivo de Seruca Emídio assentam "nas grandes obras no concelho e na criação de postos de trabalho".
E pasme-se novamente:
Disse ainda Seruca Emídio, "Estamos em sintonia com os planos de acção do governo. Temos grandes obras. O concelho vai mexendo e não é um dos mais afectados pela crise. Estamos a dar resposta na área social.
É caso para dizer, perdoem-lhes que não sabem o que dizem, e portanto, também o que fazem. A crise afinal mora ao lado de Loulé. É triste os nossos políticos locais ainda não se terem apercebido da torrente que por cá vai passar. A proposta do BE foi chumbada, com 19 votos contra, 1 voto a favor e 10 abstenções.
Para os burgueses bem instalados na sociedade da corte, da "esquerda moderna" à direita conservadora, a "crise", é coisa que não existe. Para os pobres, os remediados e para as classes médias baixas vêm aí a caminho as passinhas do Algarve.
Mais uma vez, triste PS local, que não sabe de que lado deve estar, se do lado dos burgueses bem instalados na vida, se ao lado das populações mais pobres e desfavorecidas do mundo social.

domingo, março 15, 2009
Do Amor à Natureza
Avenida José da Costa Mealha

Nota: Clique em cima da imagem para ampliar.
"Isto é o que se deve fazer ao sal que não salga. E à terra que se não deixa salgar, que se lhe há-de fazer? Este ponto não resolveu Cristo, Senhor nosso, no Evangelho; mas temos sobre ele a resolução do nosso grande português Santo António, que hoje celebramos, e a mais galharda e gloriosa resolução que nenhum santo tomou. Pregava Santo António em Itália na cidade de Arimino, contra os hereges, que nela eram muitos; e como erros de entendimento são dificultosos de arrancar, não só não fazia fruto o santo, mas chegou o povo a se levantar contra ele e faltou pouco para que lhe não tirassem a vida. Que faria neste caso o ânimo generoso do grande António? Sacudiria o pó dos sapatos, como Cristo aconselha em outro lugar? Mas António com os pés descalços não podia fazer esta protestação; e uns pés a que se não pegou nada da terra não tinham que sacudir. Que faria logo? Retirar-se-ia? Calar-se-ia? Dissimularia? Daria tempo ao tempo? Isso ensinaria porventura a prudência ou a covardia humana; mas o zelo da glória divina, que ardia naquele peito, não se rendeu a semelhantes partidos. Pois que fez? Mudou somente o púlpito e o auditório, mas não desistiu da doutrina. Deixa as praças, vai-se às praias; deixa a terra, vai-se ao mar, e começa a dizer a altas vozes: Já que me não querem ouvir os homens, ouçam-me os peixes."
Padre António Vieira, in Sermão de Santo António aos Peixes.
Pregado em S. Luís do Maranhão, três dias antes de se embarcar ocultamente para o Reino (1654).

Cidades e Alterações Climáticas

sábado, março 14, 2009
Bota Abaixo e Maledicência
Já não há pachorra. É o governo mais anti-democrático da Era pós-25 de Abril. Já não estou só enjoado, estou enojado. Provavelmente nunca mais vou votar PS na minha vida.

Sexta-Feira 13: A Voz da Rua
Perto de 200 mil nas ruas de Lisboa

ETAR ou não ETAR? Eis a questão...
"A associação cívica "Somos Olhão!" apresentou hoje uma queixa contra o Estado português à Comissão Europeia por incumprimento de legislação ambiental no que respeita ao lançamento directo de esgotos na Ria Formosa.
Segundo Raul Coelho, da organização "Somos Olhão!", existem "dezenas e dezenas" de descargas directas de esgotos não tratados na Ria Formosa, que estão a poluir o sistema lagunar e a ameaçar espécies.
Em declarações aos jornalistas, o membro daquele movimento acusa o Estado de estar a violar directivas que impedem o lançamento de esgotos em zonas sensíveis e responsabiliza igualmente a Câmara de Olhão.
"A própria água descarregada permanentemente através das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), apesar de tratada, é poluidora, porque altera a salinidade da ria", afirma.
A empresa Águas do Algarve, que gere as ETAR’s e é responsável pelo tratamento de águas residuais em baixa na região algarvia, em declarações ao Observatório do Algarve, afirma que cumpre todas as normas legais no que se refere à descarga de águas para a Ria Formosa.
“As ETAR’s nascente e poente de Olhão e a de Faro enviam água para a Ria, mas não é esgoto. É água tratada e cumpre com todos os requisitos que são exigidos por lei. Nós não estamos em incumprimento com nada e temos análises que o podem provar”, esclarece Teresa Fernandes, porta-voz da empresa.
“Não há nenhuma ETAR neste momento, que esteja a funcionar, que não cumpra com os requisitos de descarga”, sublinha.
A Águas do Algarve tem como projectos futuros a remodelação de algumas ETAR’s, no âmbito da estratégia da empresa para a área de saneamento, revelou Teresa Fernandes, que acrescenta: “no presente, estas ETAR’s estão a cumprir, em termos de legislação, com aquilo que nos é pedido”.
A queixa da associação à Comissão Europeia vai ser acompanhada por uma petição, aberta a todos os cidadãos europeus e que será lançada dentro de pouco mais de uma semana, decorrendo até 04 de Maio, refere Raul Coelho.
De acordo com o representante do “Somos Olhão!”, a autarquia local tem-se recusado a disponibilizar alguns documentos que a associação tem solicitado, inclusivamente, diz, as actas das sessões camarárias.
"Da meia centena de perguntas e pedidos que fizemos desde o Verão do ano passado, nenhum foi aceite", lamenta, acrescentando que a associação já se queixou às autoridades com competência em matéria de fiscalização autárquica.
O "Somos Olhão!" foi constituído em Agosto do ano passado mas ainda está em vias de se legalizar enquanto movimento."
in http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=28178

quinta-feira, março 12, 2009
Desabafos...

Nota: Clique em cima da imagem para ampliar.
O neoliberalismo rebenta comigo. Hoje, há dois tipos de pessoas, face ao mercado de emprego. Os que morrem a trabalhar e os que morrem sem emprego. Por enquanto, faço parte do primeiro tipo. Daqui a uns tempos talvez mude de clube. Entretanto, quero mesmo é que o comboio do fim de semana chegue...para trabalhar em casa...

quarta-feira, março 11, 2009
Do amor à natureza
Loulé, ano 2009
Nota: Clique em cima da imagem para ampliar.
Porque o Povo Diz Verdades
Porque o povo diz verdades,
Tremem de medo os tiranos,
Pressentindo a derrocada
Da grande prisão sem grades
Onde há já milhares de anos
A razão vive enjaulada.
Vem perto o fim do capricho
Dessa nobreza postiça,
Irmã gémea da preguiça,
Mais asquerosa que o lixo.
Já o escravo se convence
A lutar por sua prol
Já sabe que lhe pertence
No mundo um lugar ao sol.
Do céu não se quer lembrar,
Já não se deixa roubar,
Por medo ao tal satanás,
Já não adora bonecos
Que,se os fazem em canecos,
Nem dão estrume capaz.
Mostra-lhe o saber moderno
Que levou a vida inteira
Preso àquela ratoeira
Que há entre o céu e o inferno.
António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."

11 de Março de 1975: A Intentona Reaccionária


terça-feira, março 10, 2009
Das Águas de Portugal

segunda-feira, março 09, 2009
Das Obras Eleitorais
Castelo de Loulé
É do interesse público nacional que o património local seja preservado tal como fez a CML com o castelo de Loulé.
O que é dispensável é que os politicos que nos governam continuem a tratar os cidadãos como meros eleitores.
O castelo precisa de ser cuidado todos os dias e não apenas em véspera de eleições. Os cidadãos não precisam ser tratados como idiotas que depositam votos nas urnas.

Tesourinhos Deprimentes
São, no total, 23 slides, o que perfaz um total de 23 tesourinhos deprimentes...

domingo, março 08, 2009
O Dia Delas


sábado, março 07, 2009
As Horas de São Francisco
Hora de Inverno trocada com a hora de Verão...
O Relógio de São Francisco
Não peçam a São Francisco
Que chegue a tempo e a horas
Pois ele está entretido
A comer avelãs e amoras
Não peçam a São Francisco
Que acerte o passo à freguesia
Nem peçam um jantar ou petisco
Pelas horas do meio dia
Não peçam a São Francisco
Horas que os outros já têm
Contentem-se em São Francisco
Com as horas que os vossos olhos vêem
Não peçam a São Francisco
Para apanhar a camionete
Não peçam a São Francisco
Que seja um quarto para as sete
Peçam a São Francisco
Um novo relógio no Natal
Que traga novas horas
Que respeitem o pessoal
Peçam a São Francisco
Que vos trate com respeito
Uma vez que todos pagamos
A isso temos direito
Peçam, peçam, a São Francisco
João Martins
Desculpem ser picuinhas, mas ter um relógio público, numa das principais praças da cidade, desacertado há meses, uma hora, é um magnífico sinal de desleixo na gestão da coisa pública. Pelo menos acertem o relógio em véspera de eleições. Pelo menos isso...
Desculpem ser picuinhas...

Quem quer RAN ou REN quando se tem PIN?
PINs : Sucesso ou Descalabro ?
"Passadeira vermelha para aprovação. Prestígio. Milhões em investimento. Opção política. Desrespeito pelas normas ambientais e de ordenamento do território. Qualquer uma destas ideias é imediatamente associada aos projectos de Potencial Interesse Nacional (PIN).
Desde a sua criação em 2005, o Governo de José Sócrates apresenta os PIN aprovados com pompa e circunstância, acenando com milhões de euros de investimento em nome do interesse nacional. (....)
Por seu lado, os promotores embandeiram o galardão que lhes dá “ prestígio e visibilidade “ como uma passadeira vermelha sem a qual teriam “mais dificuldade em alcançar aprovação para os projectos”. (....)
Há ainda a visão dos ambientalistas que lembram que os PIN são “muitas vezes atropelos à legislação nacional e comunitária”, nas palavras de Helder Spínola, da Quercus, que acha que se deviam chamar “VIN – vergonhoso investimento nacional”. Ou os “PEN – projectos de especulação nacional”, segundo Eugénio Sequeira da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), que lembra que “um PIN aprovado para um terreno em Rede Natura faz disparar o preço do metro quadrado de 20 cêntimos para 2000 euros”.
De facto, muitos destes projectos têm no seu currículo indícios de especulação fundiária. “ Ao permitir que um terreno em reserva ecológica ou agrícola nacional (REN ou RAN) passe a urbanizável, o Estado, com uma mera decisão politico-administrativa, multiplica por vezes por 20 mil por cento o valor desse terreno “, refere Pedro Bingre, docente do Instituto Politécnico de Coimbra que investiga estes assuntos. Por exemplo, “ um hectare de pinhal na península de Tróia que valia 2500 euros passou a valer cinco milhões de euros com um alvará de loteamento”.
Dos 82 PIN aprovados, cerca de um terço afectam de algum modo áreas protegidas: oito localizam-se em zonas de Reserva Natura (que não é considerada « non aedificandi») ; quatro obrigaram à desafectação oficial de 877 hectares de REN; um obteve o Reconhecido Interesse Público (RIP) para implementar um projecto nos seus 100 hectares de REN/RAN ( Plataforma Logística do Ribatejo); outro obrigou à suspensão do Plano Director Municipal (PDM) para alteração do uso do solo ( Hotel Central em Loulé). E pelo menos duas dezenas de projectos PIN integram áreas de REN ou de RAN que não foram desafectadas por exercerem os chamados “usos compatíveis”, ou seja, colocarem o campo de golfe ou espaços verdes nessas zonas ...
É impossível saber a área total de REN e de RAN englobada nestes projectos. Nem o ministério do Ambiente nem a CAA-PIN têm informação sistematizada sobre o assunto. A REN e a RAN são definidas nos PDM e nos planos de pormenor dos projectos e não existe um mapa nacional com a sua utilidade.
O secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão, lamenta que esta informação ainda não esteja disponível e espera que não falte muito para que as cartas de REN digitalizadas sejam uma realidade para todo o país. Para tal “vai avançar uma medida simplex em 2009”. Expresso 31-01-2009
Algumas questões muito importantes :
1 - Quantos milhões desembolsou o país nestes projectos ? Governo e Autarquias.
2 - Que benefícios já colheu o país destes PIN lançados pela mão de um ex-Ministro do Ambiente e primeiro-ministro ? Nomeadamente quantos postos de trabalho ? Sem mentira.
3 - Como se pode mexer nas coisas mais sagradas do nosso país, a natureza que nos envolve, da forma mais autocrática e com a menor transparência e respeito por aquilo que é de todos nós ? Quem pagará a factura de um falhanço ?"
in http://luzdequeijas.blogs.sapo.pt/100026.html

sexta-feira, março 06, 2009
Parque Naturais a Saque
Pode ouvir aqui na TSF o arquitecto Fernando Pessoa...
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1160596

quinta-feira, março 05, 2009
Dê uma folga à crise...

A crise também é muito selectiva nas suas escolhas, o slogan, os pobres que paguem a crise, nunca foi tão adequado como nos tempos que correm.
O oligopólio EDP obteve os seus maiores lucros de sempre e deu-se ao luxo de aumentar o preço da electricidade no início do ano em mais de 4%.
A Galp "aproveitou" hipocritamente o "tempo de espera" da baixa dos preços do petróleo para aumentar exponencialmente os seus lucros.
O Estado continua a "enterrar" o dinheiro dos contribuintes na pobre banca.
A Cimpor vende acções aos contribuintes acima do preço de compra e penaliza essa entidade abstrata que é o "Estado" em largos milhões de euros.
Assim é fácil ir de férias e dar folga à crise. Alguém haverá de pagar...

quarta-feira, março 04, 2009
Das obras eleitorais
Ano de Eleições

Construindo alguns lugares de estacionamento junto ao parque de estacionamento...

Das Amendoeiras em Flor
Amendoeiras em Flor às portas de Loulé
Nota: Clique em cima da imagem para ampliar.
Cada vez mais raras, as amendoeiras em flor continuam senhoras de uma rara beleza. Um recurso económico, visual, imagético, social e cultural que tem sido objecto de uma miopia económica e cultural de graduação elevada.
Fica a lenda:
"No tempo em que os mouros dominavam a região, um grande senhor árabe recebeu como presente uma escrava que lhe chamou a atenção. Era uma menina loira, de faces brancas e olhos azuis muito claros. Tinha sido presa quando viajava com o pai que acabou por ser morto por guerreiros árabes. Questionada sobre a sua terra, ela afirmou ser originária de terras geladas e cobertas de neve. O seu nome era Gilda.
Passou o tempo e a menina foi crescendo, vivendo sempre triste, embora gostasse do seu senhor. A sua beleza deixava fascinado o senhor Árabe e um dia este decidiu casar com ela e torná-la a primeira mulher entre todas as escravas e concubinas do seu harém.
Preparou uma grande festa, com muitos convidados de países estrangeiros e cheia de divertimentos. Mas nada disto conseguiu alegrar Gilda e esta retirou-se para os seus aposentos, triste por saber que agora não mais podia voltar à sua terra natal. Os dias passaram e Gilda continuava nos seus aposentos, olhando o céu azul e sempre límpido. Os seus olhos iam esmorecendo a cada dia que passava.
Vendo o seu sofrimento, o senhor árabe mandou anunciar pelo mundo que daria riquezas imensas a quem lhe salvasse a mulher, mas ninguém conseguiu curar aquela melancolia.
Um dia apresentou-se no seu palácio um velho homem vindo do norte que dizia poder curar o mal de Gilda. Tinha sido seu aio quando ela era menina e depois de falar com Gilda durante algumas horas, falou com o senhor árabe e disse-lhe:
- Senhor, o mal de vossa esposa é a saudade!
- Saudade !..- respondeu o árabe - ... que é isso?!
- Saudade, meu senhor, é uma coisa que se sente do que se ama e está ausente. É um mal que destrói a alma e corrói o corpo. Sim, meu senhor, ela tem saudades da neve que cobre de branco a nossa terra.
Instado sobre a solução o velho mandou-o plantar por todo o Algarve, amendoeiras, centenas de amendoeiras. Assim, quando elas ficassem em flor, os caminhos e montes pareceriam cobertos de neve. Incrédulo, o árabe acabou por fazer o que lhe tinha sido indicado, pelo que foram plantadas milhares de amendoeiras por todo o Algarve.
Gilda continuava melancólica, definhando e não saindo do seu leito.
Mas um dia as amendoeira floriram e em frente ao palácio só se viam amendoeiras em flor, cobrindo os campos em redor com um imenso manto branco. Maravilhado com a paisagem, o árabe logo acorreu aos aposentos de Gilda conseguindo que ela olhasse pela janela para as amendoeiras em flor. Esta, durante algum tempo ficou a olhar, estática, sem conseguir falar. Depois murmurou:
- É a neve! A neve da minha terra!!
E a partir desse dia Gilda começou a recuperar da melancolia, tendo-se curado totalmente.
Ainda hoje, todos os anos quando vem a Primavera, o Algarve cobre-se de pequenas flores brancas, perpetuando o gesto de amor desesperado de um árabe de há longos séculos."
in http://www.vozalmundo.com/index.php?print=24

terça-feira, março 03, 2009
O Apagão
No congresso do unanimismo. No congresso do culto propagandístico do chefe do rebanho. No congresso do absurdo discurso anti-democrático da "campanha negra" e da "cabala". No congresso do inacreditável discurso que incentiva a caça às bruxas de quem defende ideias diferentes das do grande líder, do género, quem não está comigo, está contra mim. No congresso do fundador que pediu desculpas ao líder porque afinal há medo no PS porque também há medo em Portugal, na Europa, no mundo e no resto da galáxia em que vivemos. No congresso em que o mais presente foi o grande ausente. No congresso em que proliferou um autêntico deserto de ideias e de ausência de pensamento político sobre o que quer que seja, o partido que se diz socialista, vai definhando e vai-se confundindo cada vez mais com o líder.
O PS, após as estrondosas derrotas eleitorais que se adivinham, prepara-se, sem o saber, para a grande travessia do deserto na vida política portuguesa. O país é que não precisava mesmo disso. Cá estaremos para ver o filme.

ETAR ou não ETAR? Eis a Questão...

O pior é que os problemas do saneamento básico em Portugal, ao viverem numa incompetência e impunidade tão grande durante tanto tempo, acabaram camuflados pela sua própria evidência. Que as águas se degradem na razão directa das fortunas que se gastaram a assegurar-lhe a qualidade, tornou-se uma banalidade. Mas não deixa por isso de continuar a ser um escândalo.
Como é que isto tudo aconteceu? Desde os anos 60, Portugal assistiu a um acelerado e caótico processo de desordenamento do território. Os factos são conhecidos: macrocefalia urbana e sobretudo suburbana, litoralização, construção clandestina dispersa, instalações fabris mais ou menos artesanais espalhadas por todo o lado, e até grandes complexos industriais dispensados magestaticamente de quaisquer precauções sanitárias (...).
(...) Vejamos os factos. O primeiro Quadro Comunitário de Apoio (QCA), entre 1986 e 92, injectou 1.100 milhões de euros no saneamento básico. Pouco tempo depois. o fracasso manifestou-se de forma mais grotesca: construiram-se ETAR a vazar ou para sítio nenhum, ou desligadas da própria rede de esgotos; construiram-se ETAR que para nada serviam, despejando novamente para o domínio público a carga que supostamente deviam tratar. Outras que apodreceram sem nunca terem chegado a funcionar; ou que entupiram ao primeiro ciclo de funcionamento. O ridículo tornou-se arrepiante. No 2º QCA, em 1993-1999, a situação começou a ser denunciada. Vieram então mais 490 milhões de euros. Todavia, retomaram-se as mesmas asneiras de antes.
A então Direcção Geral do Ambiente, responsável nessa altura pela boa aplicação dos fundos, continuou a não fiscalizar a eficácia dos investimentos. Chegou-se a tal ponto que, em finais de 1995, um estudo do LNEC, coordenado por Jaime Melo Batista e Rafaela Matos, traça um quadro assustador da nossa segunda "esforçada" tentativa para sair da chafurda: 91% das ETAR existentes não funcionavam bem, sendo que 68% funcionavam mesmo muito mal...O estudo também diagnosticava a falta de planeamento; a má concepção técnica; as tecnologias desadequadas; a ausência de uma entidade que fiscalizasse a situação; a falta de formação técnica dos operadores camarários."
In Luísa Schmidt, País (In) Sustentável. Ambiente e qualidade de vida em Portugal, Lisboa, Esfera do Caos, 2007
E nós por cá, tratamos das nossas Estações de Tratamento de Águas Resíduais?

segunda-feira, março 02, 2009
Minoria Absoluta


domingo, março 01, 2009
Para mais tarde recordar: Abate de árvores em Quarteira
Abate de Árvores em Quarteira
Avenida Francisco Sá Carneiro

Árvores negras que falais ao meu ouvido,
Folhas que não dormis, cheias de febre,
Que adeus é este adeus que me despede
E este pedido sem fim que o vento perde
E esta voz que implora, implora sempre
Sem que ninguém lhe tenha respondido?
Sophia de Mello Breyner Andresen

O Xico Esperto e as Eleições Europeias
Faz parte da "essência" da "raça" lusitana, para usar um termo tão caro ao professor Cavaco e Silva. Estamos, portanto, perante uma verdadeira instituição nacional. O Xico Esperto é rei e é o homem que é grande, porque o xico parvo, é aquele que não se atreve a "enganar" o Estado.
O xico esperto é tão esperto, que pode também, segundo o professor Marcelo, chegar a primeiro ministro e é admirável os discursos que faz para agradar ao país do xico-espertísmo. Os discursos no congresso do PS sobre a União Europeia são um exemplo delicioso do xico espertismo na política nacional.
A União Europeia é boa, porque o PS desde a primeira hora, em Portugal, está com a União Europeia e se o PS está com a União Europeia, a dedução lógica "evidente" é que a União Europeia só pode ser boa. O xico esperto também utiliza o discurso maniqueísta tão típico dos xico espertos. Se não disse, aposto que o pensou; que só há dois tipos de pessoas em Portugal. Os que estão com a Europa e portanto estão com o PS e os que estão contra a Europa e portanto estão contra o PS. Estes são os "maledicentes", os que "nada fazem" e "só sabem" críticar. São os que só entram pelos "ataques pessoais", pelas "campanhas negras", fazem parte dos "poderes ocultos" e da mais perfeita "cabala" jamais organizada contra um primeiro ministro e um partido na História de Portugal.
Mas os xicos espertos sempre foram demasiado espertos. É a chamada esperteza saloia. E a grande esperteza do grande xico esperto foi ir buscar ontem à tarde o constitucionalsta Vital Moreira, um dos cães de guarda ideológicos do poder socialista, tido como "independente", para justificar a hecatombe eleitoral que se teme e adivinha, nas eleições para a Europa.
Correndo as coisas mal ao PS, como vão correr, o Xico-Esperto pode sempre justificar o resultado com a escolha de um independente e não como a "recusa" das políticas do governo e do Xico-Esperto que o comanda.
De política Europeia não ouvi uma ideia, uma orientação, uma estratégia, um caminho ou uma visão. Manuel Alegre deve já ter vergonha da instituição xico-espertismo. Ele já nem por lá aparece.
