Ao contrário do que nos querem fazer crer os arautos defensores da liberdade, que criticam com ênfase aqueles que se exprimem pela livre expressão, não penso que o problema central da discussão, seja neste momento, Portugal ser ou não um país livre. A democracia de baixa intensidade que reina no nosso país não tem que ver só com o governo de Sócrates. Tem que ver com o geral descrédito da classe política portuguesa e da correlativa desconfiança do cidadão comum sobre quem nos governa. Se quiserem, para ser mais claro, tem que ver com o maior défice da sociedade portuguesa, o seu défice de cidadania.
Com uma concepção política predominante de democracia, que a reduz aos seus aspectos formais e legais, a elite política portuguesa adormece em cima da global transformação social que atravessa a sociedade portuguesa. Daí que Sócrates se agarre às justificações formais e aja como se o contrato social entre governantes e governados fosse uma mera questão de formalismo legal. Se assim o fosse, a Venezuela de Chavez, a Itália de Berlusconi, ou a Rússia de Putin, seriam um exemplo perfeito para as democracias ocidentais.
Ora a verdadeira questão que deve ser colocada, é se gostamos de viver num país em que o primeiro ministro persegue jornalistas, aponta o dedo a televisões e jornais nacionais e manipula, controlando, os orgãos de comunicação social, com o dinheiro de todos nós, em associação e tráfico de influências com o poder económico. Esta é a verdadeira questão. E quem não perceber isto, não percebe nada do que é viver num Estado Democrático. Ou melhor dizendo, já nem sequer tem a capacidade de perceber a diferença. A não ser que os motivos sejam de outra ordem. Mas já nada me espanta...
Com uma concepção política predominante de democracia, que a reduz aos seus aspectos formais e legais, a elite política portuguesa adormece em cima da global transformação social que atravessa a sociedade portuguesa. Daí que Sócrates se agarre às justificações formais e aja como se o contrato social entre governantes e governados fosse uma mera questão de formalismo legal. Se assim o fosse, a Venezuela de Chavez, a Itália de Berlusconi, ou a Rússia de Putin, seriam um exemplo perfeito para as democracias ocidentais.
Ora a verdadeira questão que deve ser colocada, é se gostamos de viver num país em que o primeiro ministro persegue jornalistas, aponta o dedo a televisões e jornais nacionais e manipula, controlando, os orgãos de comunicação social, com o dinheiro de todos nós, em associação e tráfico de influências com o poder económico. Esta é a verdadeira questão. E quem não perceber isto, não percebe nada do que é viver num Estado Democrático. Ou melhor dizendo, já nem sequer tem a capacidade de perceber a diferença. A não ser que os motivos sejam de outra ordem. Mas já nada me espanta...
Vamos então demonstrar que o Primeiro Ministro persegue jornalistas e, do mesmo modo, verificar que esses jornalistas não perseguem a ele recorrendo a métodos ilegais na feitura das notícias!
ResponderEliminarA cidadania e seu exercício implicam o respeito pela privacidade de todos os cidadãos. O Primeiro Ministro, enquanto cidadão, não é mais nem menos que qualquer outro!
O texto de hoje pretende reduzir a questão à sua expressão mais simples mas esconde as reais motivações do conflito!
Caro professor Almeida,
ResponderEliminarO primeiro ministro é igual a todos os outros cidadãos?
Bom fim de semana para si.
João Martins