Nunca em Portugal tanta inteligência e tanto poder esteve concentrado na casa de um só idiota. Na Casa do Idiota, acessores, profissionais do marketing e da propaganda, amigos da câmara corporativa e outros profissionais do mundo da comunicação trabalham arduamente para controlar a informação que convém ao "chefe". Na Casa do Idiota imagina-se o mundo de Orwell (talvez sem nunca o ter lido) onde toda a sociedade é controlada pelo Grande Irmão. Na Casa do Idiota, reinam os idiotas. Na Era do twitter, do youtube, do facebook, do sms, dos jornais, da televisão, do telemóvel, do email, dos portáteis, dos satélites, do cabo e do iPad, os idiotas da Casa do Idiota alegadamente querem controlar os meios de comunicação social. Na Casa do Idiota ainda não se conhece a imagem da sociedade como sociedade transparente.
Na Casa do Idiota não se sabe que a queda de José Maria Aznar aconteceu através do sms. Na Casa do Idiota não se sabe que as imagens das Revoltas Iranianas chegam rapidamente ao outro lado do mundo através do Youtube e do Twitter. Na Casa do Idiota não se sabe que o mundo da informação e da comunicação foi crucial na "implosão" do Império Soviético Comunista. Na Casa do Idiota, confunde-se a representação planeada do mundo pelos idiotas com o mundo como representação das pessoas. Na Casa do Idiota pensa-se que se pode governar sem povo. Na Casa do Idiota criou-se um mundo de fantasia que em nada corresponde à fantasia do mundo.
Este fim de semana o idiota saiu da sua Casa e foi assegurar-se da jura dos fiéis e da sua cegueira colectiva, alertando contra os "ataques, ódios e insultos" por parte dos infiéis. O idiota sentiu uma absoluta necessidade de sair da sua Casa. Afinal o mundo social é bem mais complicado do que o mundo de Orwell de "1984". Pela minha parte não há qualquer vestígio de ódio, ou mesmo intenção de insulto. A palavra "idiota" que utilizo recorrentemente ao longo do texto não tem nada que ver com o seu sentido comum actual. Etimologicamente, idiota relaciona-se com o grego "ídios", que significa "particular". Um idiota significava assim, na Grécia Antiga, berço da democracia, aquele que se afastava da vida pública para tratar das suas coisas "particulares". É esse o sentido que dou neste texto ao termo idiota. A Casa dos Idiotas é a casa daqueles que têm como principal preocupação governar-se a si próprios. Quanto aos "ódios", aos "ataques" e aos "insultos", pedi conselhos ao grande poeta António Gedeão. "Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes, deu-me o que é costume: nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio".
João Martins
Na Casa do Idiota não se sabe que a queda de José Maria Aznar aconteceu através do sms. Na Casa do Idiota não se sabe que as imagens das Revoltas Iranianas chegam rapidamente ao outro lado do mundo através do Youtube e do Twitter. Na Casa do Idiota não se sabe que o mundo da informação e da comunicação foi crucial na "implosão" do Império Soviético Comunista. Na Casa do Idiota, confunde-se a representação planeada do mundo pelos idiotas com o mundo como representação das pessoas. Na Casa do Idiota pensa-se que se pode governar sem povo. Na Casa do Idiota criou-se um mundo de fantasia que em nada corresponde à fantasia do mundo.
Este fim de semana o idiota saiu da sua Casa e foi assegurar-se da jura dos fiéis e da sua cegueira colectiva, alertando contra os "ataques, ódios e insultos" por parte dos infiéis. O idiota sentiu uma absoluta necessidade de sair da sua Casa. Afinal o mundo social é bem mais complicado do que o mundo de Orwell de "1984". Pela minha parte não há qualquer vestígio de ódio, ou mesmo intenção de insulto. A palavra "idiota" que utilizo recorrentemente ao longo do texto não tem nada que ver com o seu sentido comum actual. Etimologicamente, idiota relaciona-se com o grego "ídios", que significa "particular". Um idiota significava assim, na Grécia Antiga, berço da democracia, aquele que se afastava da vida pública para tratar das suas coisas "particulares". É esse o sentido que dou neste texto ao termo idiota. A Casa dos Idiotas é a casa daqueles que têm como principal preocupação governar-se a si próprios. Quanto aos "ódios", aos "ataques" e aos "insultos", pedi conselhos ao grande poeta António Gedeão. "Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes, deu-me o que é costume: nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio".
João Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário