A Longa Emergência
" O Mundo industrializado assenta na energia barata. Agora, porém, o festim dos combustíveis fósseis está a chegar ao fim, as alterações climáticas revelam-se iminentes e existe a possibilidade de os nossos modelos de indústria, comércio, produção alimentar e transportes, a nível global, não sobreviverem.
A civilização indústrial está em grandes apuros e caminhamos, como sonâmbulos, rumo a um futuro de provações e turbulência. James Howard Kunstler relata-nos o que nos espera depois de ultrapassarmos o pico global da produção petrolifera e iniciarmos, mais cedo do que pensamos, a longa trajectória de depleção - mudanças económicas, políticas e sociais a uma escala épica - A Longa Emergência.
Entraremos num território inexplorado da História. Na Longa Emergência não haverá uma esperada economia do hidrogénio. Teremos que reduzir todas as actividades da vida quotidiana - a agricultura, o ensino, o comércio retalhista. Teremos que dizer adeus à condução automóvel fácil e à aviação comercial. Na Longa Emergência, desencadeada pelo fim do petróleo, viver será permanecermos no mesmo lugar.
À escassez associar-se-ão epidemias e uma agricultura tibuteante, criando sinergias que abalarão as nações e as levarão a procurar agressivamente os meios de sobrevivência."
Pessimismo ou realismo? Fica a questão no ar...
Um livro a não perder:
James Howard Kunstler, O Fim do Petróleo. O Grande Desafio do Século XXI, 2006: Bizâncio.
Bom fim de semana!
"À escassez associar-se-ão epidemias e uma agricultura tibuteante, criando sinergias que abalarão as nações e as levarão a procurar agressivamente os meios de sobrevivência." Pego neste parágrafo do texto para fazer lembrar a teoria de Thomas Malthus(demógrafo inglês 1766-1834).
ResponderEliminarSegundo essa teoria esse tipo de situações acabam por resolver-se através de conflitos bélicos forma de requilibrar as condições de vida na Terra. Portanto inclino-me mais para um texto realista do que pessimista. A fome, a miséria, a falta de trabalho e a escassez de alimentos está a gerar uma situação deveras explosiva. Em Portugal, ainda que ém pequena escala, começam a verificar-se já algumas convulsões sociais. Veja-se a greve dos pescadores e o protesto dos caminionistas...