1. Depois da Irlanda, da Grécia e de Portugal, a Espanha, a Itália e a França vêem a escalada dos juros da dívida dita "soberana" a disparar. Em todo o lado os líderes europeus prometem uma maior dose do remédio. Acrescente-se mais austeridade à austeridade, que o mesmo é dizer, mate-se o doente.
2. Nouriel Roubini (não confundir com Houdini), um dos poucos economistas que previu a crise de 2008 disse esta semana que Marx tinha razão. O capitalismo afinal tem na sua génese a sua capacidade de auto-destruição. Afinal, alguém na economia leu Marx com a devida atenção e chega à conclusão que o capitalismo pode não ser mais que uma passagem histórica de um modo de produção. Diz Roubini, julgavamos que os mercados funcionavam, mas não funcionam. Diria eu, eles entregues a si próprios na sua auto-regulação, são auto-fágicos, devoram-se a si próprios.
3. O multimilionário Warren Buffet fez um apelo no New York Times: "Párem de mimar os super-ricos". Desconfio que este apelo nada tem de caridade ou benevolência. Se o sistema estoirar, lá se vão os super-ricos. Chame-se motim, revolta, ou revolução, disse um dia António Guterres que se os ricos não tratarem da saúde dos pobres, os pobres um dia vão tratar da saúde dos ricos. A tendência dos sistemas vivos para a autopoiésis tem as suas limitações.
4. Merkel e Sarkozi vieram propôr um novo governo económico da Europa. Eles escolhem o monarca. Tudo se passa como se mudando a configuração formal da União Europeia isso resolvesse por si os problemas económicos. Vale a pena insistir mais uma vez, nunca é de mais, é a austeridade estúpido!
5. Passos Coelho veio ao Algarve anunciar mais austeridade em cima da austeridade. E a seguir pediu que fossemos todos felizes. Em Portugal junta-se a obediência cega austeritária a uma certa imbecilidade ingénua. Marx deve dar voltas no caixão. Como seria hoje o Manifesto do Partido Comunista?
2. Nouriel Roubini (não confundir com Houdini), um dos poucos economistas que previu a crise de 2008 disse esta semana que Marx tinha razão. O capitalismo afinal tem na sua génese a sua capacidade de auto-destruição. Afinal, alguém na economia leu Marx com a devida atenção e chega à conclusão que o capitalismo pode não ser mais que uma passagem histórica de um modo de produção. Diz Roubini, julgavamos que os mercados funcionavam, mas não funcionam. Diria eu, eles entregues a si próprios na sua auto-regulação, são auto-fágicos, devoram-se a si próprios.
3. O multimilionário Warren Buffet fez um apelo no New York Times: "Párem de mimar os super-ricos". Desconfio que este apelo nada tem de caridade ou benevolência. Se o sistema estoirar, lá se vão os super-ricos. Chame-se motim, revolta, ou revolução, disse um dia António Guterres que se os ricos não tratarem da saúde dos pobres, os pobres um dia vão tratar da saúde dos ricos. A tendência dos sistemas vivos para a autopoiésis tem as suas limitações.
4. Merkel e Sarkozi vieram propôr um novo governo económico da Europa. Eles escolhem o monarca. Tudo se passa como se mudando a configuração formal da União Europeia isso resolvesse por si os problemas económicos. Vale a pena insistir mais uma vez, nunca é de mais, é a austeridade estúpido!
5. Passos Coelho veio ao Algarve anunciar mais austeridade em cima da austeridade. E a seguir pediu que fossemos todos felizes. Em Portugal junta-se a obediência cega austeritária a uma certa imbecilidade ingénua. Marx deve dar voltas no caixão. Como seria hoje o Manifesto do Partido Comunista?
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