1. Extraordinariamente esclarecedora a entrevista de Judite de Sousa ao senhor dos olhos azuis do FMI. Em primeiro lugar é preciso dizer que tivemos o regresso da Judite de Sousa como há muitos e bons anos não a viamos ao nível dos seus melhores desempenhos. As perguntas a fazer eram aquelas que ela mesmo fez e não outras acessórias. Se existe isso que se convenciona chamar de jornalismo independente, Judite de Sousa, honrou hoje esse atributo. Não sei se na RTP o poderia ter feito.
2. Do senhor dos olhos azuis, ouvimos a reprodução das banalidades que todos os novos profetas da economia neoliberal reproduzem todos os dias, mais não fazendo do que mobilizar a aparência de cientificidade para reproduzir a mais pura ideologia. É impressionante a armadilha montada pelo senhor FMI. Em nenhum momento as medidas propostas pela Troika foram tidas como fazendo parte do problema. Tudo se resume à aplicação prática das medidas tidas inevitavelmente como boas. Se elas não forem postas em prática isso justifica por si o falhanço das medidas.
3. Não há saída para este beco sem saída. A ineficácia das medidas será sempre justificada com a explicação da incapacidade (nacional é bom de ver) de as pôr em prática. O plano da Troika é divino. Mas se assim é, não se compreende tanta insegurança e tanta falta de consistência nas respostas às perguntas incómodas colocadas pela entrevistadora portuguesa. Uma entrevista a não perder. No dia em que os fascistas financeiros ultraliberais subiram o IVA da electricidade e do gás de 6% para 23%, há uma coisa em que o senhor Troika está cheio de razão. Não bastam os cortes cegos (assentes em crenças infundadas, acrescento eu) que é o que o que a própria Troika está a fazer. É preciso estimular a competitividade e o crescimento da economia, mas isso não se faz com a construção política do círculo vicioso da austeridade recessiva.
2. Do senhor dos olhos azuis, ouvimos a reprodução das banalidades que todos os novos profetas da economia neoliberal reproduzem todos os dias, mais não fazendo do que mobilizar a aparência de cientificidade para reproduzir a mais pura ideologia. É impressionante a armadilha montada pelo senhor FMI. Em nenhum momento as medidas propostas pela Troika foram tidas como fazendo parte do problema. Tudo se resume à aplicação prática das medidas tidas inevitavelmente como boas. Se elas não forem postas em prática isso justifica por si o falhanço das medidas.
3. Não há saída para este beco sem saída. A ineficácia das medidas será sempre justificada com a explicação da incapacidade (nacional é bom de ver) de as pôr em prática. O plano da Troika é divino. Mas se assim é, não se compreende tanta insegurança e tanta falta de consistência nas respostas às perguntas incómodas colocadas pela entrevistadora portuguesa. Uma entrevista a não perder. No dia em que os fascistas financeiros ultraliberais subiram o IVA da electricidade e do gás de 6% para 23%, há uma coisa em que o senhor Troika está cheio de razão. Não bastam os cortes cegos (assentes em crenças infundadas, acrescento eu) que é o que o que a própria Troika está a fazer. É preciso estimular a competitividade e o crescimento da economia, mas isso não se faz com a construção política do círculo vicioso da austeridade recessiva.
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