Se os resultados das sondagens de hoje tiverem qualquer ligação verosímil com a realidade futura de 5 de Junho de 2011 então não é só a maior parte da população portuguesa que tem os políticos que merece. Os políticos portugueses também têm a população que desejam. Depois não se queixem...
Ver por exemplo aqui:
http://calcadaodequarteira.blogspot.com/2011/04/sondagens-sao-sondagens-faltam-45-dias.html
Ver por exemplo aqui:
http://calcadaodequarteira.blogspot.com/2011/04/sondagens-sao-sondagens-faltam-45-dias.html
Caro João Martins,
ResponderEliminarhá pouco mais duma centena de anos, Vitor Hugo escreveu: "entre um governo que faz mal e um povo que o consente há sempre uma espécie de complicidade vergonhosa".
É verdade que as sondagens são o que são. Não sei qual a credibilidade desta sondagem. Li a ficha técnica e não encontrei o que fizeram àqueles que têm dúvidas, que se abstêm ou não vão votar. Nem se deram ao trabalho de os referir. Já vi estudos em que o resultado é escolhido à partida. O suporte desses estudos é sempre a apresentação de fórmulas e definições sobre o modelo usado e não os dados e o que fizeram com eles. Este parece um deles.
Espero que se desfoque o retrato que fez Guerra Junqueiro, in “Pátria”, escrito em 1896.
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e
sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos
de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de
dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz
de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se
lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo,
enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom".
Um abraço João,
Sérgio
OLá Sérgio,
ResponderEliminarAgradeço o comentário. Fico a medidar nos paradoxos da sociedade portuguesa. Por um lado, uma geração qualificada protagonizada no movimento "geração à rasca" traz-nos algum sinal de esperança, mas depois há o Portugal do Guerra Junqueiro e esse ainda é extremamente poderoso.
Um grande abraço.
João Martins
PS: Vou passando pelo LEMMA.