18h 50mn - Ao pé de casa. Vou comprar pão para o jantar. A porta da padaria está semi-aberta. Cumprimento a empregada. A cara é nova. A cara habitual não está. A senhora olha-me nos olhos e pressinto que estou a atrapalhar. Pergunto se está a fechar. A senhora diz que sim. Digo boa tarde e volto para casa. Saí da padaria, a senhora vem atrás de mim e fecha a porta. Nem tudo é política na bancarrota.
19h - Abro uma carta do Município de Loulé com as contas da água. Cá em casa somos quatro. Dois adultos, um bébé e uma criança. Quarenta e quatro euros e setenta e três centimos. A factura só é compreensível a matemáticos. Quatro consumos assinalados, uma taxa fixa de disponibilidade, quatro pagamentos de saneamento e um de resíduos sólidos fixos. Se a falta de vergonha pagasse imposto, talvez não tivessemos entrado em bancarrota.
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