A minha Lista de blogues
sábado, abril 30, 2011
A Grande Vigarice

FMI É Bom, Bancarrota É Óptimo
Augusto Santos Silva in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=481573
E eu, João Martins, aqui do macloulé, sou o avô cantigas. Vou buscar o 1984 do George Orwell ali à prateleira volto já...

Socrates em Tribunal Já!

sexta-feira, abril 29, 2011
Afinal, o PSD Algarve é a favor ou contra a introdução de portagens na Via do Infante?
Texto de Helder Raimundo, membro da Comissão de Utentes da Via do Infante.
Aqui: http://contrasensus.blogspot.com/2011/04/o-psd-defende-mais-imposto-sobre-o.html

quinta-feira, abril 28, 2011
A Europa como projecto
“A Europa não é uma construção acabada, e deixou mesmo de ser um projecto. Está a sofrer de uma crise que não consente gizar-lhe os alicerces nem definir-lhe a traça. Perdeu-se a confiança em que resolva os problemas instantes que se nos põem, não se acredita nos dirigentes, falta um ideal e um ideário que impulsionem e orientem a acção; quanto a realizações estamos perante uma manta de retalhos e resignamo-nos a discursos de vã retórica, a iniciativas descosidas, a medidas que só servem os interesses de alguns. Fala-se muito em refundar a Europa, em levá-la a um novo arranque - mas só se propõem estafadas "soluções" que evitam atacar o mal, e teima-se em tratar de tudo em circuito fechado, sem participação dos cidadãos, escamoteando a vontade geral. A Europa no mundo não passa de instrumento do imperialismo norte-americano, a subserviência a essa política catastrófica impede-a de desempenhar o papel que deveria ser o seu e que nenhuma outra potência pode desempenhar.”
“A Europa como projecto”, de Vitorino Magalhães Godinho, Edições Colibri, 2007
Via : http://www.esquerda.net/artigo/faleceu-o-historiador-vitorino-magalh%C3%A3es-godinho

Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011)
Nele se manifestaram, desde muito cedo, o interesse pela história e pelas questões de lógica aplicadas às ciências humanas e sociais. Em 1940, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, tendo sido nomeado professor extraordinário da Faculdade de Letras de Lisboa (1941-44).
Em 1959, enquanto investigador do Centre National de Recherche Scientifique e após longa integração na chamada École Pratique des Hautes Études, associada à célebre revista "Annales", defendeu o seu doutoramento de Estado na Sorbonne. Regressou, então, a Portugal como professor catedrático do Instituto Superior de Estudos Ultramarinos (1960-62). Duas vezes nomeado professor em universidades portuguesas foi, em ambos os casos, demitido por razões políticas. A sua inquebrável defesa dos valores da cidadania democrática e a sua lúcida adesão aos valores republicanos forçaram-no ao exílio. O pior dos quais terá sido o que viveu no desemprego, mas envolvido em intenso trabalho intelectual e editorial, ao longo dos oito anos que se seguiram à greve académica e ao rebentar da Guerra Colonial.
Em 1970 voltou a França para integrar o corpo docente da Universidade de Clermont-Ferrand. Após o 25 de Abril, regressou a Portugal, tendo sido Ministro da Educação e Cultura (1974) e Director da Biblioteca Nacional (1984), cargos dos quais se demitiu por discordâncias políticas que sempre tornou públicas. Foi professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa, desde 1975. O seu projecto de criação de uma verdadeira faculdade de ciências sociais e humanas, organizava-se em torno de uma maneira de pensar historicamente, mas foi desvirtuado e infelizmente mal compreendido.
Um modo global e interdisciplinar de pensar historicamente os problemas do presente, como era a sua proposta, foi substituído por uma concepção entrincheirada da história e das ciências sociais. O Prémio Balzan, espécie de Nobel para as Humanidades e Ciências Sociais, que lhe foi conferido em 1991, constituiu o reconhecimento internacional por uma obra e o modo como sempre soube excercer o seu ofício de historiador.
Entre os seus principais livros contam-se: "Razão e História - Introdução a um problema" (1940); "Documentos para a História da Expansão Portuguesa" (1943-1956); "A Expansão Quatrocentista Portuguesa" (1944); "Prix et monnaies au Portugal, 1750-1850" (1955); "A economia dos descobrimentos henriquinos" (1962); "Os Descobrimentos e a Economia Mundial" (1963-1971; edição francesa, 1966; edição revista, 1983-1984); "A Estrutura da Antiga Sociedade Portuguesa" (1971), "Mito e Mercadoria, Utopia e Prática de Navegar, Séculos XIII-XVIII" (1990). A este vasto elenco, acrescentam-se diversos volumes de ensaios, a direcção da enciclopédia Focus e da Revista de história económica e social, pela Sá da Costa; e a direcção de várias colecções na Cosmos.
Por Diogo Ramada Curto aqui: http://aeiou.expresso.pt/vitorino-magalhaes-godinho-um-historiador-internacional=f645573
Nota: Sem o criador não haveria criaturas. Como estudante do Departamento de Sociologia da FCSH da UNL aqui fica a minha homenagem ao professor Vitorino Magalhães Godinho.

quarta-feira, abril 27, 2011
Vândalos
Ver aqui a indignação de suas senhorias: http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=115441

Sócrates

A propósito de mais um suicídio na France Telecom
O suicídio ligado ao trabalho é um fenómeno novo?
O que é muito novo é a emergência de suicídios e de tentativas de suicídio no próprio local de trabalho. Apareceu em França há apenas 12, 13 anos. E não só em França – as primeiras investigações foram feitas na Bélgica, nas linhas de montagem de automóveis alemães. É um fenómeno que atinge todos os países ocidentais. O facto de as pessoas irem suicidar-se no local de trabalho tem obviamente um significado. É uma mensagem extremamente brutal, a pior do que se possa imaginar – mas não é uma chantagem, porque essas pessoas não ganham nada com o seu suicídio. É dirigida à comunidade de trabalho, aos colegas, ao chefe, aos subalternos, à empresa. Toda a questão reside em descodificar essa mensagem.
Afecta certas categorias de trabalhadores mais do que outras?
Na minha experiência, há suicídios em todas as categorias – nas linhas de montagem, entre os quadros superiores das telecomunicações, entre os bancários, nos trabalhadores dos serviços, nas actividades industriais, na agricultura.
No passado, não havia suicídios ligados ao trabalho na indústria. Eram os agricultores que se suicidavam por causa do trabalho – os assalariados agrícolas e os pequenos proprietários cuja actividade tinha sido destruída pela concorrência das grandes explorações. Ainda há suicídios no mundo agrícola.
O que é que mudou nas empresas?
A organização do trabalho. Para nós, clínicos, o que mudou foram principalmente três coisas: a introdução de novos métodos de avaliação do trabalho, em particular a avaliação individual do desempenho; a introdução de técnicas ligadas à chamada “qualidade total”; e o outsourcing, que tornou o trabalho mais precário.
A avaliação individual é uma técnica extremamente poderosa que modificou totalmente o mundo do trabalho, porque pôs em concorrência os serviços, as empresas, as sucursais – e também os indivíduos. E se estiver associada quer a prémios ou promoções, quer a ameaças em relação à manutenção do emprego, isso gera o medo. E como as pessoas estão agora a competir entre elas, o êxito dos colegas constitui uma ameaça, altera profundamente as relações no trabalho: “O que quero é que os outros não consigam fazer bem o seu trabalho.”
Ver aqui: http://www.publico.pt/Sociedade/um-suicidio-no-trabalho-e-uma-mensagem-brutal_1420732

terça-feira, abril 26, 2011
Nas Mãos Dos Verdadeiros Finlandeses a 16 de Maio
“Se queremos evitar a falência de Portugal, precisamos de uma decisão unânime que garante que o fundo de resgate europeu pode ser utilizado para salvar Portugal. E unanimidade significa a participação da Finlândia”, disse."
http://economia.publico.pt/Noticia/nao-ha-alternativa-se-a-finlandia-rejeitar-pacote-de-socorro-a-portugal-avisa-olli-rehn_1491423

FMI É Bom, Bancarrota É Óptimo

Os Amigos de Passos Coelho

Violação da Privacidade

segunda-feira, abril 25, 2011
Sujeitos ou Objectos?
Herder Raimundo via blogue Contrasensos:

Maio Já Começou em Abril
"Os pórticos de Olhão, Loulé e Boliqueime tinham as centrais ainda desativadas e estas foram incendiadas esta manhã, presumivelmente entre as seis e as sete horas, em simultâneo."
Ver aqui: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=44524
Três notas:
1. A acção é claramente política. Se a judiciária fizer bem o seu trabalho teremos talvez os primeiros prisioneiros políticos do Algarve no pós 25 de Abril de 1974.
2. A introdução de portagens nas ex-scut tinha que fazer parte das contas do orçamento de Estado e não fez. Ninguém investiga isso?
3. Quando o sistema político defrauda totalmente as expectativas dos seus cidadãos acontece isto. Ainda a procissão vai no adro. Os falsos apelos há unidade do sistema político instalado não percebem nada do que já se está a passar. Depois do Governo do FMI nada vai ficar como dantes.

Celebrar Abril
Canta Camarada
Canta camarada canta
canta que ninguém te afronta
que esta minha espada corta
dos copos até à ponta
Eu hei-de morrer de um tiro
Ou duma faca de ponta
Se hei-de morrer amanhã
morra hoje tanto conta
Tenho sina de morrer
na ponta de uma navalha
Toda a vida hei-de dizer
Morra o homem na batalha
Viva a malta e trema a terra
Aqui ninguém arredou
nem há-de tremer na Guerra
Sendo um homem como eu sou
Zeca Afonso

domingo, abril 24, 2011
Se Nos Roubarem Abril Dar-Vos-Emos Maio
É altura de celebrar e refundar o 25 de Abril de 1974. O inevitável é inviável. O primeiro passo é correr com o governo de Sócrates. É urgente respirar de novo. Depois a luta continua.

A Suspensão da Democracia
1. Nas vésperas do 25 de Abril de 2011 o regime democrático está em risco. Meia dezena de banqueiros transformaram a democracia, para usar a feliz expressão do historiador e deputado europeu Rui Tavares, numa bancocracia. José Sócrates que sempre seguiu quer a nível interno quer a nível europeu as grandes orientações do grande capital pôs mais uma vez o rabo entre as pernas quando os banqueiros portugueses se intrometeram na sua estratégia de sobrevivência eleitoral. Os banqueiros chamaram o FMI e Sócrates fez o que tinha a fazer. Peço desculpa a todos os democratas deste país, mas uma bancocracia não é uma democracia.
2. Chegou a Portugal uma Troika (FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) cujo "jornalismo macio", para usar uma versão cavaquista via Wikileaks, insiste em bombardear a população portuguesa com a expressão "negociação". No limite o que a troika está a fazer não passa de uma auscultação. A expressão mais adequada será legitimação, pois é de legitimação do austeristarismo recessivo e do sofrimento quase colectivo aquilo de que se trata. Quase colectivo porque os responsáveis pela situação em que nos encontramos, a grande burguesia nacional e internacional encara Portugal como um mero ponto fixo na exploração global do planeta terra. E se, portanto, não há "negociação" e apenas há auscultação então chegámos à morte da democracia. No limite do absurdo há um partido da miséria partidária nacional que diz que o seu programa de governo é o programa do FMI. Para onde te deslocaste cara democracia?
3. Mas se a bancocracia e a Troika dos PEC's são os sinais mais evidentes que o que está em causa é a democracia, a erosão desta última não é uma questão conjuntural. A globalização económica e financeira, suportada pela economia de casino, pelas agências de rating, pelo capital financeiro e pelas práticas espoliadoras dos investidores e da banca internacional converteram os políticos em agentes de administração do capital da nação. Como as grandes decisões que afectam a nossa vida de todos os dias vêm cada vez mais emanadas de organismos internacionais em grande parte não sujeitos ao sufrágio universal, porque carga de água continuamos nós a chamar a isto democracia? Há por aí algum português que tenha votado no FMI?
4. As soluções complexas para os problemas monstruosos com que hoje nos deparamos não se conseguem sem o máximo exercício de cidadania. É preciso refundar a democracia e penso que o movimento "geração há rasca" traz consigo uma parte da solução. Fazer de cada cidadão um político e iria eu mais longe, fazer de cada político um cidadão. As escolhas que fizermos no futuro próximo condicionarão decisivamente o nosso futuro. A entrega dos nossos destinos nas mãos dos outros (coisas do género "eles" é que sabem) através do conformismo e da resignação levar-nos-á a menos democracia, mais desigualdades, mais pobreza, mais desemprego e menos desenvolvimento económico e social. A recusa das "inevitabilidades", das "naturalidades", dos consensualismos retrógados e das soluções únicas é aquilo que nos pode permitir construir um mundo melhor. A escolha está nas mãos de cada um de nós. Abril e Maio são meses óptimos para fazer escolhas.

sábado, abril 23, 2011
E se o FMI acabasse com o Governo Civil de Faro?
O PS utiliza e instrumentaliza os cargos públicos como se vivesse numa sociedade da corte. Não vive, porque apesar da democracia na era da Troika estar a deixar de o ser, a democracia ainda é o reino em que impera o cidadão. Da primeira vez o substituto fez o frete até que a senhora governadora servisse as vontades do partido socialista. Agora vamos esperar o resultado das eleições para ver o que faz o substituto e a senhora a quem foi temporariamente (?) substituir.
Entretanto, estas manobras eleitorais com que o PS Algarve nos vai prendando vão corroendo a credibilidade dos mais altos cargos da nação. Desrespeita-se o cargo de Governador Civil (de resto uma inutilidade pública) e de uma assentada o cargo de deputado da nação. O PS, esse, também já não tem credibilidade alguma. Não há por aí alguém que proponha a essa Troika que nos passou a governar a extinção do cargo de Governador Civil? Talvez se fizessem umas boas poupanças e o Estado assim já podia deixar de impedir que as instituições de solidariedade social dessem mais uma sopinha aos pobres. Ganhávamos todos em dignidade e dentro da desgraça que o FMI nos vai trazer alguma coisa de útil deixava por cá.

quinta-feira, abril 21, 2011
A "Requalificação" do Parque Municipal de Loulé
Pelo segundo ano consecutivo não tenho um parque em Loulé onde levar a passear os meus filhos, fazer os footings essenciais à minha qualidade de vida e à manutenção da saúde física (certamente mais importante do que ter um médico Presidente da Câmara) ou simplesmente respirar ar puro debaixo da sombra das árvores do parque (das que ainda vão restando).
O doutor Emídio é um dos experts nacionais em obras públicas sem sentido, dizimadoras das contas do erário público. Depois de ter gasto rios de dinheiro no abate de árvores e na "requalificação" da Avenida José da Costa Mealha, depois de ter mandado abater as Tílias da Praça de República e mandar fazer a "requalificação" da dita cuja (a que preço senhor presidente?), depois de ter dado ordens para "requalificar" o Largo de São Francisco (em época de bancarrota), o doutor Emídio parece não querer ou não poder acabar em tempo satisfatório a "requalificação" do Parque Municipal de Loulé.
Passei há dias no Parque e o cenário é verdadeiramente aterrador. Vivendas que já estão dentro do parque (sagrada especulação imobiliária), mais árvores cortadas e deitadas abaixo (uma especialidade do doutor Emídio), muros a cercar o parque e como se tudo isto não bastasse, a obra parece que em tempos próximos não tem fim à vista. Entretanto quem quiser disfrutar de um espaço público verde minimamente qualificado tem um bom remédio, pode sempre deslocar-se até ao elefante branco em que se tornou o estádio do Algarve.
Perante estes factos que revelam um atroz desperdício dos recursos públicos locais tendo em conta os milhões de euros aqui "investidos" o que faz a oposição? Não faz nada. E não faz nada porque não há oposição em Loulé. O Partido Socialista local não existe (ou se existe deve andar preocupado em colar propaganda para a reeleição do querido líder). O PCP e o CDS são assim um pouco menos activos que o blogue macloulé. Resta um deputado do Bloco de Esquerda que como já aqui disse é muito pouco. Muito pouco mesmo para um dos concelhos mais ricos do país.
Nota: A fotografia em cima é do ano 2010.

Sondar o Povo
Ver por exemplo aqui:
http://calcadaodequarteira.blogspot.com/2011/04/sondagens-sao-sondagens-faltam-45-dias.html

quarta-feira, abril 20, 2011
Da mentira como forma de governação
Quando se opta pela mentira como estratégia de governação e de manipulação das massas acaba-se assim. Sem crédito. Vendido em leilões de dívida na internet. Rejeitado massivamente pelo povo. Com o país em desgraça. Que sirva de lição. A sondagem desta semana é elucidativa. Sessenta e cinco por cento dos portugueses culpa Sócrates como principal responsável pela actual crise. Que sirva de lição. Pois é de lição em lição que a pouco e pouco aprendemos o que a muitos outros daremos, o que a muitos outros darão.

Assalto aos Contribuintes e Salvação da Banca: Esse é o Negócio
Socióloga especializada em globalização, Saskia Sassen avisa que os países ricos, como os EUA e a Alemanha, estão a empobrecer rapidamente. Critica o facto de os resgates de Portugal, Grécia e Irlanda não passarem de uma forma de assegurar a situação da banca, já que a maior parte do dinheiro dos bailouts não vai para os países, mas "directamente para os bancos a quem esses países devem dinheiro". E defende que não podem haver instituições "demasiado grandes para cair".
Chega a Portugal em plena crise financeira e no centro do drama da entrada do FMI. Que pensa da intervenção desta organização, ou das organizações transnacionais que se propõem ajudar?
Em princípio, as instituições que funcionam como intermediárias e as instituições globais podem ajudar. Os Médicos sem Fronteiras também são uma instituição global e ajudam, de facto, as pessoas. E há uma longa lista de organizações semelhantes, como a Amnistia Internacional ou a Oxfam...Temos um conjunto particular de instituições financeiras que vêm ajudar os países em caso de crises financeiras que não são instituições sem obrigações, ou contrapartidas. A obrigação do FMI é garantir um sistema financeiro estável e para isso é necessária uma economia nacional estável. Se a estabilidade fosse definida através de indicadores como o de as pessoas terem um razoável modo de vida, ou um emprego digno, estaríamos bem, mas esta definição vem com um formato particular que é o das grandes instituições financeiras. Isto surge em função de uma evolução dos últimos 20 anos, em que estas instituições financeiras, muito poderosas, se tornaram maiores, grandes de mais para falhar. Isto é realmente problemático. Quer dizer que podem fazer exigências, porque não se podem dar ao luxo de falhar - se falham, toda a economia se desmorona. Isso é, em parte, verdade. Estamos perante a análise de uma paisagem muito problemática a partir da qual abordamos a crise grega e portuguesa. A outra questão traduz-se no facto de Angela Merkel chamar todos os países--membros a contribuir com o dinheiro dos seus contribuintes para um fundo de 700 mil milhões de euros - o que ela está a fazer é assegurar dinheiro para pagar a dívida aos bancos. Se Portugal falhar, falha o pagamento da dívida que contraiu junto do sistema bancário.
O que aumenta a dívida...
Aumenta a dívida e o que acontece com o plano de resgate de Angela Merkel, assim como com o bailout nos Estados Unidos, é que vamos utilizar o dinheiro dos contribuintes europeus para o caso de Portugal ou a Grécia não conseguirem cumprir. E este dinheiro vai para os bancos. Não vai para os contribuintes sofredores de Portugal ou da Grécia, mas para o sistema bancário. Podíamos dizer que estávamos a reunir dinheiro dos países europeus que estão bem para ajudar o povo em Portugal, mas não é isso. Grande parte do dinheiro que devia ter sido entregue à Grécia nunca foi para a Grécia mas directamente para os bancos a quem a Grécia devia dinheiro. Essa é que é a parte mais importante da questão. Tudo isto não passa de uma forma de assegurar a situação dos bancos. Há a noção de que existe uma razão objectiva para isto e que os bancos não podem falhar. Eu não já subscrevo essa teoria. Acho que há bancos que têm mesmo de falhar.
Para ler o resto clique aqui: http://www.ionline.pt/conteudo/118366-saskia-sassen-o-fmi-e-agora-uma-instituicao-melhor-

As Novas Tribos Urbanas Da Bola

terça-feira, abril 19, 2011
Tudo Pela Nação Nada Contra a Nação
1. Há coisas que me espantam quando o desespero se apodera da troika nacional. Tudo se passa como se as elites dominantes vissem as suas posições de poder ameaçadas e tocassem num rebate de última hora ao apelo da unidade nacional.
2. O que é difícil de entender é como é que depois de anos a fio de compromissos nacionais em torno do "bloco central de interesses" sem quaisquer rupturas de caracter ideológico significativas que se visse, as elites do regime ligadas ao PSD e ao PS venham agora apelar à necessidade urgente de um "compromisso nacional". Então mais do mesmo com os mesmos intervenientes de sempre é aquilo de que Portugal precisa para sair do marasmo? Não será isso apenas e só a tentativa de salvar a distribuição de posições e de lugares resultantes dos compromissos do costume? Não teremos nós necessidade urgente de rupturas?
3. Estes apelos aos compromissos nacionais fazem-me sempre lembrar os célebres discursos de Salazar nos seus apelos à unidade nacional. Não sei porquê. Ligue o vídeo aí em cima e descubra por si mesmo as diferenças.

FMI É Bom, Bancarrota É Óptimo
1. Dom José Policarpo diz que "o sofrimento tem um sentido positivo, como Cristo mostrou". Muito perto dos "pobres mas honrados" do Portugal de Salazar. FMI é bom, bancarrota é óptimo.
2. Patrões do comércio pedem ao FMI que não se suba o salário mínimo para os 500 euros. Os patrões do comércio não pedem mais qualificação e formação para os trabalhadores do comércio e para eles próprios (são menos qualificados os patrões do que os seus trabalhadores em Portugal). Os patrões do comércio não pedem regras mais justas para competir face às multinacionais que dizimaram de alto a baixo o pequeno comércio. Os patrões do comércio não pedem menor carga fiscal e menos derramas, taxas, taxinhas e taxões que desde as Câmaras Municipais à Administração Central sufocam a capacidade de competir do pequeno comércio. Não, os patrões do comércio, acham que não são competitivos por causa do salário mínimo de 500 euros. Agem como se o comércio existisse sem consumo e sem consumidores. Os patrões do comércio vêem como grande inimigo do comércio os seus trabalhadores. FMI é bom, bancarrota é óptimo.

Resistir é Preciso

FMI É Bom, Bancarrota É Óptimo

segunda-feira, abril 18, 2011
Transfugas I
Da extrema esquerda ao partido do "mercado".

A Esquerda e Os Comentadores do Costume

Da Ordem dos Médicos à Desordem do SNS

O que é meu é meu e o que é teu é meu
Para uma teoria explicativa do falhanço do comunismo...

domingo, abril 17, 2011
Da Competência

sexta-feira, abril 15, 2011
Viver Mais Com Menos

quinta-feira, abril 14, 2011
Resistir é Preciso
1. Assinar o abaixo assinado que procura accionar judicialmente os abutres das agências de rating. A democracia não pode ser ratingficada. 2. Recusar por todos os meios a injecção de dinheiro do Estado na banca. Que entrem em falência os bancos que vivem acima das suas possibilidades. 3. Correr com a máfia instalada no aparelho de Estado. 4. Forçar a renegociação da dívida. 5. Zelar pelo funcionamento das instituições estruturantes do bom funcionamento da democracia. Trata-se de aumentar os níveis de vigilância e transparência democrática. É urgente exercer e fazer exercer a cidadania activa. 6. Sei que dói a muito boa gente, mas é urgente correr com Sócrates. É não só urgente, como é mesmo imprescindível. 7. Construir uma frente de esquerda, com o PCP, o Bloco de Esquerda, os restos de esquerda que existem no PS e os novos movimentos sociais no sentido da transformação de uma verdadeira alternativa ao neoliberalismo selvagem e que restaure os valores da justiça social e o respeito pelos valores democráticos. 8. Sair para a rua sempre que o sistema instalado não permita que a mudança se efectue de outra maneira. Só a rua permite hoje esperança de transformação de um mundo melhor. É triste estar a dizer isto, mas é a dura realidade.

Reforma ou Revolução?
É preciso resistir. É urgente resistir. O que se joga hoje é a defesa dos valores de Abril. É isso o que está em jogo. A democracia.

Grandola Vila Morena

quarta-feira, abril 13, 2011
E Depois do Adeus

Olha, alguém que conseguiu ver para além das sombras da caverna de Platão
Uma luz de esperança ao fundo do túnel...

terça-feira, abril 12, 2011
Coisas da Vida

segunda-feira, abril 11, 2011
FMI É Bom, Bancarrota É Óptimo

sábado, abril 09, 2011
Portugueses e Espanhóis Juntos Contra as Portagens na Via do Infante
Fila de automobilistas portugueses e espanhóis em protesto.
Carro de João Martins, onde se pode ler "Em cada eleitor um cidadão! Com requalificação ou sem requalificação o Algarve diz não!"
Espanhóis e Portugueses juntam-se à entrada da Ponte do Guadiana para lutarem por interesses comuns.

Nuestros Hermanos Hablam

sexta-feira, abril 08, 2011
A Grande Verdade De Sócrates
Sócrates afirmou que não estaria disponível para governar com o FMI. Ele nem sonha ainda como essa é talvez a sua grande verdade. Surrealista o Congresso do Partido Que se Diz Socialista. Como alguém hoje perguntava num artigo do Correio da Manhã comentando os resultados das últimas sondagens. Como é possível que existam 33% de malucos a seguir um homem assim?
Ver aqui: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/joao-miguel-tavares/havera-mesmo-33-de-malucos-em-portugal

quinta-feira, abril 07, 2011
Passeio Em Espanha Sábado

Em Defesa da Democracia

quarta-feira, abril 06, 2011
O Povo Unido Jamais Será Vencido

Devaneios e Sadomasoquismo

Elevar o Gosto
Vou ali beber um café a Lisboa, volto já. Até logo!

Sócrates

terça-feira, abril 05, 2011
São as Lógicas do Capital Estúpido!

segunda-feira, abril 04, 2011
Primeiro Estranha-se e Depois Entranha-se

domingo, abril 03, 2011
Não às Portagens na Via do Infante: Uma Janela de Oportunidade?

Tudo o que tem um princípio tem um fim?

sexta-feira, abril 01, 2011
Retalhos de Vida
O S.C. Farense fez hoje, 1 de Abril, 101 anos de vida. Na segunda metade da década de 80 do século passado a minha história de vida cruzava-se com este magnífico clube. Uma passagem sempre inesquecível. A foto em cima retrata a equipa que nesse ano disputou a 1ª divisão nacional na categoria de juniores. Já lá vão 24 anos. A equipa sénior dessa altura dava cartas no campeonato nacional. E o Estádio de São Luís enchia de gente. Boas memórias.

Hoje Há Conquilhas e Amêijoas Também
