O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever. Às quatro da madrugada, quando a promessa de um novo dia ainda vinha em terras de França, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao pasto a meia dúzia de porcas de cuja fertilidade se alimentavam ele e a mulher. Viviam desta escassez os meus avós maternos, da pequena criação de porcos que, depois do desmame, eram vendidos aos vizinhos da aldeia. Azinhaga de seu nome, na província do Ribatejo.
Discurso de José Saramago, na Academia Sueca, a quando da entrega do Nobel da Literatura.
Ver mais aqui: http://www.brunocattoni.com/saramago.asp
Discurso de José Saramago, na Academia Sueca, a quando da entrega do Nobel da Literatura.
Ver mais aqui: http://www.brunocattoni.com/saramago.asp
Embora se diga que Saramago não era um homem humilde, só o facto de ele relatar desta forma e com tanto amor as suas raízes, se pode dizer que para lá do grande escritor que foi, teve que ser um grande humanista. É certo que para alguns politicos que andam de férias isso é coisa que não merece atenção especial demonstrando-se assim que há pessoas que não nasceram para os lugares que ocupam. Palma
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