27 de Junho de 2010. Os vinte países mais poderosos do mundo reuniram e concertaram-se quanto às medidas de austeridade. A prioridade é a redução dos défices públicos até 2013 e a senhora Merkel já veio dizer que se acabaram os "estimulos" à economia porque já se viu que isso só trouxe consigo o endividamento das nações. O que nos espera resulta pois do caminho que foi já há muito decidido. Ataque aos desempregados, hoje considerados inúteis face às necessidades do sistema capitalista. O exército de reserva atingiu proporções inimagináveis e torna inúteis uma boa parte dos que a ele pertencem. O sistema vive e convive bem sem esta fracção sem eira nem beira. Medidas racistas do ponto de vista social, de diminuição dos apoios aos mais pobres e desfavorecidos. Ataque brutal aos sistemas de saúde público, educação e protecção social. Ao mesmo tempo a mão direita do Estado exige a eliminação das escórias sociais. Mais sistemas de vigilância. Maiores financiamentos para o controlo policial dos mais pobres. Investimento a crescer em segurança pública e privada. Entretanto, os media passam imagens da população contestatária e descontextualizam as imagens da realidade que passam, ficando a ideia de que tudo não passa de um bando de arruaceiros destruíndo montras por tudo e por nada e sem motivo que oriente as suas acções. Tudo se passa como se todos os que contestam se reduzissem aos radicais que as imagens privilegiam. O futuro nada augura de bom. Um fantasma percorre toda a Europa. Banqueiros, agiotas, homens da bolsa, accionistas das grandes multinacionais, grandes gestores do sector privado e do sector público, homens de negócios de todos os tipos e tecnocratas políticos da vida airada, uniram-se, para depenar uma boa parte da população mundial. Um fantasma percorre a Europa. O fantasma do capital. Marx errou nas previsões. A consciência de classe, afinal, era mais fácil de formar, do outro lado da barricada.
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domingo, junho 27, 2010
G 20: A Concertação Global do Capital
27 de Junho de 2010. Os vinte países mais poderosos do mundo reuniram e concertaram-se quanto às medidas de austeridade. A prioridade é a redução dos défices públicos até 2013 e a senhora Merkel já veio dizer que se acabaram os "estimulos" à economia porque já se viu que isso só trouxe consigo o endividamento das nações. O que nos espera resulta pois do caminho que foi já há muito decidido. Ataque aos desempregados, hoje considerados inúteis face às necessidades do sistema capitalista. O exército de reserva atingiu proporções inimagináveis e torna inúteis uma boa parte dos que a ele pertencem. O sistema vive e convive bem sem esta fracção sem eira nem beira. Medidas racistas do ponto de vista social, de diminuição dos apoios aos mais pobres e desfavorecidos. Ataque brutal aos sistemas de saúde público, educação e protecção social. Ao mesmo tempo a mão direita do Estado exige a eliminação das escórias sociais. Mais sistemas de vigilância. Maiores financiamentos para o controlo policial dos mais pobres. Investimento a crescer em segurança pública e privada. Entretanto, os media passam imagens da população contestatária e descontextualizam as imagens da realidade que passam, ficando a ideia de que tudo não passa de um bando de arruaceiros destruíndo montras por tudo e por nada e sem motivo que oriente as suas acções. Tudo se passa como se todos os que contestam se reduzissem aos radicais que as imagens privilegiam. O futuro nada augura de bom. Um fantasma percorre toda a Europa. Banqueiros, agiotas, homens da bolsa, accionistas das grandes multinacionais, grandes gestores do sector privado e do sector público, homens de negócios de todos os tipos e tecnocratas políticos da vida airada, uniram-se, para depenar uma boa parte da população mundial. Um fantasma percorre a Europa. O fantasma do capital. Marx errou nas previsões. A consciência de classe, afinal, era mais fácil de formar, do outro lado da barricada.
Faço da vida um caminho em que a felicidade está nas pequenas grandes coisas que o mundo nos permite desfrutar.
"Carpe Diem"
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