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quinta-feira, novembro 12, 2009

Loulé – Presidente e Vereadores do PSD rejeitam redução do IMI e do IRS proposta pelo PS

Chegou à minha caixa de correio:

O executivo social democrata da Câmara Municipal de Loulé rejeitou na reunião de Câmara de 11 de Novembro 3 propostas apresentadas pelos Vereadores eleitos pelo PS que visavam reduzir as taxas referentes ao Imposto Municipal sobre Imóveis e que propunham que a Câmara Municipal de Loulé prescindisse dos 5% de participação no IRS cobrado no Concelho em favor dos Munícipes.
Os Vereadores Fátima Catarina Coelho, Luis Oliveira e Hortense Morgado apresentaram hoje, na reunião de Câmara, um documento sobre as finanças municipais e a fiscalidade municipal que continha propostas concretas de redução ligeira do Imposto Municipal sobre Imóveis (passando a taxa a aplicar aos imóveis avaliados de acordo com o CIMI de 0,36 para 0,35 e de 0,68 para 0,65 nos imóveis não avaliados), e propondo também que a autarquia abdicasse dos 5% da participação no IRS cobrado aos sujeitos passivos residentes no Concelho, para o ano de 2010.
Os Vereadores eleitos pelo PS consideram que :
- a criação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e a alteração proveniente da redefinição do processo de avaliação matricial dos imóveis fizeram do IMI um imposto com um peso crescente nas receitas municipais e no “bolso” dos cidadãos;
- que a possibilidade dos Municípios poderem fixar anualmente até ao máximo de 5% um valor para a sua participação variável no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) com domicilio fiscal no respectivo Concelho, transferiu para os órgãos municipais a responsabilidade de definirem também o nível de fiscalidade que incide sobre o rendimento de cada um dos seus munícipes;
- estas alterações deram aos municípios instrumentos que à dimensão municipal permitem criar respostas, de duração anual, a situações mais ou menos problemáticas ao nível económico para as populações;
- faz todo sentido que as propostas e as decisões tomadas anualmente tenham por base em primeira linha uma avaliação da situação sócio-económica do Concelho e dos seus habitantes e só depois a necessidade da Câmara Municipal de garantir um determinado volume de receitas;
Por isso, e atendendo à grave crise económica que o país atravessa e à qual o Concelho de Loulé não é de todo imune (aliás os dados referentes ao nível de desemprego que são conhecidos dão-nos uma percepção clara dos momentos particularmente preocupantes que algumas das nossas famílias atravessam) os Vereadores, Fátima Catarina Coelho, Luis Oliveira e Hortense Morgado, entendem que para o ano de 2010 a Câmara Municipal deve utilizar os instrumentos IMI e participação variável no IRS por forma a não exigir às famílias do Concelho qualquer esforço adicional, devendo até gerar alguma folga para os seus orçamentos domésticos.
Assim, defenderam que a Câmara Municipal deliberasse propor à Assembleia Municipal de Loulé:

i) a fixação da taxa de IMI de 0,35 aos prédios avaliados;

ii) a fixação da taxa de IMI de 0,65 para a aplicação aos prédios não avaliados;

iii) a aplicação da minoração de 30% às respectivas taxas, como forma de incentivo à fixação de populações no interior, às Freguesias de: Alte, Ameixial, Benafim, Boliqueime, Querença, Salir e Tôr;

iv) a fixação da percentagem de participação variável do Município no IRS dos sujeitos passivos com domicilio fiscal no Concelho em 0%, prescindindo do valor máximo de 5%;

Na situação económica actual é essencial “apoiar as pessoas”, lamentavelmente o Presidente da Câmara e os Vereadores eleitos pelo PSD não mostraram disponibilidade nem sensibilidade para o fazer, recusando que a Câmara Municipal de Loulé fizesse um pequeno sacrifício nas suas receitas municipais que, com certeza, poderia ajudar a fazer a diferença nalguns orçamentos familiares no ano de 2010.


Loulé, 12 de Novembro de 2009



9 comentários:

  1. Pura demagogia a proposta dos vereadores do PS na Câmara Municipal de Loulé. Existe alguma autarquia PS, em todo o país, com o IRS em 0%? Nenhuma. Posso acrescentar que o Município de Loulé é dos poucos que aceitaram reduzir o IRS.

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  2. Começam mal os vereadores do PS. Não em votarem segundo a sua consciência. Mas em virem a procura de louros com um comunicado que se calhar nem foram eles que fizeram.
    Este PS começa a não ter conserto.

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  3. Muito bem srs vereadores do PS. O povo gosta da vossa proposta. Parabéns Fátima, Luís e Hortense!

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  4. Não dá! O dinheiro dos impostos é fundamental. Precisamos para organizar as festas. É mais importante termos umas noites brancas e carnavais do que pagar menos 500 ou 600 euros/ano de impostos por familia. Câmara tão rica para umas coisas e tão cruel para outras. Não há crise para o Seruca e amigos do partido, por isso, que se lixe!

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  5. Caros amigos,

    Estou mais do lado dos dois últimos comentários. Nisso não tenho dúvidas.

    Abraços
    João Martins

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  6. Lembrem-se que infelizmente a maioria dos votos conquistados pelo PSD foram à custas das festas que hipnotizaram muita gente que parece não ter visto nunca uma festa na vida. Ainda hoje penso como é possível um encantamento tal para qualquer coisa de muito normal para quem tem muito dinheiro como esta Câmara. Toda esta massa gasta que no fundo ninguém sabe quanto foi ao longo destes 8 anos em boas mãos ou em mãos de gente com saber e competente faziam maravilhas com metade do dinheiro. Aprovo as propostas do PS embora tenha votado noutra força politica. Louletano B

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  7. Esperamos que os vereadores da oposição a façam com energia pois o poder que que temos visto por cá é absoluto e arrogante como nunca houve desde o 25 de Abril. Os mais velhos todos sabemos disso. Estas medidas que não foram aceites pelo Seruquismo era de prever. Necessário se torna que chegue às pessoas a sua prepotência . G.Domingo

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  8. Eu pago IRS!!! Portanto até dava jeito o bónus de 5%. Isso não me impede de considerar a proposta dos vereadores do PS extremamente demagógica. Se Vairinhos tivesse vencido prescindia desses 5%? Por acaso essa medida constava no programa do PS? Óbvio que não!!!
    Agora que o dinheiro das receitas da Câmara seja mal aplicado, isso estou de acordo. Também concordo que há excesso de "festas" só para encher o "olho" e fazer muito barulho. Se eu morasse num lugar que o barulho me incomodasse apresentaria queixa contra a CML.
    Reitero: Não existe Câmara alguma em Portugal que prescinda, na totalidade, dos 5% do IRS. Em 2009 Loulé foi dos poucos, muito poucos, municípios que reduziu essa taxa. A reduziu em 2 pontos percentuais.
    Nota: Nunca votei no PSD. Nunca. E já tenho votado PS.

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  9. Os 1º, 2º e último comentários são nítidamente defensores da governação aqui no SERUSQUITÃO; então meus senhores, o prescindir das receitas de 5% do IRS de um dos municípios mais "RICOS" do país, para os seus residentes, não seria coisa do outro mundo!!! Tem AVONDE

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