É conhecida a capacidade que o mundo do futebol tem, de poder funcionar para muita gente das classes populares, como veículo de mobilidade social ascendente. Maradona foi o rei que veio das mais pobres zonas da Argentina e Cristiano Ronaldo é proveniente de um meio social fracamente dotado em capital económico e cultural.
Mas se o futebol pode funcionar como um verdadeiro canal de mobilidade social para muitas crianças e jovens que de outra maneira "nunca venceriam na vida", ele pode também funcionar como uma autêntica fábrica de sonhos, frustrações e desilusões.
Há uma zona oculta do campo futebolístico que se prende com a precarização do trabalho. Com os salários em atraso. Com carreiras adiadas eternamente. E com divídas salariais eternas por pagar. Depois há ainda a transição do final de uma carreira, que mesmo quando é vivida com sucesso, perante a ausência de recursos escolares e de outras competências profissionais para além das futebolísticas, pode levar ao vazio profissional e a tremendas dificuldades de reconversão profissional. O final de uma brilhante carreira pode ser o início de uma descida aos infernos. E garanto-vos que a experiência de regressão social pode ser muito pior que a da não ascensão social.
Pela mão do António Boronha deparei-me com isto: http://notas-de-un-forofo.blogspot.com/2009/07/paco-fortes.html
Eu ia ao Estádio de São Luís de propósito ver jogar Paco Fortes. O extremo que punha em sentido a defesa de qualquer dos três grandes clubes portugueses. Um dos melhores estrangeiros que passou pelo futebol em Portugal. Penso que o Sporting Clube Farense lhe deve uma homenagem.
Ver aqui a fonte: http://antonioboronha.blogspot.com/2009/08/paco-fortes.html
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