Nota: Foto nº 5
Então é assim. Já fiz a denúncia do abate de árvores no Parque Municipal de Loulé, à GNR, através do serviço SOS Ambiente e Território. Informaram-me delicadamente o número do "meu processo" e esclareceram-me, quando sugeri estarmos perante um possível crime público, que só no caso de abate de árvores classificadas como de interesse nacional e/ou em caso de estarmos perante espécies protegidas é que se poderia tratar da categoria de crime ambiental. Perguntei, então, se no caso de eu agarrar numa motosserra e decidir cortar quatro ou cinco daquelas belas árvores no Parque Municipal se não haveria problema algum. Informaram-me que sim. As Juntas de Freguesia e as Câmaras Municipais teriam competências, se o entendessem, para proceder aos abates. Eu, é que nem pensar nisso.
Fui informado ainda que "estas coisas são demoradas" e que irei receber a resposta por escrito daqui a algum tempo. Percebi que me enganei na leitura de Verão. Em vez de andar a ler o 1984 de George Orwell, deveria ter optado pelo Processo de Franz Kafka.
Contactei depois a Junta de Freguesia de São Clemente. Aqui a resposta foi imediata e pronta. A Junta de Freguesia não tem competências na intervenção dos espaços públicos pois isso compete às Câmaras Municipais, mas no entanto a Junta de Freguesia ficou de averiguar junto da Câmara Municipal qual a razão para tais abates.
Sugeriram-me então que contacta-se a Câmara Municipal de Loulé para mais informações. Foi o que fiz. Agradecido do conselho, escrevi directamente ao Presidente da Câmara Municipal de Loulé. Fico a aguardar notícias. Como vos disse aqui, ainda não perdi a confiança nas instituições encarregues de cuidar do Bem Público. Espero em breve ter novidades.
Caro João:
ResponderEliminarCreia-me: admiro (e invejo) a sua perseverança.
Infelizmente, vivemos num meio em que «as pessoas» não se importam, nem entendem o que é isso de crime ambiental.
Um abraço.
L.A.
Caro Lourenço,
ResponderEliminarObrigado pela palavra amiga. Infelizmente, como diz, para além da cultura ambiental no nosso país ser muito frágil (embora seja de salientar que já foi pior do que no tempo presente) a "ignorância" ainda se atreve a ostracizar os defensores da causa ambiental. E acredite que não se trata de "fundamentalismo". Trata-se tão somente de ouvir cantar o passarinho, levantar a cabeça na sua direcção, olhar e...ver...
Abraço e continuação de excelentes posts no Calçadão.
João Martins