Passos Coelho andou-nos a vender a ideia de que era preciso ir mais longe do que a Troika. Hoje, o FMI diz que Portugal ficou aquém do que era necessário. Olli Rehn, Vice-Presidente da Comissão Europeia, depois de ter sido um fiel defensor das políticas de austeridade veio hoje dizer que a austeridade só por si não chega e tem que ser combinada com o crescimento económico. O pior destas ideias é que estamos a falar de conciliar coisas que na sua essência são intrinsecamente inconciliáveis. A austeridade é por definição recessiva. Em Portugal, Cavaco Silva conseguiu ver na austeridade a possibilidade de uma coisa "digna". António José Seguro veio logo a correr de seguida dizer que o que era preciso era uma austeridade "inteligente". E no dia que o desastre social for completo era gentinha sem alma, inteligência e nome dirá qualquer coisa que componha as burrices de que se compõe o seu pensamento. Sim, a Troika e o Governo devem ser julgados no fim desta história por crimes contra a humanidade. Há já fome nas nossas escolas.
Foto: João Martins, na III Marcha dos Indignados, em Lisboa.
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