A cultura é a alma de um povo. Ela não se adquire por decreto, nem pode ser conquistada por um acto de magia, através do Euromilhões.
A cultura adquiri-se no médio, longo prazo, e depende da vontade dos cidadãos em adquiri-la e da promoção cultural levada a cabo pelos povos e pelos poderes públicos e políticos.
A política nacional para a cultura tem estado pelas ruas da amargura. O combate ao défice, esse monstro dos tempos modernos, e a ausência de sensibilidade cultural dos nossos governantes, legitimam a fraca aposta cultural da nação, num país em que as coisas da educação e da cultura deveriam estar na ordem das prioridades.
A nível local, no Algarve e, em particular, em Loulé, apesar do crescimento da oferta cultural nas duas últimas décadas; esta está a anos luz das necessidades de educação cultural das populações locais e é notório a ausência de estratégia cultural para o concelho.
Existem, quando muito, eventos e iniciativas desconectadas muito dependentes da frágil e meritória iniciativa de grupos, escolas e associações culturais, mas que se revelam insuficientes ao desenvolvimento cultural das populações do nosso território.
A internet e os blogues têm hoje um papel importante na vida cultural das populações. Ao toque de um clique do rato, temos vídeos de Maria Callas, Edith Piaf, Carlos Paredes, Zeca Afonso, Charles Aznavour, Vivaldi, Mozart e tantos outros. É uma autêntica torre de babel cultural.
Mas os gostos culturais não se compram na farmácia. Não basta existir todo um mundo de cultura ao dispor da sociedade de massas para elevar os gostos culturais.
Sem uma verdadeira educação para a cultura, nunca haverá uma procura cultural digna desse nome.
Para quando uma estratégia cultural consistente para o concelho de Loulé?
Até para o ano
É verdade João Martins. Jamais pensei que viria um tempo em que com um simples clik teríamos acesso a todo o tipo de música e até canções de há 40 e mais anos incluindo video-clips. Loulé também tem a sua história musical. Mas poucos se importam com isso. O pessoal está entretido com os velhos interludios da velha TV. Uma boa noite. Palma
ResponderEliminarBoa noite amigo Palma. Concordo plenamente com a sua alusão à história músical de Loulé. A "descoberta", valorização, apoio à promoção e à divulgação da música produzida localmente teria que fazer forçosamente parte de uma estratégia de desenvolvimento cultural do concelho.
ResponderEliminarPorque não a publicação de uma obra que faça uma revisitação histórica do que de melhor se faz da música local? Quem são os grupos, as obras, as personagens, os contextos...
Como estamos de saúde na educação e formação músical na nossa paróquia? Não ficamos sem conservatórios agora, porque não temos nenhum...e porque não um concervatório de música ou um instituto de formação músical para a cidade?
Há muito pouco tempo comecei a seguir os blogs do nosso concelho e dou os meus parabéns por esta iniciativa ligada à música. A Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva lá vai fazendo algum trabalho tendo cerca de 20 alunos, a maioria com menos de 15 anos mas sem termos sede própria neste momento não podemos fazer mais...
ResponderEliminarOlá Albano. São entidades como a Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva que merecem todo o apoio das entidades responsáveis do nosso concelho. É um trabalho louvável na elevação dos gostos culturais e músicais da população de Loule. Por vezes invísivel para os mais distraidos, mas de uma importância fundamental.
ResponderEliminarPenso que era mais que merecido o apoio à construção da vossa sede. Porque não uma casa do artista para Loulé?
Abraços.