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quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Neoliberalismo e redefinição das significações sociais: Quando justiça social é sinónimo de pobreza

Lapsus linguae

"(...) Cometemos erros de linguagem e de pronúncia no decurso de conversas, aulas, discursos e outras situações de fala. Nas suas investigações sobre a "psicopatologia da vida quotidiana" Freud analisou numerosos exemplos de tais lapsos de língua (Freud, 1975). De acordo com Freud, cometer erros ao falar,incluindo a má pronúncia ou a má colocação de palavras, gaguejar ou tartamudear, nunca é, de facto acidental.
Os erros são sintomas de conflitos interiores, associados às formas como o inconsciente influência o que dizemos e fazemos conscientemente. Os lapsos da língua têm uma motivação inconsciente - por motivos ou sensações reprimidos no nosso consciente, ou que tentamos, conscientemente mas sem sucesso, suprimir.
(...) Como em muitos outros mal entendidos de actos ou palavras, os deslizes de linguagem são muitas vezes engraçados, e podem passar por anedotas. A diferença reside em saber se o orador tinha a intenção consciente de dizer as palavras daquela maneira."

In Anthony Giddens, Sociologia, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1997, pp.127-128.



Como interpretaria Freud este lapsus linguae?

1 comentário:

  1. Difícil é, encontrar simpáticas justificações paara tão "sincero" lapso, quando alguém como eu não tem qualquer aumento em dez anos e vê direitos adquiridos retirados... estou, de facto mais "pobre"... é verdade! Poderei dizer que fugiu-lhe a boca para a verdade! Isso seria bom e reflexo de lúcida análise, mas sendo "teimoso que nem uma besta", vai prosseguir no empobrecimento da classe média.

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