Na sequência de uma carta assinada por cerca de 200 médicos especialistas do Centro Hospitalar do Algarve, dirigida ao Presidente do Conselho de Administração desta unidade hospitalar, denunciando a degradação dos cuidados de saúde prestados à população algarvia, o PCP apresentou, no dia 15 de janeiro, um requerimento (em anexo) para a realização, com caráter de urgência, na Comissão de Saúde, de audições do Presidente doConselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS), do Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e de representantes dos médicos dos hospitais algarvios.
O requerimento do PCP foi rejeitado pela maioria PSD/CDS, inviabilizando as referidas audições na Assembleia da República. Dias depois, deputados do PSD anunciavam que iriam realizar reuniões, no Algarve, com os conselhos de Administração do CHA e da ARS. O PCP não pode deixar de denunciar a hipocrisia política do PSD e do CDS que, no Algarve, dizem estar preocupados com os problemas que afetam os hospitais da região e, na Assembleia da República, inviabilizam uma iniciativa do PCP para análise e debate desses mesmos problemas.
Entretanto, por iniciativa da Presidente da Comissão de Saúde, realizou-se no dia 21 de janeiro uma audiência de representantes de médicos dos hospitais algarvios, na qual foi dado um testemunho arrepiante sobre o nível de degradação dos cuidados de saúde no Centro Hospitalar do Algarve: falta de fraldas para os doentes, substituídas por toalhas envoltas em sacos de lixo; falta de agulhas endovenosas para tirar sangue ou para administração de fármacos; falta de envelopes para enviar aos utentes as convocatórias para as consultas externas; falta de medicamentos, incluindo antibióticos e aspirina 100 mg; adiamento de cirurgias por falta de material clínico; etc. Nesta audiência, aberta a todos os deputados, não compareceu qualquer deputado do PSD e do CDS.
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