Carta aberta dirigida aos,
Ex.mo Senhor Primeiro Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho
Ex.mo Senhor Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo
Ex.mo Senhor Presidente do Centro Hospitalar do Algarve, Dr. Pedro Nunes
Estamos aqui hoje à porta do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve como cidadãos preocupados com a desastrosa gestão técnica e política do sistema público de saúde da nossa região. Cremos que Hipócrates andará neste momento às voltas no caixão. As denúncias públicas levadas a cabo pelos profissionais de saúde da falta de medicamentos para doentes oncológicos, da falta de materiais básicos tais como agulhas, fraldas, ou outros que tais, o adiamento de intervenções cirúrgicas por falta de material, a falta de pessoal médico, o fecho e a concentração de unidades hospitalares, uma gestão política baseada na instituição da ameaça e do medo configuram em nossa opinião um claro crime público que deve ser tratado como tal. Só uma política cega de destruição do Serviço Nacional de Saúde, ou então, não sejamos ingénuos, uma política intencional de privatização acelerada do sector em favor dos negócios dos amigos do privado pode estar a levar à prática, sem uma quaisquer espécie de pudor, uma tal banalidade do mal. E é porque enquanto cidadãos recusamos a destruição dos serviços públicos de saúde que aqui estamos a pedir contas aos responsáveis pelo estado a que a saúde do Algarve chegou. Pedimos assim a demissão imediata do Senhor Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, Dr. Pedro Nunes, a demissão do Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo e a demissão do principal responsável por estas políticas, o Senhor Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho. Estes senhores com as suas políticas criminosas primeiro tiraram-nos a carne, agora estão a roer-nos os ossos. Se a falta de vergonha e de ética na política pagassem imposto não precisavam de destruir milhares de vidas humanas para pagar uma dívida que não foi contraída pela maior parte do povo português. Exigimos a vossa demissão já. Não nos deixaram alternativa. É uma inevitabilidade incondicional se quisermos ainda ir a tempo de impedir a destruição da saúde dos algarvios.
Cordiais saudações
O Movimento de Cidadãos em Defesa dos Serviços Públicos de Saúde do Algarve
Faro, 2 de Fevereiro de 2014
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