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sábado, setembro 17, 2011

O Ingresso do Pedro No 1º Ciclo do Ensino Básico III

Hoje o Pedro vai no quarto dia de escola. Teve duas professoras. De manhã esteve na sala a professora "substituta". À tarde a professora que já foi entretanto colocada, que está grávida de vários meses, que daqui a alguns dias irá embora e que não pôde comparecer de manhã. De manhã junto da porta da escola uma avó muito nervosa pediu-me o meu número de telemóvel pois estava preocupadíssima com a situação. Da porta da escola logo pela manhã ao perceber que a "verdadeira" futura professora não estava, arranquei para o gabinete do director. Depois de lhe explicar a gravidade da situação disse-me que não estava ao seu alcançe fazer nada que pudesse resolver a potencial brutal instabilidade deste percurso educativo. Informei-o que vou recorrer a todas as vias possíveis e imaginárias para que o Pedro tenha um trajecto escolar digno. Aconselhou-me que o fizesse e que se quisesse escrevesse para o Ministro da Educação. Agradeci o conselho, dizendo-lhe que também o farei certamente. Soube nesse dia também, por coincidência, numa pastelaria ali perto em conversa com uma mãe, que ia haver assembleia da Associação de Pais há noite. Lá fui eu há noite para a Assembleia da Associação de Pais. Reunião muito interessante, mas o senhor presidente da Associação de Pais lá nos foi avisando (aos pais) que não eram para ali chamados questões pessoais dos pais. Depois lá se reconheceu que a colocação de professores e o regular funcionamento do processo educativo de uma turma é uma questão de interesse geral. Mas o senhor Presidente da Associação de Pais já tinha conhecimento da "turma" do 1º ano que tinha uma professora que se atrasou na colocação um dia e que estava grávida e que o pai já andava a reclamar". Um caso de interesse geral já andava nos corredores do diz que disse a ser transformado em caso de um "problema pessoal de um pai". Deixo um aviso à navegação, a quem por acaso me estiver a ler. Este processo não vai parar enquanto não se encontrar uma solução minimamente digna para o processo inicial de escolarização do Pedro. A escola em conjunto com o respectivo ministério não colocaram os professores nas turmas de forma competente, eu agora quero pelo menos um remendo que minimize o mal maior que já foi feito às crianças daquela turma.

7 comentários:

  1. Estou contigo!

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  2. Obrigado pelo apoio. Já sei que há mais pais muito preocupados e que pretendem falar comigo. A relação com o Agrupamento Vertical de Escolas Padre João cabanita em vez de ter começado com uma relação de confiança entre pais e professores está a começar a ser o início (vou utilizar a expressão) de uma guerra. E quem via à guerra dá e leva.

    Um abraço amigo
    João Martins

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  3. Ola boa noite. Acabei de ler o post do pai do Pedro e pergunto-me se ele estaria a dizer a mesma coisa caso se se tratasse da mulher dele...
    Porque como todos nós sabemos, todos temos direito à maternidade e paternidade....
    Será que quando a mãe do Pedro optou por ser mãe desempregou-se????
    E porque motivo, o Pedro, ou o Francisco ou o Bernardo ou a Maria serão diferentes do resto das crianças deste país... porque todas as mulheres( e de todas as profissões) têm o direito à maternidade, que é aliás um direito constitucionalmente consagrado.
    Até poderei pensar e preocupar-me tal como o pai do Pedro, mas incomoda-me saber que existem pessoas que se julgam superiores às outras...e que os seus filhos são superiores ou merecem um tratamento diferente... Se a professora está grávida concerteza que fará o seu melhor até à data em que a natureza a chamar para trazer ao mundo mais uma criança...e nesse momento o Ministério nomeará uma substituta, como aliás decorre dos normativos legais em vigor. E o Pedro ou qualquer outro aluno nestas circuntâncias terá o percurso escolar que lhe estiver reservado....ou será que o pai do Pedro não é filho de uma mulher?????

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  4. Caro amigo não vale a pena vir para aqui gerar confusão sobretudo se continuar escondido atrás do anonimato. Não está em causa o respeito que eu tenho e que a escola deve ter de se assegurar os direiros à senhora professora que está grávida. Mas o senhor acha correcto colocar-se uma professora no primeiro ano de um 1º ciclo sabendo-se que a senhora está quase com perto de sete meses de gravidez? Acha isso normal? Leia os posts em baixo que vai perceber toda a situação. E vá acompanhando este caso poiis se ele não for resolvido isto ainda vai dar que falar. Eu estou, simplesmente, furioso. Depois conto-lhe a história toda.

    João Martins

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  5. Em relação ao comentário anterior tratei-o por senhor mas não excluoa hipótese de ser uma senhora. Se se tratar de uma senhora, cara anónima desculpe a inversão do género. E não, a mãe do Pedro não perdeu o emprego, mas a avó teve que deixar de trabalhar. A senhora que está tão arreliada, contrinuiu alguma coisa para que a avó do Pedro não perde-se o emprego?

    Cumprimentos
    Senhor ou senhora anónima das 12h36mn A.M.

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  6. Como mulher sinto-me indignada e chocada porque este tipo de comentário ouvia-o quando era catraia e se vivia o rescaldo da ditadura, em que as mentalidades das pessoas resistiam aos ventos de mudança, passados trinta e tantos anos, ouvir tais comentários deixa-me no mínimo revoltada com a mentalidade machista e discriminante, que põem em causa tantos anos de democracia... já agora mandemos as mulheres de volta aos fogões e aos tachos... porque parece que é aí que pertencem aos olhos do pai do Pedro...como se sentirá o filho da sra professora grávida quando, ainda não veio ao mundo e já sofre na pele a discriminação e a intolerância? Como pode a professora do seu filho ensinar aos seus alunos que todos somos diferentes, mas todos somos iguais, quando ela própria não é respeitada nos seus direitos como ser humano?

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  7. Cara anónima,

    Eu sou o primeiro a defender a senhora professora que está grávida e a ter muito prazer de que ela seja professora do meu filho. Mas é preciso que não tenha havido batota na colocação de professores nas turmas. Sabe que há professores que lecionam na escola na outra turma onde o meu filho não ficou. Se tudo todas as regras foram cumpridas, eu não falo mais no assunto. Mas eu não tive garantias disso, tá a ver. E não poderei ficar calado perante a possibilidade do jogo das colocações poder não ter sido transparente.

    Cumprimentos
    João Martins

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