A minha Lista de blogues
domingo, julho 31, 2011
O Jardim da Madeira e do PSD

A Glocalização à Porta de Casa
2. Espaço verdadeiramente público com função produtora de convívio e aproximação social, nem vê-lo. Cada vizinho mora no seu buraco apartamental e a categoria de vizinhança é quase que imposta pela mera obrigação do bom dia ou boa tarde dos encontros furtivos de cada situação social. Se não há a construção política de um espaço público fazedor de mixofilias, há pelo contrário uma segmentação apartamental do espaço residencial produtor de mixofobias. Em cada vizinho habita um potencial estranho e em cada estranho um desconhecido habitual.
3. Desde que decidi irresponsavelmente permitir a brincadeira colectiva fundamental satisfazendo o apetite insaciável de mixofilia da criançada habitual, o Sacha (em português Alexandre) todos os dias vem bater à minha porta a perguntar se o Pedro pode ir brincar. O Sacha é, disse-me o Pedro, da Moldávia e com o Sacha o Pedro adora brincar. Estava a ler este fim de semana Zygmunt Bauman e a sua obra "Confiança e Medo na Cidade" e não pude deixar de reparar que para as crianças é muito mais "natural" a prática da mixofilia. É espantosa a facilidade das crianças fazerem conhecidos, ignorarem barreiras culturais e "étnicas" e partirem à aventura da brincadeira mesmo com desconhecidos que rapidamente se tornam "amigos".
4. Um dia o Sacha tocou à campainha da porta, abri e perguntei-lhe se queria entrar para fazer companhia ao Pedro. Respondeu-me o Pedro que não. Os pais do Sacha não queriam o Sacha na casa dos amigos. Compreendo os receios dos pais, mas não deixa de ser interessante como os adultos partem mais facilmente para relações mixofóbicas, de evitamento e de receio dos outros e do desconhecido. A mesma globalização que há porta de casa engrandece o Pedro e o Sacha é a mesma globalização que produz em cada vizinho, lado a lado, por vezes no mesmo prédio, estranhos desconhecidos de quem não hesitamos em nos proteger. A globalização à porta de casa. Tempos novos de um mundo por reinventar. E a reinvenção, política, deveria acontecer, sem hesitações, em direcção a mais mixofilia. É essa é a reinvenção que vale a pena inventar. Essa e só essa pode atenuar a tendência citadina crescente da mixofobia.

sábado, julho 30, 2011
De Novo - As Habilidades do Engenheiro Macário Correia
Depois de ter dito o que disse e de ter desdito o que atrás já tinha dito, o engenheiro Macário voltou ontem no Observatório do Algarve a desdizer o que anteriormente disse. De início contra as portagens apelando à desobediência civil. Depois com o governo PSD a tentar convencer os algarvios das "inevitabilidades". Agora, a crer-nos convencer a todos que a justiça da introdução de portagens depende da "requalificação" da 125. Ora a rua nacional 125 não é "requalificável". Umas largas dezenas de rotundas numa estrada onde mal cabem dois carros não faz uma "requalificação". Que o engenheiro Macário Correia queira desdizer o que disse do que já tinha dito, para "reparar" o absoluto desconforto dos que ouviram o que ele disse e desdisse, a gente ainda entende. O que não se entende é a sua contínua persistência em tomar o povo algarvio por parvo. E já era hora de ter reparado nisso. É que beijar uma mulher que fuma, não é, por muito que nos queiram fazer crer disso, o mesmo que lamber um cinzeiro.
Ver, as novas declarações de Macário Correia, aqui:
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=46820

quinta-feira, julho 28, 2011
Cordão Humano Contra as Portagens na Via do Infante
Sem paz social não há reformas douradouras mas sem reformas justas não há paz social. Nascidos e residentes no Algarve ciber mobilizam-se, de novo, contra as portagens na Via do Infante a 1 de Setembro.
Ver tudo aqui: http://pt-pt.facebook.com/pages/Algarve-Portagens-na-A22-N%C3%83O/146137288757421?sk=wall

quarta-feira, julho 27, 2011
Ajudar a Banca

segunda-feira, julho 25, 2011
O Engenheiro Macário Correia, A Política e Os Políticos
2. Depois das mentiras de Sócrates terem contribuido para o pouco que resta da credebilização da política e dos políticos em Portugal, o engenheiro Macário Correia com as suas posições contra e a favor das portagens na Via do Infante, ziguezagueando ao sabor do momentos e das suas leituras do momento só ajudou ainda mais ao fomento da percepção popular de que os políticos são uns troca tintas. Vale a pena reforçar as palavras com que o próprio termina o seu desdito hoje no jornal Região Sul: Sejamos todos responsáveis.

You Know I'm No Good
Boa semana para todos os seres humanos vivos. You Know I'm No Good. Amy Whinehouse. Ultimamente ando cheio de medo da morte. Penso que já só vivo para aí mais uns trinta se normalidade existisse nestas coisas. Isso assusta-me. Queria mais, muito mais. Queria ver e saber tudo.

domingo, julho 24, 2011
Aliviar A Dor
2. Nesta mesma semana, em Portugal, toda a direita portuguesa mais o PS (não tem emenda) rejeitaram na Assembleia da República uma proposta de restruturação da dívida portuguesa avançada pelo PCP. Voltaremos à "realidade" (maldita realidade) daqui a algum pouco tempo. Estaremos cá para ver.
3. Se alguém pensa que as medidas tomadas pelos líderes europeus esta semana vão resolver o que quer que seja da actual crise da Europa está muito enganado. As medidas que vão efectivamente no bom sentido mais não fazem do que aliviar a dor. O fascismo financeiro austeritário tem a sua centralidade nas medidas da Troika. E enquanto essas medidas que levam os países a uma profunda recessão não forem totalmente alteradas de cima a baixo a crise não tem solução. É o círculo vicioso do austeritarismo recessivo. Acreditem se quiserem. Vale o que vale. Eu até nem sou economista.

sábado, julho 23, 2011
Do Fascismo Financeiro Austeritário
"Passar na portagem sem pagar vai permitir ao Estado a penhora do carro do infractor. A decisão, ontem revelada pelo Ministério das Finanças, implica que, no limite, quem passe, por exemplo, na Ponte 25 de Abril sem pagar 1,45 euros de portagem possa ficar sem o carro para pagar a dívida. "

quinta-feira, julho 21, 2011
Reacções Blogosféricas às Declarações de Macário Correia Sobre as Portagens na Via do Infante
Ver os setenta e quatro comentários a uma certa postagem aqui:
http://adefesadefaro.blogspot.com/2011/07/depois-de-se-ter-recusado-aceitar.html

Intervalo
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa

terça-feira, julho 19, 2011
Eu Sou Contra, Mas Também Sou A Favor, Mas Eu Sou Contra, Mas Também Sou A Favor...
Declarações de Macário Correia sobre a introdução de Portagens na Via do Infante.
Ver aqui: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/comissao-de-utentes-contra-palavras-de-macario-correia

Notas soltas sobre bancarrota e outros devaneios
2. Obama disse por estes dias que os EUA não são a Grécia, nem Portugal. O que não abona muito em respeito pelo seu cão de água. Quando o Presidente dos EUA diz uma coisa destas, melhores dias já tiveram os EUA.
3. O Partido Comunista de Loulé emitiu um comunicado contra a higienização da sua propaganda levada a cabo pela Câmara de Loulé. O jornal a Voz de Loulé quis ouvir a outra versão e foi ouvir um responsável da Câmara de Loulé (e escreveu que ia ouvir a outra parte, ou seja a Câmara de Loulé, isto é o que deve fazer sempre o bom jornalismo).
4. Para se perceber a dimensão da crise valeu a pena ver o Prós e Contras de hoje à noite. Ricardo Paes Mamede, João Ferreira do Amaral e Viriato Soromenho Marques de um lado (este último com posições mais "moderadas") e no pólo oposto João César das Neves. Para se perceber a dimensão da crise é preciso ter visto César das Neves (e muito gesticulou o homem, abençoado pluralismo) em minoria e Fátima Campos Ferreira a interpelá-lo como o "mau" da fita. O mundo já não é o que era.
5. Devaneio último: - Vale sempre a pena relembrar esta fabulosa passagem do prefácio de Marx em Para a Crítica da Economia Política: "na produção social da sua existência os homens entram em determinadas relações, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada etapa de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. A totalidade destas relações de produção forma a estrutura económica da sociedade, a base real sobre a qual se ergue uma superstrutura jurídica e política, e à qual correspondem determinadas formas da consciência social. O modo de produção da vida material é que condiciona o processo da vida social, política e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, inversamente, o seu ser social que determina a sua consciência."

domingo, julho 17, 2011
Do Fascismo Financeiro Austeritário
Pedro Passos Coelho encontrou um "desvio colossal" nas contas públicas. Logo em seguida, através da novilíngua orweliana, Vitor Gaspar, o senhor Troika, redefiniu o significado semântico de "desvio colossal" para "trabalho colossal", que o mesmo é dizer, mais austeridade como solução para o fracasso das medidas de austeridade. Hoje, Passos Coelho já anunciou para breve o anúncio de mais austeridade. E anunciou o anúncio com ar triunfante. A austeridade transformou-se numa coisa boa, num sinal simbólico de coragem e virtude e o seu anunciador é tido como um homem providencial virtuoso. De certa forma é a continuação absurda da crença num homem "determinado". Os contribuintes alemães agradecem e Portugal assemelha-se cada vez mais com a virtuosa orquestra do Titanic. Já não é só a "Tempestade Perfeita". É um verdadeiro "Naufrágio Colossal".

A Doutrina Do Choque
Se o documentário grego "dividocracia" é fundamental para se perceber a crise das dívidas ditas "soberanas", o documentário que melhor retrata o fascismo financeiro austeritário é sem sombra de dúvida "A doutrina do choque" onde se aborda os efeitos intencionais do capitalismo de desastre. Volto a colocá-lo de novo à disposição de quem quiser ver, porque me parece indispensável.

quinta-feira, julho 14, 2011
Do Fascismo Financeiro Austeritário
2. O segundo estado de choque das virgens ofendidas vai ser, em breve, em relação ao brutal falhanço do plano da Troika. Baixar salários contribui para a dinamização da economia nacional? Despedir pessoas em massa contribui para o desenvolvimento da economia nacional? Aumentar os impostos desenfreadamente contribui para o desenvolvimento da economia nacional? Propôr condições drakonianas para pagamento dos juros contribui para o desenvolvimento da economia nacional? Privatizar os melhores recursos públicos do Estado contribuindo para o enriquecimento súbito de alguns actores privados contribui para o desenvolvimento da economia nacional? Baixar de forma abrupta o poder de compra dos consumidores contribui para o desenvolvimento da economia nacional? Gerar um clima de medo nos locais de trabalho contribui para o desenvolvimento da economia nacional? Fazer crer às pessoas que o sofrimento austeritário é bom para elas contribui para o desenvolvimento da economia nacional? Retirar a capacidade de fazer futuro às pessoas é bom para a economia nacional? Alguém pode acreditar que este conjunto de medidas, só para citar algumas, vai permitir "alavancar" a economia e contribuir para o pagamento da dívida dita "soberana" da economia nacional? Alguém com o mínimo de bom senso acha que este conjunto de medidas vão contribuir para o desenvolvimento económico e social de Portugal?
3. Pelo menos duas coisas são espantosas nesta crise. Em primeiro lugar a dimensão a que pode chegar a cegueira ideológica colectiva (a última cegueira ideológica que me impressionou foi o silêncio e o unanimismo do PS à volta de Sócrates). Como é possível que tanta mente altamente escolarizada não veja que o mundo se está a desmoronar à sua volta e que não veja que o plano da Troika é um caminho traçado para um poço sem fundo de impossível saída? A segunda coisa espantosa é ver a que ponto se pode espremer o sofrimento de um povo. Qual é o limite? Quem leu umas coisas sobre o que foi o holocausto nazi sabe que o limite pode ir para além do imaginável. Assistimos hoje a um dos maiores saques da história do capitalismo ao nível das transferências de rendimento do trabalho para o capital. Haverá capacidade de indignação suficiente que evite a catástrofe?

Nada Do Que Deva Ser Estatal Permanecerá Nas Mãos Do Estado
Obrigado ao Sérgio pelo envio do link. Excelente vídeo sobre o fascismo financeiro neoliberal.

terça-feira, julho 12, 2011
Para Que Serve o Estado?
Segundo o documento, a população residente em risco de pobreza, ou seja, com rendimentos anuais por adulto inferiores a 5.207 euros, mantinha-se nos 17,9 por cento, o mesmo que no ano anterior. Porém, se a análise excluir as transferências sociais - pensões de reforma e sobrevivência e subsídios relacionados com a doença, incapacidade, família, desemprego e inclusão social - a proporção sofre um agravamento: dos 41,5 por cento registados em 2008 para os 43,4 por cento de 2009.
Ver mais aqui:
http://www.publico.pt/Sociedade/sem-a-ajuda-do-estado-43-dos-portugueses-estariam-em-risco-de-pobreza_1502512

Portagens Na Via Do Infante Não São Uma Inevitabilidade
Ao contrário do que nos quer fazer crer o Engenheiro Macário Correia nas suas declarações à imprensa de há alguns dias atrás, a introdução de portagens na Via do Infante não é uma inevitabilidade. Um negócio que é ruinoso para o Estado, que é pago com o dinheiro dos cidadãos, que prejudica fortemente a região do Algarve e que enriquece as concessionárias com o dinheiro dos contribuintes é não só injusto como totalmente ilegítimo. E se é ilegítimo não pode ser uma "inevitabilidade".

segunda-feira, julho 11, 2011
Do Fascismo Financeiro Austeritário
O mais interessante desenvolvimento da última semana é que a Moddy's deslegitimou as políticas fascistas austeritárias da Troika e a Troika deslegitimou o fascismo austeritário das agências de rating. O que é de espantar é o facto dos políticos que nos governam, a parte mais conservadora do campo jornalistico, os economistas ortodoxos que se passeiam na TV e os reacionários ligados aos interesses da banca, terem entrado em estado de negação (onde é que já vi isto?). Que as agências de rating obedecem a interesses privados nós já sabiamos há muito tempo, que elas tenham decretado arrogantemente e ilegitimamente o "lixo" à República, às cidades de Lisboa e Sintra, aos Arquipélagos e à banca não temos qualquer dúvida. Mas negar que o país está no fundo do caixote do lixo e que as políticas da Troika são parte do problema e não da solução é coisa que só a lógica não consegue explicar.
A aparente apatia produzida pelo fascismo conservador austeritário com a ajuda da "nova" comunicação social (O jornal Sol desta semana com destaque para o seu director ultrapassou os limites do pensável) desde o tempo das eleições é não só espantosa como altamente perigosa. Se se quiser fazer crer de novo que o problema é das agências de rating (que também é) e que a Troika é a salvação, quando isto rebentar de vez nem a Nossa Senhora de Fátima nos salva. E ela deve ter segredado a Dom José Policarpo que o corte fascista no subsídio de férias era uma obra divina.

sábado, julho 09, 2011
Portagens Na Via do Infante Não São Uma Inevitabilidade
Ao contrário do que nos quer fazer crer o Engenheiro Macário Correia nas suas declarações à imprensa de hoje, a introdução de portagens na Via do Infante não é uma inevitabilidade. Um negócio que é ruinoso para o Estado, que é pago com o dinheiro dos cidadãos, que prejudica fortemente a região do Algarve e que enriquece as concessionárias com o dinheiro dos contribuintes é não só injusto como totalmente ilegítimo. E se é ilegítimo não pode ser uma "inevitabilidade".

Pela Mobilidade e Sustentabilidade no Algarve
No próximo sábado reuniremos, em Loulé, para discutir o balanço da nossa ação em defesa de um Algarve livre de portagens, e para ver o que faremos no futuro para mantermos viva a ideia e a prática de rejeitarmos mais taxas que nos empobrecem e a toda a região, nestes tempos difíceis.
Uma das possibilidades, que já tínhamos previsto, é a criação de uma estrutura formal que melhore a nossa organização e eficácia neste combate, por exemplo uma associação de cidadania. Com esta estrutura poderemos ter uma palavra mais presente e uma intervenção mais respeitada junto das entidades do estado, bem como uma maior agregação dos cidadãos e cidadãs que, no Algarve, se preocupam com a mobilidade, quer seja na Via do Infante ou em qualquer outro sistema, ferroviário, ciclista, pedonal, etc.
Julgo, por isso, que a reunião de Loulé, no dia 9, deve ser alargada a toda a gente que queira associar-se à ideia de defesa de uma mobilidade mais justa e moderna, sem custos para os utilizadores e que promova a inovação de formas de transporte ambientalmente sustentável.
Excelente iniciativa. Ver texto e proposta do Helder Raimundo aqui:
http://contrasensus.blogspot.com/2011/07/o-futuro-da-luta-contra-as-portagens.html

quinta-feira, julho 07, 2011
Notas Soltas Sobre Bancarrota e Lixo
2. Os profetas neoliberais defensores do fascismo financeiro austeritário, num movimento colectivo de neo-indignação, reagiram em choque à descida para "lixo" do rating da república. Passos Coelho, que vai para além da Troika, diz que "levou um murro no estomago". Os banqueiros que sugam o "despesismo" do Estado ficaram apavorados. O presidente da Comissão Europeia, o dr. Barroso "discorda" das agências de rating (foi triste a imagem e o discurso de impotência do Dr. Barroso face ao poder do capital financeiro). A nova directora do FMI diz que Portugal não merecia. O dr. Medina Carreira diz que ficou "estupefacto" e o novo líder parlamentar do PSD, a quem ainda não fixei o nome, diz que não podemos "esmurecer".
3. Em casa vendo e ouvindo a TV continuou-se a falar de "lixo". Não foi só a República que entrou em "lixo". As cidades de Lisboa e Sintra (pasme-se) também estão ao nível do "lixo". Os arquipélagos da Madeira e dos Açores foram corridos para o mesmo caminho (Jardim já "proibiu" a Moody's na Madeira) e algumas das principais empresas públicas cairam na estremeira. Tenho que me pôr a pau senão qualquer dia destes estou a ouvir rádio ou a ver televisão e pasmo, a ouvir, que uma qualquer agência de rating reduz a minha pessoa a "lixo". "Standard and Poors coloca João Martins ao nível Ba2, ao nível do "lixo". A resposta da Moody's às criticas à sua decisão pareceu-se com aquela "vingançazinha" terrível que não poderiamos deixar de fazer à primeira oportunidade que temos para tramar aqueles tipos que falam mal de nós. Na era do fascismo financeiro austeritário as agências de rating fazem parte do jogo que mercadorizou a política.
4. Na televisão pública que foi despromovida à categoria de "lixo" uma jornalista loira de nome Sandra qualquer coisa (é loira e não me lembro do apelido), foi fazer uma reportagem à Grécia. É óbvio que as perguntas que ela por lá fez foram no sentido de mostrar que os Gregos são "despesistas" e "laxistas". Apesar de uma parte da população grega rejeitar este estigma externo a jornalista portuguesa já levava as ideias formatadas. No final da reportagem a cereja em cima do bolo. O comentador convidado: Medina Carreira. Apesar de achar que as agências de rating "são capazes de ter ido longe de mais", Medina Carreira lá concluiu que não vale a pena falar muito nisso. A solução é mais Troika. Apetece-me gritar: "Viva a República". Medina Carreira mostrou ainda dúvidas que aqueles protestos dos gregos que aparecem às vezes na televisão (mais nas estrangeiras do que nas portuguesas diga-se de passagem) sejam significativos do que pensa a população grega. Faltou por pouco dizer que aquelas imagens são de mentira. Apetece-me gritar "Viva a República". Não há por aí um cão Grego?

terça-feira, julho 05, 2011
Tratar Um Povo Como Lixo

Etnografia Da Estrada Nacional 125
Era muito interessante fazer uma etnografia da rua nacional 125. Hoje fui a Almancil e pude constatar que a desorientação política nacional e local é total. Nos últimos dois anos o centro de Almancil esteve em obras (ainda está, em frente ao Apolónia até São Lourenço), e pasme-se, com a finalidade de alargar os passeios e portanto, de estreitar a estrada. Como é possível que isto seja conciliável com a dita "requalificação" da estrada nacional 125? A quantos quilómetros por hora vamos passar a circular para percorrer o Algarve sem pagar taxações indevidas? A política que gasta rios de dinheiro a alargar os passeios para peões (e bem) e a estreitar a via de circulação rodoviária é compatível com a que estimula o aumento da circulação automóvel nas localidades que percorrem a mais famosa estrada do Algarve ?

domingo, julho 03, 2011
Da Mobilidade Social Descendente
Ver aqui:
http://jornal.publico.pt/noticia/03-07-2011/em-casa-ate-tenho-uma-televisao-boa-mas-nao-posso-comer-a-televisao-22300172.htm

Auditoria Cidadã

Charisteas
Bom resto de fim de semana...

sábado, julho 02, 2011
Sinal Positivo Na Política Partidária
Ver aqui: http://www.esquerda.net/artigos/Debates%202011

Passos Coelho

Para onde vai o dinheiro do Subsídio de Férias? Se isto não é roubar aos pobres e remediados para dar aos ricos, isto é o quê? Para o BPN?
Despacho n.º 8770/2011
Considerando que a Caixa Geral de Depósitos, S. A. (CGD), organizou, em conjunto com o Caixa — Banco de Investimento, S. A., o Banco Efisa, S. A., e o Banco Português de Negócios, S. A. (BPN), um programa de emissões de papel comercial do BPN, a emitir até ao montante máximo de € 1 000 000 000, com garantia total de subscrição pela CGD, e que se destina a assegurar o financiamento de todas as necessidades de tesouraria do BPN decorrentes das responsabilidades pecuniárias assumidas na sequência dos apoios de liquidez prestados pela CGD, no contexto da nacionalização, bem como, nessa medida, a permitir o desenvolvimento da actividade bancária normal do BPN; Considerando que os apoios de liquidez prestados pela CGD no contexto da nacionalização, ouvido o Banco de Portugal, foram realizados com vista a assegurar ao BPN uma situação de liquidez adequada a fazer face às suas responsabilidades, nomeadamente perante depositantes, e, nessa medida, a assegurar a estabilidade do sistema financeiro nacional; Considerando que, nos termos do n.º 9 do artigo 2.º da Lei n.º 62 -A/2008, de 11 de Novembro, as operações de crédito ou de assistência de liquidez realizadas pela CGD a favor do BPN, no contexto da nacionalização e em substituição do Estado, até à data da aprovação dos objectivos de gestão do BPN, beneficiam de garantia do Estado por força desta lei; Considerando que, nos termos do disposto no n.º 10 do artigo 2.º da Lei n.º 62 -A/2008, de 11 de Novembro, se encontra observado o limite máximo para a concessão de garantias pessoais do Estado estabelecido no n.º 1 do artigo 80.º da Lei n.º 55 -A/2010, de 31 de Dezembro; Considerando que as condições financeiras da operação são idênticas às anteriormente aprovadas e objecto de parecer favorável do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I. P., nos termos do disposto na alínea t) do n.º 1 do artigo 6.º dos respectivos estatutos: Ao abrigo da delegação de competências proferida nos termos do despacho n.º 4075/2010, de 22 de Fevereiro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 46, de 8 de Março de 2010: 1 — Confirmo que se verificam as condições legais que permitem à emissão de papel comercial a realizar pelo BPN, até ao montante de € 1 000 000 000, ao abrigo do programa de emissões de papel comercial do BPN, cujas condições constam da ficha técnica anexa, beneficiar da garantia pessoal do Estado por força do disposto no n.º 9 do artigo 2.º da Lei n.º 62 -A/2008, de 11 de Novembro.
2 — Determino a fixação da taxa de garantia em 0,2 % ao ano. 9 de Junho de 2011. — O Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Manuel Costa Pina.
Emissão
