No actual contexto, onde o governo perdeu toda a legitimidade nas ruas e ainda assim continua a aplicar as suas políticas, entendemos que é importante aumentar a pressão social sobre quem insiste nas medidas que dilaceram o que resta do estado social e aplicam um verdadeiro saque fiscal sobre o trabalho e o consumo. Este governo, co-autor dos escandalosos números do desemprego, não merece continuar mais um dia à frente de um país que está - como a bandeira das comemorações do 5 de Outubro - virado de pernas para o ar.
Não vamos desarmar. O Movimento Sem Emprego saúda as várias manifestações de desagrado das populações, que de Norte a Sul do país não deixam que nenhum membro do governo usufrua sequer do passeio público, obrigando-os a andar de traseiras em traseiras, até que o medo se transforme em vergonha e abram caminho à realização de eleições. Saudamos especialmente a greve geral marcada pela CGTP, à qual nos associamos, assim como a Marcha do Desemprego. Saudamos especialmente a greve dos transportes, dos estivadores e dos demais trabalhadores que não desistem de lutar pela dignidade do seu posto de trabalho. Saudamos especialmente a corajosa desempregada que calou Cavaco Silva e António Costa no enterro do feriado da República.
Estivemos na rua no passado dia 15 e 29 de Setembro, assim como estivemos no Conselho de Estado. Achamos que esses foram os momentos determinantes no desgaste definitivo deste governo e fundamentais para que se acelere a sua saída de cena. Achamos que esses processos não podem ficar por aqui e também por isso continuaremos a fazer a nossa parte. Em cada desempregado está um desobediente e é também da sua resistência que se abrirão as portas do futuro.
Por isto tudo, porque o Orçamento de Estado será o próximo passo para o abismo, juntamos a nossa força ao chamado que está a ser feito para Cercar o Parlamento, apelando a todas as forças, políticas, sociais e sindicais, para que façam o mesmo. Numa concentração que tem o objectivo de chumbar, nas ruas, o Orçamento de Estado que vai continuar o caminho para a barbárie, sabemos que é entre os que aí se juntarem que sairá a alternativa que falta à sociedade portuguesa.
Dia 15 de Outubro, às 18h, estaremos em São Bento, para evitar nas ruas o que nos querem impor no Parlamento.
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