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sábado, maio 21, 2011

Revolta ou Revolução?



O protesto popular massivo de contestação do austeritarismo recessivo que se levanta em nome da recusa da "inevitabilidade" de uma mais brutais regressões sociais da história do mundo ocidental parece-me ter associado a si o risco de um efeito perverso de nada mudar e de uma descrença ainda maior se instalar. O potencial destes movimentos teria que resultar numa efectiva alteração das estruturas sociais e numa transformação da democracia no sentido de uma maior democratização da mesma. Se estes movimentos não evoluirem à maneira Islandesa, apenas se trata de não mudar nada para que tudo fique como estava. A tomada do parlamento e a responsabilização efectiva da banca e dos agiotas dos mercados financeiros seria o primeiro passo para a restauração da dignidade da democracia. Os Islandeses têm comissões populares eleitas pelo voto popular a refazer a constituição Islandesa. Se não ocorrer nada semelhante nos outros lados os poderes dominantes vão manter tudo na mesma.

3 comentários:

  1. Vítor Aleixo9:43 da tarde

    "Se não ocorrer nada semelhante nos outros lados os poderes dominantes vão manter tudo na mesma."
    Não creio que tudo vá ficar na mesma.Uma vez desencadeada esta dinâmica ou há força para impor aos poderes dominantes:mercados,bancos,midia do sistema e elites político-partidárias ou haverá um refluxo com a imposição de novo ciclo de medidas ainda mais duras.Citemos aqui muito a propósito Walter Benjamim que observou que o fascismo sempre emergiu onde uma revolução ficou por se fazer.
    Não estaremos nós numa situação que a traço grosso é isso mesmo ?

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  2. Caro Vitor Aleixo,

    O meu fica tudo na mesma implica um ordem mais repressiva para assegurar que tudo fique na mesma do ponto de vista económico e social. De acordo, portanto. Mas penso que tem que haver consequências mais efectivas destes movimentos de protesto, sob pena de se cair na foclorização dos protestos. E isso é tudo o que de pior podia acontecer.

    Abraço
    João Martins

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  3. Concordo consigo.
    Um abraço

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