Três anos de reuniões do G20 que visavam criar uma «nova sinfonia planetária» conservaram portanto intacto um sistema que mistura desregulação bancária, prémios faraónicos para os geniozinhos da «inovação financeira» e pagamento de todos os danos que eles causam aos contribuintes e aos Estados. Os socialistas franceses mostram-se indignados pelo facto de «no ano a seguir à crise do subprime os governos terem atribuído mais dinheiro para apoiar os bancos e as instituições financeiras do que o mundo gastou, em meio século, para ajudar os países pobres!». Mas as soluções por eles preconizadas assemelham-se a remendos (sobretaxa fiscal de 15% para os bancos) e a votos piedosos (eliminação dos paraísos fiscais, criação de uma agência de notação pública, taxa sobre as transacções financeiras), a partir do momento em que eles condicionam a implantação destas medidas a uma muito improvável «acção concertada dos Estados-membros da União Europeia».
Assim, a crise que já devia ter sido vista como «crise a mais» foi uma crise para nada. Andrew Cheng, principal consultor da Comissão de Regulação Bancária chinesa, sugere que esta passividade resulta de um «problema de captura» dos Estados pelo seu sistema financeiro. O mesmo é dizer que os responsáveis políticos se comportam demasiadas vezes como marionetas que se preocupam, sobretudo, em não incomodar o festim dos banqueiros.
Por Serge Hamili na última edição do Le Monde Diplomatique.
Ler o artigo todo aqui: http://pt.mondediplo.com/spip.php?article807
Assim, a crise que já devia ter sido vista como «crise a mais» foi uma crise para nada. Andrew Cheng, principal consultor da Comissão de Regulação Bancária chinesa, sugere que esta passividade resulta de um «problema de captura» dos Estados pelo seu sistema financeiro. O mesmo é dizer que os responsáveis políticos se comportam demasiadas vezes como marionetas que se preocupam, sobretudo, em não incomodar o festim dos banqueiros.
Por Serge Hamili na última edição do Le Monde Diplomatique.
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