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terça-feira, maio 17, 2011

Novas Oportunidades

Hoje vou defender as políticas do governo de José Sócrates. A iniciativa "Novas Oportunidades" foi uma das mais inovadoras medidas de política pública para a educação de Adultos do pós 25 de Abril em Portugal. Elas inserem-se na continuação das políticas criadas pela ANEFA no tempo de António Guterres (interrompidas pelo governo de Durão Barroso). São perto dos 70% os valores da população activa adulta que tem o nono ano de escolaridade ou menos. Os empresários ainda têm menos escolaridade do que os seus trabalhadores. Uma tragédia nacional. Os dispositivos de reconhecimento, validação e certificação de competências existem um pouco por toda a Europa sob diversas modalidades. O que propõe o PSD? Um ataque fortíssimo a um programa que tem um papel central na qualificação da população portuguesa adulta. Ataque esse baseado na ignorância. O PCP e o Bloco de Esquerda têm uma obrigação moral (na defesa dos valores de esquerda) em defender acerrimamente este programa. Há coisas na política que têm obrigação de continuidade para a sua melhoria. Esta é uma delas.

3 comentários:

  1. A gentalha do PSD acha que toda a população portuguesa é composta de aldrabões, vigaristas e afins. Hoje um anónimo colocou um comentário no meu blogue em que dizia que Sócrates até era um mal menor. PPC, Catroga e outros da mesma área são tão arrogantes que me dão náuseas e quase me fazem votar no PS. Vedando os olhos, tapando os ouvidos e lacrando a boca para esquecer que votar PS é votar Sócrates!!!

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  2. De facto, o Bloco deve defender as Novas Oportunidades, enquanto mecanismo de certificação das competências acumuladas pelos trabalhadores, cuja exploração social e económica os impediu de realizar qualquer formação escolar compatível com os seus saberes. Louçã fê-lo hoje, e muito bem, mostrando que Passos e o PSD não têm qualquer interesse em respeitar quem trabalha, pois a sua política considera-os indigentes e aldrabões. Também é preciso dizer que não basta requalificar, é preciso criar emprego estável para quem requalifica a sua formação e, já agora, para quem só tem precariedade. E Sócrates não o fez.
    Abraço do Helder.

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  3. Olá Helder,

    Totalmente de acordo. Há uma falácia que normalmente organiza este debate e é preciso não cair nela. Essa falácia diz-nos que a grande função da educação é criar emprego. Ora é preciso dizer que não é. A educação certamente pode ser um mecanismo potenciador de melhor empregabilidade, mas por si só não o pode fazer. Depende da criação de emprego pelas empresas e pelos empregadores, das politicas económicas, da organização do trabalho, da aposta em inovação e em tecnologia. Nunca tivemos tanta gente com tanta qualificação e nunca tivemos historicamente um nível de desemprego tão elevado. É preciso sempre desmontar esta falácia que apenas contribui para a descrença e a descredibilização dos sistemas de educação e formação.

    Um abraço
    João Martins

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