Há uma narrativa que se vai tornando hegemónica no espaço da opinião publicada que é absolutamente delirante. Os consensos dominantes de sempre não admitem a discussão da possibilidade do "acordo" com a troika não ser bom e dão como adquirido a bondade da potencialidade do "acordo" na lógica, mais uma vez, da "inevitabilidade" do mesmo para o desenvolvimento do país.
Esta narrativa absurda vai ter como consequência provável o absurdo da narrativa das suas consequências. Como o acordo é "bom", do que se trata é de ter um bom governo da nação que funcione como rolo compressor que cilindre o "povo português" com as suas inquestionáveis "boas" medidas. Os cérebros de sempre virão sempre dizer que do que se trata é de explicar a bondade das medidas ao bom "povo português" para que as pessoas "entendam" como o "acordo" é bom para elas. Tudo se passa como se, explicado aos desempregados que o desemprego é bom para eles, estes estivessem na disposição de aceitar de forma benévola a sua penosa condição.
As consequências desta narrativa, apontem aí por favor, são expectáveis. Como o "acordo" é bom, perante um mais do que provável desastre futuro da economia e da mais violenta recessão do Portugal das últimas dezenas de anos, o problema será mais uma vez da "incompetência" dos seus governantes que não souberam pôr em prática o bom "acordo" elaborado com tanta sapiência pela troika. Somos bons nisto. Depois não nos queixemos da "nossa" auto-estima andar em baixo. É que nessa altura aqueles que nos chamam PIGS vão fazer questão de nos lembrar disso. Na Grécia a culpa é dos Gregos e na Irlanda dos Irlandeses. Para quem não alinha nas narrativas próximas da história da carochinha restam os Islandeses como inspiração.
Na narrativa dos consensos dominantes não há luta de classes, não há ordem capitalista, não há economia de casino, não há dominados e dominantes, não há interesses contraditórios. O mundo é plano e a vida é uma concórdia. Valha-nos a Mãe Soberana.
Esta narrativa absurda vai ter como consequência provável o absurdo da narrativa das suas consequências. Como o acordo é "bom", do que se trata é de ter um bom governo da nação que funcione como rolo compressor que cilindre o "povo português" com as suas inquestionáveis "boas" medidas. Os cérebros de sempre virão sempre dizer que do que se trata é de explicar a bondade das medidas ao bom "povo português" para que as pessoas "entendam" como o "acordo" é bom para elas. Tudo se passa como se, explicado aos desempregados que o desemprego é bom para eles, estes estivessem na disposição de aceitar de forma benévola a sua penosa condição.
As consequências desta narrativa, apontem aí por favor, são expectáveis. Como o "acordo" é bom, perante um mais do que provável desastre futuro da economia e da mais violenta recessão do Portugal das últimas dezenas de anos, o problema será mais uma vez da "incompetência" dos seus governantes que não souberam pôr em prática o bom "acordo" elaborado com tanta sapiência pela troika. Somos bons nisto. Depois não nos queixemos da "nossa" auto-estima andar em baixo. É que nessa altura aqueles que nos chamam PIGS vão fazer questão de nos lembrar disso. Na Grécia a culpa é dos Gregos e na Irlanda dos Irlandeses. Para quem não alinha nas narrativas próximas da história da carochinha restam os Islandeses como inspiração.
Na narrativa dos consensos dominantes não há luta de classes, não há ordem capitalista, não há economia de casino, não há dominados e dominantes, não há interesses contraditórios. O mundo é plano e a vida é uma concórdia. Valha-nos a Mãe Soberana.
Como o acordo é bom o melhor são os 78 mil milhões irem parar as boas mão...Nas mãos do Jacinto Leite Capelo Rego. De preferência lendo com sotaque brasileiro...
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