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domingo, agosto 31, 2008

Panis et Circenses

A política do Pão e do Circo

A história política de Roma estende-se de 752 a.C. até 476 d.C. e está dividida em três períodos: Monarquia, República e Império.
A coragem, a honra e a força eram virtudes admiradas pelos romanos; os espectáculos que destacavam esses atributos eram valorizados e muito populares.

Durante o Império Romano, as lutas de gladiadores, corridas e encenações, serviram para desviar a atenção da população que habitava os domínios romanos. Várias são as interpretações – além desta – para explicar o fascínio dos romanos por esses espetáculos sangrentos:

A oportunidade de poder estar "cara-a-cara" com o imperador, o castigo dos criminosos, - que servia de exemplo, a ostentação do poderio romano - através da exibição de animais e escravos trazidos de lugares distantes.

Todavia, dentre todas essas interpretações, a mais consensual é a chamada "política do pão e circo" ou (panis et circenses). Com essa política, o Estado procurava promover os espectáculos como um meio de manter os plebeus afastados da política e das questões sociais. Era, em suma, uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões governamentais.

Os Césares encarregavam-se ao mesmo tempo de alimentar o povo e de distraí-lo.
Havia distribuição mensal de pães no Pórtico de Minucius, que assegurava o pão quotidiano. Os Césares não deixavam a plebe romana bocejar nem de fome nem de aborrecimento. Os espectáculos foram a grande diversão para a desocupação dos seus súbitos, e por consequência o seguro instrumento do seu absolutismo. Isso era um obstáculo à Revolução numa Urbe onde as massas incluíam 150.000 homens desocupados e que o auxílio da assistência pública dispensava assim de procurar trabalho.

in http://somostodosum.ig.com.br/blog/blog.asp?id=8514

7 comentários:

  1. Aqui há uns tempos um velhote contou-me, que no tempo do seu pai se dizia ... enquanto houver um Português sem pão, a revolução continua. Depois veio aquela do... com papas e bolos se enganam os tolos. Hoje, com festas e romarias se vai distraindo o zé, o resto, é fogo de artifício.

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  2. O que é certo é que ainda há muita gente que tem a pachorra de se vestir de branco . Para mim é o mais rídiculo desta festa. As pessoas irem-se vestir de propósito de branco como se fossem vender farturas. Se se vissem em fotografia alguns até esconderiam a cara. Gomes

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  3. João,

    Adorei e achei o post de grande sabedoria e com uma grande analise contextual ...!

    Em Loulé, vai vingando a "política do pão e circo e com essa política, ao Executivo procura promover os espectáculos como um meio de manter os plebeus afastados da política e das questões sociais. È uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões importantes e sobretudo da critica e da necessária contestação.

    Um Abraço da M&M & Cª!

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  4. Assino por baixo do Post do Miguel...

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  5. João; embora tarde, aqui estou para desejar saúde a todos os teus, em especial ao teu pai!
    Não deve ser necessário, mas mesmo assim, declaro a total concordância com a transposição que fazes da Antiguidade Clássica para a Era Contemporânea. É um grande retrato sociológico de Loulé e do seu César!
    Felicito-te ainda pelas contundentes análises que deixaste no "seBASTIÃO" sobre a Noite Branca e te tornaram o "forcado" do tópico.

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  6. Amigo Sebastião. Peço desculpa por aquela intromissão invasora num espaço que tenho como de espírito aberto à discussão democrática. E peço desculpa também por algum radicalismo de opinião que tenho plena consciência que por vezes aparento ter. É que as "armas" são muito desiguais. E os abusos de poder só podem ser combatidos com a tomada da palavra. Por isso o seu blog está de parabéns!
    João Martins

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  7. João; a firmeza de opinião é exigível aqueles que se entregam com sinceridade às causas públicas... assim, tudo bem e agradeço!
    A questão da Censura também não deixou de o ser, apenas desejei provar que essa está entranhada em todo o funcionalismo autárquico e por razão da avaliação de desempenho e não apenas por disciplina partidária. Mas não podia ser mais claro do que aquilo que fui para proteger as "fontes"!

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