
A coragem, a honra e a força eram virtudes admiradas pelos romanos; os espectáculos que destacavam esses atributos eram valorizados e muito populares.
Durante o Império Romano, as lutas de gladiadores, corridas e encenações, serviram para desviar a atenção da população que habitava os domínios romanos. Várias são as interpretações – além desta – para explicar o fascínio dos romanos por esses espetáculos sangrentos:
A oportunidade de poder estar "cara-a-cara" com o imperador, o castigo dos criminosos, - que servia de exemplo, a ostentação do poderio romano - através da exibição de animais e escravos trazidos de lugares distantes.
Todavia, dentre todas essas interpretações, a mais consensual é a chamada "política do pão e circo" ou (panis et circenses). Com essa política, o Estado procurava promover os espectáculos como um meio de manter os plebeus afastados da política e das questões sociais. Era, em suma, uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões governamentais.
Os Césares encarregavam-se ao mesmo tempo de alimentar o povo e de distraí-lo.
Havia distribuição mensal de pães no Pórtico de Minucius, que assegurava o pão quotidiano. Os Césares não deixavam a plebe romana bocejar nem de fome nem de aborrecimento. Os espectáculos foram a grande diversão para a desocupação dos seus súbitos, e por consequência o seguro instrumento do seu absolutismo. Isso era um obstáculo à Revolução numa Urbe onde as massas incluíam 150.000 homens desocupados e que o auxílio da assistência pública dispensava assim de procurar trabalho.
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